Você já se imaginou preso em uma casa com colegas de faculdade, sem poder sair nem se comunicar com o mundo exterior? Essa é a premissa de Homebody, um jogo de terror e um pouco de humor que coloca você na pele de um personagem que precisa resolver os mistérios que rondam sua estadia.
Desenvolvido pela Rogue Games, Inc, também responsável por The Last Case Of Benedict Fox que está disponível no Xbox Game Pass.
PRINCIPAIS PERSONAGENS
Emily está na casa dos 20 anos e está em um estágio de transição em sua vida depois que ela e seus amigos se formaram na faculdade. Antes uma pessoa muito enérgica e extrovertida, ficou desiludida com a direção de sua idade adulta, e trabalhar como artista freelancer para pagar suas contas, gradualmente a deixou mais cansada, ansiosa e isolada. Sua busca por trabalho em tempo integral eventualmente a leva a se mudar da pequena cidade onde seus amigos se conheceram para uma cidade maior. Quando seu grupo social começou a se fragmentar, Emily e seus amigos mantiveram um ritual anual de se encontrar no início de agosto para assistir à chuva de meteoros Perseidas. As tendências compulsivas de Emily levam a uma sensação de insegurança fundamental que se estende a seus sentimentos sobre o mundo, levando a uma agorafobia profunda. Isso também influenciou seus sentimentos por seus amigos: como uma pessoa inveterada para agradar as pessoas, seu medo de desapontar as pessoas que ela ama ironicamente a deixou completamente fora de contato com os amigos que costumavam ser sua família, e seu medo de decepcioná-los a deixou para baixo. vê-los novamente se tornou em um desafio terrível.
Francine é a melhor amiga de Emily. Francine está comandando e ocasionalmente temperamental, mas é profundamente atencioso e generosa, embora ela tema que a bondade seja tendo vantagem sobre. Quando Emily e Francine se conheceram, Emily era uma pessoa confiante e altamente sociável e Francine era grata por ser convidada para seu grupo de amigos. Ao longo do tempo, à medida que Emily se tornava mais reclusa, e à medida que Francine se tornava mais extrovertidos, um ressentimento cresceu entre eles, e eles acabou perdendo o contato. Francine também sabe o loop temporal (embora ela não possa dizer isso) e o tensão não resolvida entre os dois sai durante o loop temporal de formas inesperadas e agressivas.
Parker Nest é o dono da casa. Ele atingiu a maioridade na cena artística da cidade de Nova York dos anos cinquenta, mas suas tentativas de fama em vários campos da arte falharam e, desde então, ele se tornou um recluso. Sua parceira criativa, Clara Jones, uma engenheira que o ajudava com performances e peças de arte de instalação, continuou a trabalhar com ele nos anos 80, realizando uma série de “acontecimentos” que temporariamente reuniram seu velho grupo de amigos; eles acabariam se separando como resultado da natureza controladora e exigente de Nest. Na casa dos setenta, Nest passou a se arrepender de seus anos de isolamento agorafóbico e começou a tentar deixar sua casa, alugando-a como um imóvel alugado enquanto está fora da cidade.
JOGABILIDADE E GRÁFICOS
Você joga como Emily, e como já mencionado, se reúne com seus colegas de faculdade em uma remota casa alugada para assistir à chuva de meteoros Perseidas. Eles tentam reacender os laços que já tiveram, mas feridas emocionais persistentes e ansiedades sociais deixam Emily se sentindo mais sozinha do que nunca. Quando a energia acaba repentinamente, é quase um alívio. Mas sob o manto da escuridão, um misterioso assassino os pega um por um. Se Emily não conseguir encontrar uma saída, ela ficará presa neste pesadelo para sempre.
O objetivo é fugir do assassino, resolvendo os quebra-cabeças tortuosos da casa e claro, reconectar-se com seus amigos. Escapar da casa pode parecer impossível a princípio, mas a cada tentativa de juntar as peças, a imagem manchada de sangue se torna cada vez mais clara.
O jogo é dividido em atos, cada um com objetivos secundários em diferentes partes da casa, passando pela sala, o quarto, o banheiro e a cozinha. Em cada um deles, você deve explorar o ambiente, coletar itens, resolver enigmas e enfrentar as ameaças que surgem. O jogo tem uma jogabilidade simples, baseada em apontar e clicar, mas também exige raciocínio e atenção aos detalhes.
O que torna Homebody interessante é o contraste entre o terror e o humor. O jogo não se leva a sério e faz piadas com os clichês do gênero, como portas que se fecham sozinhas, vultos que aparecem nas janelas e sons estranhos. Além disso, o protagonista tem um senso de humor sarcástico e faz comentários engraçados sobre as situações que vive. O jogo também tem referências a filmes, séries e jogos de terror, como O Iluminado, Stranger Things e Resident Evil.
Embora uma das maiores referências seja do filme Feitiço do Tempo, a qual o personagem principal ao acordar no dia ‘seguinte’, ele descobre que é o Dia da Marmota de novo, e de novo, e de novo. Homebody também é assim, a cada sua morte, você volta para às 19hs da noite.
Homebody é projetado em torno do jogador gradualmente ganhando domínio sobre “pilhas” de quebra-cabeças que inicialmente parecem impossíveis de alcançar em um loop, mas para os quais o jogador gradualmente aprende dicas e soluções tornando os atalhos possíveis. A dependência do quebra-cabeça é projetada para que essas “pilhas” de quebra-cabeças nunca exijam que o jogador resolva mais do que alguns quebra-cabeças em qualquer loop, exceto durante os momentos climáticos no final do Ato 1 e o final dos Atos 2-4.
Para esse efeito, certos quebra-cabeças mundanos repetidos (como as combinações de teclados que concedem acesso a áreas mais profundas da casa etc.) começam a serem resolvido automaticamente no início do loop, uma vez que o jogador tenha feito um certo progresso na história. Todos os quebra-cabeças podem ser resolvidos repetidamente se o jogador desejar, mas isso não é necessário.
Os gráficos de Homebody são simples, dando um ar nostálgico. O jogo tem um estilo cartunesco, com cores vibrantes e personagens caricatos. Os cenários são bem detalhados e com objetos interativos. Os efeitos sonoros e a trilha sonora também contribuem para criar uma atmosfera de tensão e diversão.
OPINIÃO
Homebody é um jogo que vale a pena conferir se você gosta de terror, humor e uma certa dose de paciência. O jogo tem uma história envolvente, uma jogabilidade divertida e um visual que poderia ser mais caprichado. Porém no quesito “navegabilidade” ele tem alguns problemas. Na grande maioria das transições de áreas da casa, o ângulo de visão muda assim como os controles direcionais. Por diversas vezes entrei em um comodo e ao sair para outro, acabo voltando ou entrando em outro, pois estava segurando o controle para a esquerda, e na mudança da câmera, deveria colocar para baixo. Isto ocorre com frequência, o que acaba atrapalhando a jogabilidade. Mas de resto, os quebra-cabeças e história são de bom tom.
Plataformas: Xbox One e Xbox Series X|S
Publicado por: Rogue Games
Desenvolvido por: Game Grumps
Data de lançamento: 01/06/2023
Opções de compra: Microsoft Store
* O jogo foi cedido gentilmente pela Game Grumps para a realização desta análise.