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Corte americana negou recurso da FTC contra decisão favorável à Microsoft

Ontem, 14 de julho de 2023, a corte americana negou recurso da FTC contra decisão favorável à Microsoft em respeito a aquisição da Blizzard, Activision e King.

Bom, antes de mais nada, vamos entender um pouco melhor o que aconteceu. A Microsoft anunciou em janeiro deste ano que iria comprar a Activision Blizzard, uma das maiores empresas de jogos do mundo, por cerca de 68 bilhões de dólares. Essa será a maior aquisição da história do setor, superando a compra da ZeniMax Media pela própria Microsoft em 2020, por 7,5 bilhões de dólares. A ideia da Microsoft é fortalecer o seu serviço de assinatura Xbox Game Pass, que oferece acesso ilimitado a mais de 100 jogos por uma mensalidade.

Mas nem todo mundo ficou feliz com essa notícia. A FTC, que é a agência reguladora do comércio nos Estados Unidos, entrou com uma ação para tentar bloquear o negócio, alegando que ele violaria as leis antitruste e reduziria a concorrência no mercado de jogos. A FTC argumentou que a Microsoft já tem uma posição dominante no segmento de consoles, com o Xbox, e que ao adquirir a Activision Blizzard, ela eliminaria um dos seus principais rivais e aumentaria o seu poder de mercado.

No entanto, a Corte americana negou recurso não concordando com os argumentos da FTC e deu parecer favorável a Microsoft na quarta-feira, 11 julho. A FTC não satisfeita resolveu entrar om recurso no dia seguinte. Porém a corte decidiu negar o recurso da agência, mantendo a decisão favorável à Microsoft. A corte entendeu que a FTC não conseguiu demonstrar que a compra da Activision Blizzard causaria danos irreparáveis à concorrência e aos consumidores. A corte também considerou que a Microsoft enfrenta uma forte concorrência de outras empresas como Sony, Nintendo, Google, Amazon e Apple no mercado de jogos.

Mas não foi só nos Estados Unidos que a Microsoft terá que lidar com obstáculos regulatórios. No Reino Unido, a CMA, que é a autoridade de concorrência e mercados, também abriu uma investigação sobre o negócio, para avaliar se ele prejudicaria os interesses dos consumidores britânicos. A CMA disse que iria examinar se a compra da Activision Blizzard daria à Microsoft uma vantagem injusta sobre os seus concorrentes e se ela poderia restringir o acesso dos jogadores a determinados títulos ou plataformas.

A Microsoft disse que está confiante de que o negócio será aprovado pelas autoridades regulatórias e que ele trará benefícios para os gamers de todo o mundo. A empresa afirmou que pretende manter as operações da Activision Blizzard como uma subsidiária independente e que respeitará as suas marcas e culturas. A empresa também disse que irá investir na criação de novos jogos e na melhoria da qualidade dos existentes.

Fonte: Reuters

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