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Análise – Greak: Memories of Azur

Greak: Memories of Azur é um daqueles jogos que instantaneamente chamam a atenção por conta de sua beleza, mas que quando começamos a jogar somos engolidos por sua densidade e desafio, que reforçam que ele é mais do que apenas um rostinho bonito. O jogo é uma criação do estúdio mexicano Navegante, e se trata de um encantador side-scrolling com animações desenhadas à mão.

Durante nossa jornada, assumimos o papel de três irmãos que devem se unir para sobreviver aos terríveis problemas das terras de Azur. Essa sinergia entre eles traz para o jogo uma interessante jogabilidade de ir alternando o controle dos três para conseguir resolver os desafios.

Confira todos os detalhes na análise a seguir.

Um conto sobre amizade e sobrevivência

A história de Greak: Memories of Azur inicialmente nos apresenta Greak, que descobrimos ser o caçula de três irmãos. Ele busca encontrá-los, pois com as invasões dos temidos Urlags, seu povo, os Courines, precisou fugir para tentar sobreviver, e em meio a toda essa confusão os irmãos se perderam. Seu objetivo inicial é encontrar sua irmã Adara e seu irmão mais velho Raydel.

Você ainda é um jovem guerreiro, que carece de mais treinamento, e por isso acaba tendo problemas durante uma missão. No entanto, acaba sendo ajudado por outros sobreviventes, que estão abrigados em um acampamento. Lá nosso protagonista descobre que eles estão construindo um dirigível para sair de uma vez por todas de Azur. Greak irá ajudá-los a conseguir recursos para a aeronave, mas ele não irá sozinho e fica ainda mais determinado em achar seus irmãos para irem embora juntos.

Conforme interagimos como as outras pessoas que surgem em nosso caminho e encontramos nossos irmãos, para seguirmos juntos em nossa jornada, a história vai se tornando ainda mais interessante com objetivos claramente interligados. Depois de uma guerra que se arrasta por tanto tempo contra os Urlags, os Courines querem encontrar a paz, mas também irão garantir que ninguém fique para trás.

A mensagem é belamente construída, e você sente não apenas a conexão entre os irmãos se tornar cada vez mais forte, mas também a intenção deles em ajudar os outros Courines sobreviventes. Uma bela narrativa que nos embala com simplicidade e sensibilidade do início ao fim.

Um mundo interessante de explorar e com boas doses de desafio

Enquanto a história de Greak: Memories of Azur nos guia bem por aquele universo, a sua jogabilidade dita perfeitamente o ritmo da nossa jornada. Primeiro, começamos no controle de Greak, que usa uma espada e um arco para seus ataques. Ele também pode entrar em lugares pequenos. Logo depois, adicionamos a delicada Adara, que dispara projéteis de magia e consegue nadar com bastante desenvoltura. Por fim, encontramos Raydel, um guerreiro que usa escudo e espada, e consegue usar um gancho para se locomover por novos ambientes. Cada um deles possui suas vantagens e desvantagens, e cabe ao jogador entender bem suas habilidades para usá-las nos momentos adequados.

Você avança com os três ao mesmo tempo segurando o RT, mas pode deixá-los em determinados lugares para completar puzzles e desafios de plataforma. Esses quebra-cabeças são bastante criativos, e alguns deles, principalmente mais para o final do jogo, me fizeram ter que pensar bastante para encontrar a solução. Nada que corte o ritmo da progressão, mas que também deixam o jogador mais atento em encontrar o caminho a seguir. A mecânica de jogar com os três irmãos ao mesmo tempo é divertida e se desenvolve de forma natural.

Não pense que em Greak: Memories of Azur você irá apenas andar, apreciar os belos cenários e completar puzzles, pois o jogo também possui um desafiador combate. Durante algumas batalhas você pode usar os três irmãos para um dano massivo, ou ainda optar por deixar um mais afastado enquanto se vira com apenas um deles. Digo isso, pois especialmente os bosses podem complicar bastante as coisas, oferecendo um maior desafio. Além de infligir um alto dano e possuírem barra de vida grande, esses inimigos especiais trazem mecânicas extras, e pode ser um tanto quando complicado sincronizar os irmãos em meio a necessidade de dar pulos rápidos e desviar de objetos. As lutas parecem muito complicadas, mas conforme entendemos os padrões, e morremos algumas vezes, entendemos melhor como funcionam. Ao passar pela provação dessas batalhas, sentimos aquela ótima sensação de superação.

As habilidades dos personagens podem ser melhoradas com a descoberta de relíquias que estão muito bem escondidas pelos mapas. Algumas delas aumentam a eficiência dos ataques ou desbloqueiam algumas facilidades, por exemplo. Também existem vendedores nos quais podemos gastar nossos Cribes, que é a moeda do jogo, para comprar expansão de inventário, poções, itens que aumentam o dano…. Além disso, também podemos juntar frutas e plantas para cozinhar em caldeirões e assim criar poções e comidas que curam.

O mapa é dividido em seções e você, muitas vezes, vai precisar atravessar alguns deles para chegar no seu objetivo, mas também existem algumas pedras que podemos desbloquear para realizar a Viagem Rápida, mas isso vai lhe custar alguns Cribes. O salvamento é totalmente manual, então sempre fique atento aos pontos de save para não perder seu progresso. Sempre que descobrir uma pedra de save, grave bem a sua localização para não ter que refazer longas partes da sua jornada.

Desenhado à mão e com trilha orquestrada

Greak: Memories of Azur é um deleite visual. O estúdio Navegante criou belas animações desenhadas à mão. Os cenários conseguem trazer com maestria toda essa trama fantasiosa de Azur, mas sem deixar de lado todos os contornos sombrios que sua trama desenvolve. As cinemáticas são igualmente belas, e conseguem nos cativar ainda mais com a história dos três irmãos e com o destino desse mundo em colapso.

Criado para se aproveitar do poder das novas máquinas, o jogo possui um belo desempenho no Xbox Series X, sem quedas de frames, conseguindo entregar com consistência os prometidos 4K e 60FPS. Os loadings são praticamente inexistentes.

A trilha sonora orquestrada acompanha toda a beleza visual, com temas musicais que expressam bem a jornada que estamos vivendo, bem como trazem com força toda a atribulada situação dos personagens e daquele mundo. O jogo está todo legendado e com menus em PT-BR.

Opinião

Greak: Memories of Azur foi uma jornada e tanto. Ele possui uma duração média de 5 ou 6 horas, o que pode variar bastante de acordo com sua habilidade. Para mim foram incríveis cinco horas e meia de muito encantamento e desafios. A história é agradável de acompanhar e atiça nossa curiosidade até o fim para saber qual será o destino dos sofridos Courines. A apresentação audiovisual é incrível, com belos cenários e uma trilha sonora que embala toda a jornada com maestria.

O jogo será lançado para Xbox Series X|S no dia 17 de agosto e deve, definitivamente, entrar no seu radar.

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