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Análise – Curse of the Dead Gods

Um dos principais gêneros que tem crescido nos últimos anos são os jogos Roguelike, essas obras fazem o jogador sair de sua zona de conforto, com desafios cada vez mais difíceis. Esse tipo de jogabilidade foi incorporada a centenas de gêneros, sendo melhor classificado como uma subcategoria.

Pra quem não é familiarizado com o gênero Roguelike, ele faz parte do gênero RPG, mas com a diferença de que as fases são geradas aleatoriamente. Além disso, a morte permanente é algo bem comum e faz parte do alicerce dessa subcategoria do RPG.

Com uma grande variedade de jogos bem avaliados, ficou ainda mais raro achar alguma obra que se destaque em meio aos demais. Curse of the Dead Gods é um desses jogos, que buscou um diferencial para encontrar seu espaço.

Desenvolvido pela Passtech Games e distribuído pela gigante Focus Home Interactive, Curse of the Dead Gods leva os jogadores para calabouços aleatórios cheios de perigos.

Será que o jogo possui algum diferencial ou ele é mais do mesmo?

CALABOUÇOS SURPREENDENTES

Curse of the Dead Gods possui um esquema de fases bem interessante, no qual o jogador vai escolhendo qual caminho seguir. Essas rotas afetam os itens que podem ser encontrados, assim como a dificuldade de cada trecho. O grande X da questão fica para a barra de maldição, que conforme tomamos dano, ou pegamos um item com alto custo, ela vai enchendo, tornando o jogo mais difícil. Então, acredito que ser amaldiçoado é um dos maiores problemas do jogador, que terá que escolher a melhor rota ou se sacrificar para pegar itens mais poderosos. Esse é um grande dilema que você irá enfrentar.

Voltando a falar dos calabouços, eles são bem variados, cheios de armadilhas e gerados aleatoriamente. Cada trecho contém um número diferente de inimigos e variações, que vão te desafiar a todo instante. Assim que você passa por uma sala, você deve escolher a próxima e isso é ilustrado em um grande mapa, que traz legendas para cada tipo de bônus ou tesouros para os quais o jogador poderá se arriscar.

No final do calabouço enfrentamos o chefe da fase, que geralmente traz um desafio bem grande, principalmente se você tiver cedido a algumas maldições. A luta acontece em uma grande arena, onde você será testado contra um inimigo bem poderoso.

Falando em inimigos, a variedade é bem grande, e isso faz com que o jogador saia da sua zona de conforto.  A medida que avançamos, em expedições de níveis maiores, os inimigos ficam mais inteligentes e fortes.

Um grande ponto positivo de Curse of the Dead Gods são seus eventos diários, que trazem calabouços com chefes bem desafiadores. Essas fases possuem recompensas bem poderosas, então é algo que devemos nos esforçar para vencer. O único porém, é que esses eventos só podem ser concluídos sem morrer, então, perdeu, só em outro dia para tentar novamente.

MORRA E EVOLUA

Como disse bem no começo dessa analise, o estilo Roguelike está bem presente, inclusive se tornando a espinha dorsal que conduz toda a jogabilidade. Esse aspecto é incorporado desde os primeiros minutos e será entendido pelo jogador, logo após as primeiras mortes. Sim, em Curse of the Dead Gods a morte é algo bem presente e que faz parte do aprendizado.

Durante nossas expedições coletamos alguns elementos, que na próxima vida serão usados para comprar novas armas, itens e habilidades passivas. Esse aspecto, inspirado em jogos como Dead Cells, é muito interessante para que o jogador sinta que está evoluindo a cada partida, além, é claro, de dar longevidade ao jogo.

Fique atendo a barra de estamina para não ter problemas.

Falando em armas, existe uma grande variedade, desde armas secundárias de longo e curto alcance, quanto armas primárias de duas ou uma mão. Essas armas, que são compradas a cada morte, são dispostas em altares que geram aleatoriamente uma combinação de armas no inicio de cada expedição. Quanto mais armas o jogador conquistar, maiores são as possibilidades de sucesso.

JOGABILIDADE VICIANTE

Curse of the Dead Gods possui câmera isométrica com comandos bem simples, se concentrando no gameplay. O protagonista possui ataques com as armas primárias e secundárias, que podem ser mais fortes com a opção de segurar o botão para dar mais dano. Uma terceira arma especial também entra nessa fórmula, que ao se misturar podem criar combos incríveis.

Na parte defensiva, o jogador pode esquivar de golpes com o rolamento e se defender com o parry, que achei um pouco problemático, estragando as vezes o combate.

Alguns baús trazem itens interessantes.

Outro ponto importante da jogabilidade é o uso da iluminação, geralmente os calabouços são escuros, então devemos usar nossa tocha ou botões de acionamento no chão para iluminar o local. A escuridão adiciona mais poder para as forças sombrias, então é bom iluminar tudo o que puder. A luz também é importante para nos ajudar a esquivar de armadilhas.

SOM E GRÁFICOS

Os gráficos possuem um estilo de arte cartunesco, com palhetas de cores bem escuras, que fazem os calabouços parecerem ainda mais ameaçadores. O design dos inimigos únicos combinam bem com os cenários. A performance também é muito boa, e mesmo com muitos inimigos na tela o jogo não engasga.

O som atende perfeitamente, com uma trilha que se mescla com o gameplay mais soturno. Curse of the Dead Gods possui legendas em Português do Brasil, com menus e textos localizados.

OPINIÃO

Curse of the Dead Gods é um jogo viciante, e que muda a cada partida com seus calabouços que são gerados aleatoriamente. A medida que avançamos nas salas, somos desafiados com muito perigos, principalmente na mecânica de maldições que muda a dinâmica da partida.

A jogabilidade também é prazerosa, principalmente no uso de armas primárias e secundárias que podem ser mescladas para criar combos poderosos. Os eventos diários são bem interessantes, principalmente por tirar o jogador da zona de conforto com desafios bem perigosos.

Curse of the Dead Gods é recomendado para quem busca desafio, principalmente por trazer uma boa mistura de alguns elementos conhecidos e que se fundem em algo novo.

 

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