A aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft continua rendendo, uma vez que os órgãos reguladores estão estudando e dando seu parecer acerca da compra, novas informações estão sendo divulgadas para o público. Mais recentemente foi acerca do processo também sendo analisado no Brasil. Dentre os documentos disponíveis no site do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), um dos que mais chamaram a atenção foi o posicionamemnto da Sony em relação a aquisição, principalmente em relação a franquia Call of Duty.

A empresa responsável pelo Playstation é bem conhecida por enaltecer seus jogos exclusivos, e até mesmo pontuá-los, como um fator crucial para o sucesso de seus consoles, mas nessa documentação a Sony parece mais preocupada em ver Call of Duty tendo o Xbox como casa, e consequentemente, levando usuários com ele, mesmo permanecendo como um multiplataforma, pois iria beneficiar os jogadores do Xbox com acesso via Xbox Game Pass e possíveis conteúdos exclusivos.

Curiosamente, já há alguns bons anos, a própria Sony se beneficia de acordos de marketing com a Activision, levando conteúdos exclusivos e antecipados para os jogadores do Playstation, o que deve ter rendido muitos usuários para eles no decorrer de todos esses anos, mas quando o jogo começa a virar, a Sony claramente teme perder esses jogadores que ela conquistou segurando conteúdos exclusivos da franquia Call of Duty e até mesmo se beneficiando da imagem de casa da série.

O Call of Duty da Activision é um jogo essencial: um “blockbuster”, um jogo do tipo AAA que não tem rival. De acordo com um estudo de 2019: “A importância de Call of Duty para o entretenimento de modo geral indescritível. A marca foi a única PI de videogame a entrar no top 10 de todas as marcas de entretenimento entre fanáticos, juntando-se a potências como Star Wars, Game of Thrones, Harry Potter e Lord of the Rings. Call of Duty é tão popular que influencia a escolha do console pelos usuários e sua rede de usuários fiéis é tão arraigada que, mesmo que um concorrente tivesse orçamento para desenvolver um produto semelhante, não seria capaz de rivalizar.

A Sony também ressalta que a visibilidade de Call of Duty não se compara com a de seus demais concorrentes, também oferecendo o benefício de um maior engajamento nas redes sociais.

Quando a aquisição for concluida, é questão de tempo para que todos os jogos da Activision Blizzard entrem no Xbox Game Pass, dando a oportunidade para que seus assinantes joguem esses grandes jogos já lançados, bem como os futuros, com apenas uma assinatura, algo que poderá ter impacto na decisão de compra. Isso é bem evidente. O documento também deixa claro que boa parte do faturamento da Sony com jogos vem de Call of Duty.

O que é curioso nessa posição da Sony é que a mesma já privou os jogadores do Xbox de jogos como Street Fighter V, ou ainda Final Fantasy 7 e Final Fantasy 16 que também pularam o Xbox graças a acordos de exclusividade, que com certeza renderam, e ainda renderão, usuários para o Playstation. Mesmo com Call of Duty permanecendo multiplafortma, a Sony parece estar com muito medo do impacto da franquia como um produto da Microsoft.

Não é a primeira vez que a Sony demonstra um certo desespero em relação a perda de Call of Duty para o Xbox. A empresa já havia pedido para a Microsoft manter contratos da Activision e que os jogos fossem multiplaforma. Ao que parece, também existe um contrato em vigor para que os próximos três jogos da série ainda saiam para Playstation.

Vale lembrar todo esse processo de aquisicão pela Microsoft ainda possui alguns passos regulatórios e outras aprovações. O prazo máximo para isso ocorrer é até junho de 2023.

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Administradora de Empresas, mas apaixonada pelo mundo dos games e pelo Xbox!Fã da incrível e complexa franquia Halo e de seu icônico líder, o Master Chief. Também apaixonada por Dragon Age e seu universo magnífico. Ahhh e quem disse que Dark Souls não é divertido? :DSempre ligada nas notícias e novidades do lado verde da força!

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