O Xbox possui um futuro brilhante e isso tem se comprovado nos últimos anos, pois são vários estúdios que estão sendo incorporados ao gigante Xbox Game Studios, que se torna uma das maiores potências na indústria. Recentemente o Xbox adquiriu a gigante Bethesdaque trouxe consigo franquias marcantes e times poderosos. Entre os principais estúdios está a Arkane, que é famosa pela franquia Dishonored e possui um estilo próprio de design e principalmente no gameplay.

Um dos seus últimos projetos, Deathloop, foi lançado primeiramente no Playstation, por questões de contrato de exclusividade. Mas após o cumprimento, eis que o jogo chegou de surpresa nesse mês, diretamente no Xbox Game Pass.

Será que o jogo mantêm a qualidade e DNA da Arkane ou foi só uma histeria, por ser um jogo de exclusividade para outra plataforma? Descubra em nossa análise a seguir.

QUEBRE O CICLO

Começamos nossa aventura acordando em uma praia deserta, sem entender como fomos parar ali e o que está acontecendo. Seguimos pelo único caminho possível e já começam a aparecer mensagens escritas na tela, que após alguns minutos farão todo o sentido. Essas frases soltas funcionam como questionamentos e memórias do protagonista, que servirão para entender nossa aventura.

Todo esse grande trecho serve como um prólogo, introduzindo Colt a sua missão, e o quanto está envolvido naquela história. Temos que eliminar os visionários e temos uma pedra no nosso caminho chamada de Juliana, que é uma assassina bem treinada e que conhece cada passo de nossa aventura.

Fique de olho nas dicas na tela.

Após o prólogo, temos uma das grandes sacadas do jogo, que é a possibilidade de Juliana ser controlada por um jogador, que pode entrar na partida para atrapalhar nosso progresso, algo que muda toda a dinâmica, trazendo novidade para cada jogada.

Voltando a missão principal de Colt, temos que eliminar todos os visionários em um só dia, que zera quando chega no final da noite ou na morte de Colt, que pode acontecer quando perde duas vidas no mesmo ciclo.  Na Ilha de Blackreef temos várias localidades, que podem ser acessadas por um túnel e que muda de acordo com o período de tempo. Eliminar todos os Visionários de começo é uma tarefa impossível, visto que esses inimigos estão estrategicamente espalhados pelos mapas e períodos do dia diferentes. Ai que está nossa missão, que é encontrar um modo de sincronizar essas mortes, para que sejam completadas em um único ciclo.

Os Visionários não são inimigos comuns, eles pegaram poderes para si e estão armados até os dentes. Então cuidado ao enfrentá-los sem uma estratégia.

REPITA E DESCUBRA

Nos primeiros minutos das minhas aventuras em Deathloop, tentei eliminar os visionários, mas descobri que era uma tarefa impossível de se cumprir no mesmo dia, tendo que ser feita outras abordagens para cumprir essa missão, que é quebrar o ciclo e escapar dessa prisão, com dia após dia vivendo esse mesmo momento. Para que isso seja feito, fui completando as missões, e investigando cada documento, para descobrir mais sobre os Visionários. Com essas informações, nós conseguimos levá-los para outros lugares, dando a chance de completar nossa missão.

Você irá repetir, repetir e repetir, mas não cairá em uma repetição enjoativa, pois cada momento é único em nossa jornada. Além de ter a questão de um jogador nos caçando, que é algo que pode atrapalhar nossos planos. O mais incrível é que mesmo tendo mapas aparentemente não tão grandes, acaba que isso é uma falsa ilusão, pois a cada momento mais locais são descobertos e as coisas mudam em períodos diferentes de tempo.

As pistas são as parte mais importantes de nossa jornada.

A história também nos surpreende a cada áudio ou documento descoberto, garantindo momentos de explodir cabeças. Nada é o que parece e isso é muito bom, para prender o jogador até o ciclo final.

O Loot é algo bem presente em nossa aventura, trazendo uma grande variedade de upgrades, poderes e armas. Mas o grande diferencial para outros jogos, é que para utilizar esses equipamentos em outros ciclos, devemos coletar recursos, matando visionários ou através de itens espalhados por todo o mapa. Acumulando recursos suficientes, você poderá infundir os mesmo e usar em outros ciclos, caso contrário, ficará sem seus equipamentos tão especiais.

Existem também inúmeros quebra-cabeças, bem simples, mas que trazem o diferencial de mudar a resolução de jogador para jogador, então não adianta muito olhar em guias, pois pode não ser a mesma de sua linha temporal.

PROTEJA O CICLO

Caso queira jogar como Juliana, também podemos escolher essa opção, que não possui uma sequência de história, restando a missão de eliminar Colt e proteger os visionários.

A Juliana é uma assassina mortal.

Nesse modo online, podemos escolher entrar na linha temporal de um amigo ou de um jogador aleatório. Jogar com Juliana é bem legal, para ter uma perspectiva diferente de gameplay.

No final de cada partida, subimos de ranking, liberando novas armas, poderes e vários upgrades.

DNA ARKANE

A Arkane mostrou o motivo de ser um dos principais estúdios da Bethesda e agora do Xbox. Toda a verticalidade e sensação de liberdade, de jogar como quiser está presente, como uma grande evolução do que é ser um shooter de ação.

Deathloop também possui uma boa variedade de armas de fogo, que são alavancadas por upgrades que podem ser conquistados em nossas incursões. Existem versões poderosas das armas em missões secundárias, então é importante vasculhar cada cantinho de Blackreef.

Existem armamentos bem poderosos.

Quem jogou a franquia Dishonored se lembra do clássico uso de poderes, aqui essa jogabilidade também está presente, algo que muda toda a dinâmica da ação. Temos desde poderes de teletransporte, até mesmo transmutação e invisibilidade. Além da ótima precisão do tiroteio e uso de poderes, Colt também pode hackear dispositivos, como torretas e câmeras de segurança ou até mesmo minas.

Os mapas possuem uma grande quantidade de missões paralelas e elementos secundários de história, algo que enriquece nossa jornada.

SOM E GRÁFICOS

Deathloop provavelmente é o trabalho dos sonhos da Arkane, com um primor enorme na direção de arte. A variedade no design dos cenários e objetos é incrível, dando um sensação parecida com que tive na franquia Bioshock, sendo algo bem único.

Os mapas possuem diferentes períodos de tempo, algo que explora os efeitos de iluminação e sombra. A performance também me agradou bastante, rodando sem problemas no Xbox Series S.

Deathloop é o melhor trabalho artístico da Arkane

O som é perfeito, com uma trilha bem pitoresca e que ficará na sua cabeça por anos. Deathloop possui dublagem em nosso idioma e um trabalho muito bom, principalmente para os protagonistas Colt e Juliana, que combinaram perfeitamente com suas vozes. Os diálogos são muito bem escritos, com emoção, diversão e empolgação, tudo na medida certa.

OPINIÃO

Deathloop é um dos melhores jogos que já joguei, principalmente por criar uma mecânica de loop temporal para justificar uma repetição, sem enjoar o jogador. Essa dinâmica é muito divertida e fará você repetir tantas vezes, que vai até perder quantos ciclos você já jogou. Ele também manda bem demais no estilo artístico e sonoro, garantindo algo único para um gênero tão repetitivo.

O gameplay é o trabalho de evolução da Arkane, com a combinação perfeita de armas e estilo Bioshock com poderes, que trazem uma variedade de ações para o jogador. O esquema de ser caçado ou caçar um jogador pelas linhas temporais é muito divertido, dando uma maior dose de desafio. Imagine um jogador atrapalhar sua missão totalmente sorrateira? Então, isso pode acontecer com frequência.

Deathloop hoje é um dos jogos mais importantes do Xbox Game Pass e mostra que a aquisição da Bethesda já rende ótimos frutos. Que venham mais sucessos!

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Plataformas: Xbox Series X|S e PC
Publicado por: Bethesda Softworks
Desenvolvido por: Arkane Studios
Data de lançamento: 20/09/2022
Opções de compra: Microsoft Store

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About Author

Desenvolvedor Web e Analista de TI, gamer assíduo desde a época do Atari, fã de Metal Gear(menos o Phantom Pain) e Gears of War. Ter a oportunidade de trabalhar um pouco com games é um sonho realizado. Falta só ir para E3!!!

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