Já há alguns anos, The Elder Scrolls Online passou a optar pelo sistema de temporadas anuais, com uma grande história sendo desenvolvida ao longo de um ano. A temporada 2021 recebeu o nome de Gates of Oblivion, desenvolvendo uma nova história na qual os jogadores desvendarão as ambições e esquemas do príncipe Daedric da destruição, Mehrunes Dagon, 800 anos antes dos eventos de The Elder Scrolls IV: Oblivion. O principal conteúdo se trata do Blackwood Chapter que é o grande destaque do ano, oferecendo muito conteúdo novo para os jogadores do MMORPG.
Depois de um morno Greymoor, que mesmo trazendo Skyrim não teve um impacto tão grande nos jogadores, será que a Zenimax Online conseguiu aquecer a jornada por Tamriel com Blackwood, abrindo os portões de Oblivion? Descubra tudo em nossa análise.
Uma jornada que expande o universo de The Elder Scrolls
Como já explicado brevemente acima, vamos mergulhar no universo de Oblivion durante a temporada 2021 de ESO, com uma boa história que mostra uma trama muito antiga. O Príncipe Daedric da destruição, Mehrunes Dagon, realizou barganhas com os Longhouse Emperors de Cyrodiil, que culminou na criação de artefatos poderosos chamados de Four Ambitions, e que agora descobrimos ser a chave para Dagon fundir o seu reino, as Deadlands, com o planeta Nirn, onde Tamriel existe. Encaramos uma jornada épica para deter o príncipe, enquanto enfrentamos um culto poderoso que o segue, além de tentar descobrir, antes deles, onde estão as Ambitions.
Como essa expansão se passa 800 anos antes dos acontecimentos de The Elder Scrolls IV: Oblivion, é também uma chance de ver como toda essa trama se originou, e como os esquemas de Dagon estavam sendo construídos até chegar na trama do jogo de 2006.
A história é deliciosa de acompanhar, com uma trama densa e recheada de acontecimentos realmente importantes, com missões que trazem profundidade para a nossa jornada e um senso de urgência latente, que nos deixa presos na tela até o seu desfecho. Além disso, o jogo também adiciona momentos de alivio cômico muito bem colocados, com diálogos e até mesmo missões que quebram um pouco essa tensão contínua, mas sem nos distrair do foco principal.
Blackwood possui a dosagem certa em tudo o que se propõe a mostrar do ponto de vista da narrativa. A expansão enriquece não só o mundo de The Elder Scrolls Online, mas de toda a franquia como um todo, adicionando informações relevantes para todos os fãs de Elder Scrolls. Uma das melhores histórias contadas no MMORPG, e que mostra que a Zenimax Online tem crescido muito na qualidade dos conteúdos apresentados a cada ano.
Mantendo as bases, mas com boas novidades
Como padrão de toda nova expansão de The Elder Scrolls Online, Blackwood chegou com novas regiões, Delves, Public Dungeons, skyshards, chefes mundiais, o novo trial Rockgrove, além das diversas missões secundárias e de história. A exploração de todo esse conteúdo pode levar facilmente 30 horas, o que é uma duração recorrente para as expansões do jogo.
Explorar os mapas é realmente uma tarefa gratificante, seja para conhecer a diversidade de Blackwood, com suas construções e ambientes que trazem com força a cultura dos Argonianos, além de mais histórias dos Imperiais. Temáticas que são reforçadas pela própria localização da região, que está situada entre a pátria argoniana e a província imperial de Cyrodiil. Mas ainda temos as Deadlands, o reino nefasto de lava governado por Mehrunes Dagon, onde enfrentamos criaturas poderosas enquanto somos vigiados pelo príncipe.
Ainda dentro dessa temática das Deadlands, o jogo recebeu um novo evento mundial, que são os Oblivion Portals. De tempo em tempos, uma série de portais se abrem em Blackwood e ao entrarmos neles estaremos no reino de Dagon. Lá deveremos seguir nosso caminho derrotando uma série de inimigos até chegar no boss final e assim conseguirmos voltar para Tamriel. Um evento bem interessante e que muda um pouco o cenário dos já conhecidos Dark Anchors, por exemplo, onde o inimigo te invade e você precisa repeli-lo. Aqui você é o invasor e sua missão é impedir que eles adentrem nosso mundo.
A grande adição, em termos de jogabilidade, é o novo sistema de Companions, que oferece ao jogador a possibilidade de recrutar um NPC para lutar ao seu lado. Para encontrá-los é necessário realizar uma missão que explora bem a história de fundo desse personagem, de forma que não só o jogador saiba quem vai estar ao seu lado, como também se conecte com eles de alguma forma. No momento, temos como recrutar o mago Bastian Hallix e a Nightblade Mirri Elendis, sendo que apenas um pode nos acompanhar por vez. Você pode equipá-los com equipamentos próprios para eles, desbloquear habilidades e até mesmo customizar suas aparências e montarias.
O sistema de relacionamento criado para nossa interação com eles é bem interessante, pois eles reagem de forma positiva e negativa a diversas atividades que realizamos. Com Bastian, por exemplo, você terá problemas se resolver matar NPCs ou realizar furtos, mas ele vai gosta se você realizar missões diárias para a Mages Guild, visitar locais de craft ou completar escavações. Já Mirri detesta quando realizamos qualquer atividade voltada para a Dark Brotherhood, mas adora quando ajudamos a Fighters Guild ou criamos bebidas alcoólicas. Aos poucos você vai entendendo o que eles gostam e desaprovam, o que torna o sistema ainda mais imersivo. Conforme você vai subindo sua reputação com os Companions, novas missões e diálogos são desbloqueados e você pode conhecer mais sobre esses aliados.
Esses Companions são uma boa adição, especialmente para aqueles momentos que você está jogando sozinho. Ele são interessantes tanto por serem uma boa ajuda nos combates, como também para trazer essa sensação de que temos um aliado ao nosso lado. Eles podem curam, ajudar com boas habilidades ofensivas ou até mesmo servirem de distração para os inimigos, e mesmo que não substituam completamente outro jogador, são uma boa opção para aproveitar as aventuras por The Elder Scrolls Online sem depender totalmente de outros jogadores.
Gráficos e Som
A expansão adicionou novos cenários belíssimos para o universo de The Elder Scrolls Online. Primeiro somos introduzidos a nova região de Blackwood, que é um belo convite para aprender muito sobre diversas culturas e histórias de Tamriel. Ela traz pântanos, ruínas de Ayleid, florestas, cavernas e diversas estruturas que trazem mais de povos como os Argonianos e Imperiais, apresentando uma mistura visual muito interessante. Existe muita história viva pulsando na tela, enquanto visitamos locais antigos de impérios há muito esquecidos.
Ainda existem cidades muito bem desenvolvidas e vivas como Leyawiin e Gideon, que trazem os traços desses povos de forma muito marcante em suas estruturas e nas pessoas que vivem nelas.
Além de Blackwood, também invadimos as Deadlands para desafiar Mehrunes Dagon e seu exército. Visto como uma espécie de inferno no mundo de The Elder Scrolls, essa região conseguiu trazer toda a estética e atmosfera pesada de Oblivion. Seu aspecto majoritariamente vermelho, com muita lava e criaturas bizarras por todos os cantos, deixa claro que não somos bem-vindos ali, e caso não estejamos fortes o suficiente, em corpo e alma, poderemos ficar por ali para sempre. A Zenimax foi certeira ao passar o clima das Deadlands.
Justamente por serem lugares tão diferentes, quando existe uma junção entre esses os dois mundos, o espetáculo é ainda mais intenso. Vemos árvores com seus tons de verde se misturando com estruturas avermelhadas iluminadas por uma lava intensa.
Houve um cuidado extremo do estúdio para conseguir transportar os jogadores para dentro dessa grande aventura, oferecendo uma das melhores regiões do jogo até o momento.
O desempenho do jogo segue fluido e suave, mesmo em regiões com muitos jogadores, como nos eventos dos Oblivion Portals. Os servidores permanecem estáveis, proporcionando uma experiência limpa e contínua. The Elder Scrolls Online também já recebeu sua otimização para Xbox Series X|S, que trouxe suporte para o jogo rodar em 60 FPS, o que é um grande transformador para a jogabilidade.
A trilha sonora e dublagens continuam com uma boa qualidade, oferecendo as emoções certas para cada tipo de situação. Infelizmente, ainda não foi dessa vez que o MMORPG recebeu as sonhadas legendas PT-BR.
Opinião
The Elder Scrolls Online: Blackwood segue a mesma estrutura de conteúdo das suas expansões anteriores, mas se destaca com uma trama envolvente desde os seus primeiros minutos. As novas regiões de Blackwood e Deadlands possuem muito o que explorar e descobrir, expandindo de forma gigante a história do MMORPG, assim como as possibilidades de cenários para o futuro. ESO está cada vez mais integrado com a toda a franquia The Elder Scrolls, e o trabalho da Zenimax Online para realizar essa fusão, de forma natural, tem sido espetacular.
Seja apoiada pela nostalgia ou por dar bons passos narrativos para o futuro de The Elder Scrolls Online, Blackwood proporciona uma experiência sólida, com uma boa história, eventos de mundo interessantes e o sistema de Companions, que oferece novas opções para os jogadores explorarem sua jornada por Tamriel.
The Elder Scrolls Online continua crescendo e se fortalecendo como um dos melhores MMORPGs do mercado. Blackwood reforça isso, sendo uma expansão de qualidade e que deixa claro o crescimento contínuo da qualidade narrativa e de desenvolvimento de mundo e mecânicas. O futuro é brilhante para os fãs de ESO.
Quer saber mais sobre The Elder Scrolls Online? Confira nossa análise do jogo base, e também das expansões Summerset, Elsweyr e Greymoor, além do DLC Murkmire.
Vale lembrar que o jogo base está disponível no Xbox Game Pass.
Os jogadores que desejarem adquirir pacotes com todas as expansões já lançadas podem optar por edições completas:
Já aqueles que já possuem o jogo base e apenas querem pular para a nova expansão, ou já possuem os conteúdos anteriores, e só querem atualizar para Blackwood, podem optar pelos pacotes de Upgrade:
*Certifique que este é o preço praticado antes de efetuar a compra. Os valores podem variar.
