Após muitos testes, e espera, finalmente chegou a hora de jogar Diablo IV em toda a sua glória, sem restrições e com toda a jornada pelo Santuário aberta. Tive a oportunidade de jogar antecipadamente, e agora compartilho com vocês minha experiência explorando tudo o que o jogo oferece. Eu joguei Diablo III por centenas de horas e foi uma aventura extremamente viciante, na qual amanheci por diversos dias jogando com os amigos. Muitos anos depois conheci a faceta mais sombria da saga ao jogar o remake Diablo II Resurrected, e então fiquei muito curiosa com o tal retorno da franquia para suas raízes mais pesadas com Diablo IV.
O Beta de Diablo IV já havia me feito contar os segundos até seu lançamento final. Agora, em posse da experiência completa, será que o jogo continuou me agradando? Existe potencial para que ele se estabeleça por mais de 10 anos como o seu antecessor? Confira minha jornada e reflexões na análise a seguir.
Uma trama macabra e cheia de reviravoltas
Diablo IV deixou claro, desde seus primeiros trailers, que iria mergulhar em um tom mais sombrio e pesado, com uma narrativa mais adulta. Temos o retorno de Lilith, que parece mais forte e determinada do que nunca, mexendo com a mente dos habitantes do Santuário. Além dela, temos o arcanjo Inarius, que foi amante de Lilith e desse relacionamento nasceu o primeiro Nefalem. Conforme mais desses seres poderosos surgiram, as forças do céu e do inferno começaram a voltar sua atenção para um exército poderoso que Lilith e Inarius estariam criando. Foi então que o casal controverso criou o Santuário, também conhecido como o reino mortal, para colocar suas crias e mantê-los longe da guerra entre a luz e a escuridão.
O grande problema é que Santuário sempre acabou ficando no meio do Conflito Eterno, que se trata da guerra entre anjos e demônios. Essa guerra se intensifica com o retorno de Lilith, que diz não estar lutando por nenhum dos lados, pois segundo ela, seu desejo é fortalecer o lugar que criou, com o arcanjo Inarius, para lutar contra um eminente retorno dos senhores do inferno, os famigerados Baal, Diablo e Mefisto, esse último seu pai. Já Inarius só pensa em recuperar seu lugar nos céus. Como tudo isso vai se desenvolver? Com muito sangue, é claro, e com contornos ainda mais macabros.
Esse é o máximo que posso te falar sobre a história, que se apresenta tão imersiva que cada jogador merece se surpreender com seus acontecimentos e tirar suas próprias conclusões. Mesmo que existam momentos nos quais o roteiro força um pouco a barra para que alguns acontecimentos avancem, a experiência, de forma geral, é realmente muito boa.
A forma da Blizzard desenvolver a trama, também ganhou mudanças fundamentais, a principal delas é o fato de colocar nosso personagem como peça ativa da história. Nos jogos anteriores, apesar de realizarmos tudo no jogo, durante as cenas e diálogos, nem ao menos aparecíamos, como se não tivéssemos importância para os acontecimentos. Em Diablo IV somos importantes e também estamos no centro de tudo o que acontece. Uma excelente mudança para a franquia, pois agora não somos meros espectadores.
Outra mudança muito importante, para enriquecer a narrativa, foi a apresentação. No lugar de nos entregar a história no decorrer de diálogos durante nossa exploração e rechear isso com suas belas, e famosas, cinemáticas, o estúdio optou por desenvolver a trama utilizando cenas com a engine do próprio jogo. Isso pode não resultar naquelas cenas incríveis que vemos nos trailers, mas traz um diferencial interessante relacionado a imersão, pois sentimos que estamos dentro de uma jornada contínua sem cortes, nos mantendo sempre conectados com aquele universo.
Tudo em Diablo IV carrega uma atmosfera pesada e sombria, que evoca muito sofrimento, devassidão e desespero. A imersão é absoluta durante seus Atos, e em meio a matança desenfreada de demônios, também ficamos atentos ao que acontece ao nosso redor com seus habitantes sendo cada vez mais impactados pelo distorcido universo do Santuário e seus recentes acontecimentos.
Combate estratégico e recheado de possibilidades
Uma bela história não seria nada sem um bom combate e jogabilidade, e nesse aspecto Diablo IV também entrega um conjunto viciante de possibilidades para manter os jogadores vidrados em seu universo. O jogo possui cinco classes: Renegado, Mago, Bárbaro, Necromante e Druida. Cada uma delas com seus próprios equipamentos, habilidades e personalizações distintas, apresentando um estilo único de jogabilidade para cada uma dessas propostas. As habilidades de cada uma delas foram claramente pensadas para potencializar a fantasia da classe.
A classe Renegado, também conhecido como o famigerado Rogue, combina bem com jogadores que gostam de se movimentar bastante nas batalhas, desferindo altos danos nos inimigos, seja em corpo a corpo ou a distância, imbuindo suas armas com venenos ou magias das sombras. Já o Mago manipula os elementos para moldar o campo de batalha, seja com raios, gelo ou fogo, podendo destruir seus adversários de uma longa distância. Outra classe focada no dano é o Necromante, que invoca os mortos-vivos para lutar ao seu lado, seja manipulando as magias de osso, sangue ou sombra, ele monta seu estilo para atacar de perto ou deixar seus minions na linha frente.
O jogo também possui duas classes, que apesar de também infligirem bastante dano, possuem características de suporte para o grupo, seja por sua alta sobrevivência ou bônus de utilidade. O Bárbaro possui um amplo arsenal de armas e domina o campo de batalha com seus gritos de guerra, pulos e fazendo o chão tremer. Já o Druida é uma força da natureza, podendo assumir a forma de um urso ou lobisomen, e ainda manipular o poder da terra, vento e tempestade. Ambos são mais focados no combate corpo a corpo.
Antes de mergulhar no universo sombrio do Santuário, podemos customizar nosso personagem com diversas opções de personalização, o que aumenta nossa imersão naquele mundo e em sua narrativa, já que estamos sempre presentes nela. É possível atualizar seu estilo durante a jornada, em um guarda-roupa disponível nas cidades principais.
Quanto ao combate em si, ele segue viciante, mantendo a marca registrada da franquia, e ele vai melhorando conforme mais habilidades e efeitos são adicionados ao personagem. As batalhas também estão mais viscerais do que no jogo anterior, e mais estratégicas também. Não adianta lançar habilidades a esmo, precisamos estar atentos as investidas dos inimigos e administrar bem nossas habilidades de ataque e recursos, mas também saber nos posicionar e fugir das habilidades dos inimigos, que possuem uma boa variação e ataques muito ofensivos. A dificuldade está maior, mesmo nos primeiros níveis, e isso é ótimo, pois incentiva que os jogadores aprendam como os sistemas do jogo funcionam. Algo interessante a se notar, é que o nível dos inimigos também sobe conforme aumentados nosso level, o que é uma boa decisão para manter as áreas do jogo sempre relevantes.
O personagem sobe de nível conforme acumula experiência ao matar monstros e completar atividades e missões. Ao subir de level, ganhamos um ponto que pode ser usado para desbloquear habilidades na árvore que cada classe possui. Inicialmente, pode parecer que o sistema é limitado, mas conforme exploramos seus ramos percebemos que existem as mais variadas possibilidades de gameplay, e fica nas mãos do jogador focar naquele que mais se identifica com seu estilo. Você recebe pontos para investir nessa árvore até o nível 50, e pode redefinir suas escolhas a qualquer momento.
A partir do nível 50, começa a brincadeira com os níveis de excelência, cujos pontos serão inseridos em outra árvore, um pouco mais complexa. A cada nível você passará a receber 3 níveis de excelência, que serão utilizados para que o personagem aumente atributos como destreza ou determinação, por exemplo. O acúmulo desses atributos é muito importante para desbloquear slots que adicionam status ainda mais fortes para o personagem. Também existem espaços para a adição de glifos, que aumentam muito as possibilidades de poder. Um sistema bastante complexo, que possibilita o surgimento das mais variadas criações.
Para melhorar seu personagem ainda existem outros elementos. Um dos principais deles são os Aspectos, que podem ser adquiridos de itens lendários ou extraídos deles, ou ainda ao completar Masmorras. Esses Aspectos podem ser inseridos em outros itens para maximizar a jogabilidade do seu personagem. Esse sistema também aumenta a complexidade, pois em conjunto com as habilidades e níveis de excelência, oferece diversos caminhos para o jogador.
A raridade dos itens também é algo importante, pois indica o quão poderoso ele é. Quanto maior sua raridade,
mais afixos ele terá, ou seja, mais bônus seu personagem irá acumular. As gemas também fazem parte importante do seu equipamento, sendo encaixadas nos itens para adicionar efeitos únicos. O ferreiro segue presente para reparar e fortalecer suas armaduras e armas.
Um pacote completo para você mergulhar por centenas de horas a fim de deixar seu personagem poderoso para enfrentar os desafios crescentes do Santuário.
O mundo de Diablo IV
Quando iniciamos nossa jornada por Diablo IV, rapidamente percebemos que seu mapa possui muito a oferecer, sendo recheado de atividades como Eventos Mundiais, Fortalezas, missões paralelas, Altares de Lilith, encontros inesperados, Masmorras, Porões, e, é claro, muita matança de demônios, que deixam a exploração sempre dinâmica e viciante, pois sempre tem algo acontecendo. Tudo sendo extremamente relevante não só para te recompensar com itens e experiência, para deixar seu personagem mais forte para os desafios cada vez maiores, como também te colocar no clima dessa jornada macabra nos dando mais contexto da destruição, medo e sofrimento que toma conta do Santuário. Um belo trabalho de ambientação que conecta bem a narrativa com a jogabilidade.
Algo que fez muito bem para manter esse mundo dinâmico são as mecânicas leves de MMO que Diablo IV possui. Durante toda a nossa jornada encontramos outros jogadores em suas próprias aventuras pelo Santuário, seja explorando o mapa fazendo missões ou até mesmo juntando forças para completar atividades e enfrentar um boss mundial. Mesmo que você possa explorar tudo como um lobo solitário, essa opção de encontrar outros jogadores pelos mapas abertos deixa o jogo bem mais dinâmico.
Com um mundo tão vasto e denso, a Blizzard decidiu implementar um mapa para orientar os jogadores. Você pode colocar uma marcação em um lugar de interesse e assim surgirá um caminho para te guiar até seu destino. Para facilitar a locomoção, existem pontos de viagem rápida e, após determinada parte da história, você também poderá utilizar uma montaria para se movimentar mais rápido pelo mapa.
Ainda existe uma repetição de cenários e bosses em atividades como as Masmorras e, principalmente, Porões, que me incomoda um pouco, mas nada ao ponto de atrapalhar minha experiência. No entanto, ainda sinto que faltou mais planejamento para entregar essas atividades com um conteúdo mais diversificado.
Níveis de dificuldade e o endgame
Quando você inicia sua jornada pela campanha existem dois níveis de dificuldade que podem ser escolhidos: Nível I – Aventureiro e Nível II – Veterano. Apesar do nível I oferecer um desafio reduzido, ele parece recompensar com mais itens, já que os inimigos morrem mais rápido. No entanto, caso deseje mais desafio, e não ligue muito para acumular itens durante a história, o nível II pode ser mais interessante. A dificuldade pode ser alterada a qualquer momento na cidade principal ou no menu inicial.
Após terminar a campanha, o jogo te oferece a possibilidade de mudar para Dificuldade III – Pesadelo, mas para abrir esse nível é necessário concluir uma Masmorra específica de level 50. Apesar de não ser necessário estar nesse level para acessar a Masmorra, é recomendado estar próximo disso para conseguir concluir o desafio. Uma vez aberta a dificuldade, itens mais poderosos podem cair, bem como novas atividades e possibilidades se abrem para apimentar sua jornada. Por fim, existe a Dificuldade IV – Suplício, que aumenta o desafio ao exigir a conclusão de uma Masmorra de nível 70. Assim como na dificuldade anterior, jogar nessa dificuldade possibilita o drop dos itens mais poderosos do jogo até então.
Por fim, os jogadores que desejarem um desafio mais extremo podem optar pelo modo Hardcore, no qual ao morrer você simplesmente perde o seu personagem e deve recomeçar tudo do zero.
Caso termine a campanha com um personagem e deseje começar a jogar com outro, você não é obrigado a refazer toda a história, pois pode pular tudo e realizar a subida de nível do personagem realizando eventos do mundo. Mesmo que tenha que começar do nível 1, diversos recursos que já haviam sido desbloqueados ficam disponíveis, bem como as recompensas da progressão dos mapas, facilitando um pouco esse recomeço. Uma boa opção para quem não deseja reviver a história e queira subir de nível da maneira que achar melhor.
Terminar a campanha é apenas o começo da aventura para a grande maioria dos jogadores, que irão se aventurar por dificuldades cada vez maiores em busca de otimizar seus personagens para vencer os desafios, que ficam cada vez maiores. Além disso, chegar ao nível 100 é outra conquista muito desejada e que também requer muita dedicação.
Para manter esses jogadores engajados, a Blizzard criou um endgame bastante robusto, com atividades ainda mais desafiadoras. Os jogadores mais competitivos podem adentrar os Campos do Ódio, onde podem bater de frente com outros jogadores para disputas PvP (jogador contra jogador). Já quanto aos conteúdos PvE (jogador contra o ambiente) existem os Sussurros que transformam o conteúdo já existente no mundo em versões mais desafiadoras, que conforme são concluídas te recompensam com Favores Sombrios que podem ser trocados por recompensas valiosas. Outra novidade, para quem abre a dificuldade 3, é o evento Maré Infernal, que transforma uma determinada área do mapa de tempo em tempo, com uma invasão dos servos de Lilith fortificados. Nesse local você deve coletar Cinzas Fumegantes, que servem para abrir os baús espalhados pela área com belas recompensas. Mas tenha cuidado, pois morrer irá fazer você perder metade das Cinzas que tiver. Por fim, existem as Masmorras do Pesadelo que são desbloqueadas com Sigilos que podem ser encontrados nas mais diversas atividades e oferecem um nível alto de desafios. Infelizmente, nenhum desses Sigilos caíram para mim durante minha experiência.
Dessa forma, existem os mais diversos tipos de atividades para manter os jogadores imersos na proposta de Diablo IV, mesmo após a finalização de sua campanha, algo que deve ficar ainda mais interessante com o conteúdo de pós lançamento.
Pós lançamento e Loja
Para os jogadores que planejam se aventurar em Diablo IV por anos, a Blizzard promete um roteiro robusto de conteúdos pós-lançamento, com o grande destaque sendo as já conhecidas Temporadas, que chegarão ao jogo, trimestralmente, a partir de julho. Esse conteúdo irá trazer recursos adicionais de jogabilidade, missões, Passes de Batalha, Itens Lendários e outras melhorias como balanceamento de classe e qualidade de vida.
Completar os objetivos da temporada também irá te fazer subir no Passe de Batalha, outra ferramenta importante do pós-lançamento. O Passe terá uma trilha gratuita, que recompensa com itens cosméticos e Cinzas Fumegantes, além de uma trilha Premium, que é paga, e possui como atrativo cosméticos exclusivos da Temporada e a moeda Platina, que só pode ser adquirida com dinheiro real. Nada que afete a jogabilidade. Algo interessante do Passe Premium é que você recupera sua Platina caso o complete, o que já garante a compra do Passe para a temporada seguinte. Os Passes de Batalha prometem deixar os jogadores ocupados por um bom tempo, uma vez que a Blizzard garantiu que levará cerca de 80 horas para cada um deles seja totalmente finalizado.
Eu falei sobre a Platina, que é a moeda premium do jogo, que você adquire com dinheiro real. Ela será usada para comprar itens na Loja de Diablo IV. Segundo a Blizzard, apenas jogando você já receberá centenas de transmogrificações, armas e armaduras, incluindo dezenas de conjuntos de armaduras já no lançamento. No entanto, caso deseje um visual mais exclusivo, haverá a opção de comprar modelos diferenciados na loja. Nada que adicione alguma vantagem de jogabilidade. Infelizmente, durante o acesso antecipado, a Loja não estava disponível.
Diversão garantida com os amigos
Um grande diferencial da franquia Diablo é oferecer a possibilidade de compartilhar essa jornada infernal com os amigos, e em seu mais novo jogo isso não seria diferente. Ainda que todo o jogo possa ser aproveitado de forma totalmente solo, Diablo IV expande as opções, com o bom e velho Co-Op online para até quatro jogadores e Co-Op local para até dois jogadores. Existem incentivos, como bônus de experiência, para aqueles que explorarem o Santuário com os amigos.
As masmorras são instanciadas, de forma que dentro delas você estará sozinho ou com o seu grupo já formado, sem a existência de jogadores aleatórios, mas no mundo aberto, e durante suas mais variadas atividades, você pode se juntar a outros jogadores e também ser ajudado por eles.
O jogo também possui crossplay entre todas as plataformas nas quais será lançado, o que expande ainda mais as opções de montar grupos para jogar com os amigos. No entanto, isso está restrito aos seus amigos adicionados na Xbox Live e na Battle.net. Pelo menos por enquanto, não existe um sistema de matchmaking.
Gráficos e Som
Uma das minhas preocupações antes de jogar, até mesmo o Beta de Diablo IV, estava relacionada a qualidade gráfica do jogo, pois muito pouco havia sido mostrado até então, e o que foi mostrado ainda me deixava na dúvida. No entanto, durante meus primeiros momentos no Beta essa dúvida se dissipou, e o resultado na versão final está ainda mais polido.
Os cenários são muito bem detalhados e carregam com maestria toda a atmosfera macabra e grotesca que sua história nos passa, nos deixando sempre imersos em tudo o que movimenta aquele mundo, no qual seus habitantes vivem rodeados de medo, aflição e fanatismo. Cada uma de suas regiões trazem uma personalidade própria, seja em campos cobertos de neve, desertos, florestas e até mesmo pântanos banhados em sangue. Os personagens também são bem modelados e passam o real sentimento do que estão sentindo, eles são expressivos e enriquecem a experiência. Houve uma melhoria clara nas cutscenes in-game, algo que potencializou ainda mais os acontecimentos da trama.
O desempenho de Diablo IV segue liso, e não presenciei quedas de frames ou texturas pobres. O jogo rodou liso, entregando bem a resolução 4K e suaves 60FPS no Xbox Series X. Mesmo em ambientes com muitos inimigos e efeitos na tela, o desempenho do jogo se manteve sempre estável, o que é ótimo para um jogo tão focado na ação.
Caso jogue no Xbox Series S o jogo roda com 1440p e até 60FPS, no Xbox One X ele também fica com 1440p, mas com até 30FPS e, por fim, no Xbox One temos 900p e até 30FPS. A resolução de todas as plataformas é dinâmica.
Quanto a parte sonora do jogo, ela se apresenta em grande estilo, com temas que trazem profundidade para cada região, ambiente e acontecimento. Tudo muito bem pensado para potencializar essa aura de medo e sofrimento que acompanha o universo de Diablo IV. Uma trilha sonora que embala com perfeição tudo o que acontece.
As vozes combinam muito bem, tanto as originais, quanto a dublagem para o Português do Brasil, que segue o belo padrão dos jogos da Blizzard. Todo o jogo está localizado em nosso idioma, com legendas e interface disponíveis para o claro entendimento da história e mecânicas do título.
Opinião
Diablo IV é o retorno triunfal da franquia. A proposta da Blizzard de trazer a franquia de volta para suas raízes mais sombrias funciona perfeitamente, e mesmo que carregue mais complexidade em seus sistemas do que se antecessor, ainda se apresenta como um jogo bastante amigável para alcançar um novo público.
Essa decisão de trazer um toque de MMO para o jogo, foi muito acertada, pois mesmo que você possa jogar tudo sozinho, a simples presença de outros jogadores ao redor, torna esse mundo vivo, além de diversas atividades acontecendo oferecendo um dinamismo envolvente. A jogabilidade também é cheia de possibilidades, com aquele combate viciante e divertido que é a marca registrada de Diablo. As possibilidades de otimizar os personagens são vastas, sendo algo que vai render fácil centenas de horas para os jogadores mais dedicados.
O clima mais sombrio e a trama macabra embalam perfeitamente toda essa proposta, criando um conteúdo que irá agradar não apenas os fãs de Diablo, mas todos os amantes de um bom ARPG. História e personagens são bem apresentados, e mesmo que existam momentos de forçação de roteiro, a narrativa é muito interessante de acompanhar.
O endgame é bastante robusto, com muitas atividades e desafios para entreter seus jogadores por um bom tempo, e com a adição das Temporadas e Passe de Batalha eu vejo Diablo IV vivo por anos e anos após o lançamento. O jogo tem tudo para se consolidar como uma das melhores entradas da série.
Diablo IV será lançado oficialmente no dia 06 de junho de 2023 e está confirmado para Xbox Series X|S e Xbox One. Aqueles que comprarem as edições Deluxe ou Ultimate poderão jogar alguns dias antes. Aqui no Brasil ele será liberado no dia 01 de junho às 20 horas (horário de Brasília).
Plataformas: Xbox One, Xbox Series X|S e PC
Publicado por: Blizzard Entertainment
Desenvolvido por: Blizzard Entertainment
Data de lançamento: 05/06/2023
Opções de compra: Microsoft Store
* O acesso antecipado ao jogo foi cedido gentilmente pela Blizzard para a realização desta análise.
