Um dos maiores ícones dos jogos de plataforma voltou em mais uma aventura, Crash Bandicoot 4: It’s About Time chega para sacramentar a volta do gênero aos holofotes. O jogo, que é uma aventura inédita, foi desenvolvido pela Toys for bob em conjunto com a Beenox , que fez um ótimo trabalho na remasterizarão dos primeiros jogos.

Agora, com um caminho pavimentado, eles podem se arriscar em algo mais ousado e que possui o alicerce de um grande clássico. Alguns reclamaram das mudanças estéticas, indicando que o novo design não respeItava o material original, mas será que Crash está tão diferente assim? Descobriremos na análise a seguir.

UM HISTÓRIA MAIS ENCORPADA

Um dos maiores problemas dos jogos de plataforma é o seu enredo, que muitas vezes é deixado de lado para dar mais foco na jogabilidade. Em Crash Bandicoot 4: It’s About Time isso foi mudado, pois temos uma história bem interessante, com pontos de virada e pontos de vista diferentes, com uma trama que envolve o tempo.

A história foi bem desenvolvida.

A história é contada em cutscenes bem objetivas, e em alguns diálogos que são colocados durante as fases, algo bem simples, mas que traz um atrativo para o jogo. Tudo parece bem feito e cheio de vida, mas não espere nada muito profundo. E na verdade nem precisa.

A aventura pode ser jogada com Crash ou Coco, trazendo uma opção que é mais estética, e que não muda a jogabilidade ou mesmo a história. Essa opção pode ser alterada a qualquer momento do jogo.

PERSONAGENS CATIVANTES

Um dos grandes pontos positivos do jogo é envolver os personagens secundários na trama, seja se tornando o inimigo a ser batido ou como aliado improvável. Aliás, personagens como Neo Cortex e Dingodille possuem diálogos hilários e que trazem um grande alívio cômico para a sua jornada.

Tawna é um dos grandes destaques do jogo.

Alguns desses personagens podem ser controlados em fases especificas, que em alguns pontos da trama são interligados no passado. Em diversas fases, que já concluímos ao jogar com esse aliado, temos uma nova perspectiva dos acontecimentos.

Além disso, esses personagens possuem jogabilidade distintas. Pegue por esse exemplo a Tawna, que possui um gancho e é bem rápida. Fiquei bem impressionado com o gameplay dessa personagem, que merecia até mesmo um spin-off. Outro personagem legal de se jogar é Dingodille, que possui uma canhão que aspira caixas para coletar ou destruir seus inimigos. Neo Cortex também dá as caras, ao se juntar a Crash e companhia para corrigir as fendas do tempo.

DIFICULDADE RAIZ

A franquia Crash Bandicoot nunca deu trégua para os jogadores, e a dificuldade sempre foi algo presente no seu alicerce. Com o passar do tempo, alguns jogos vem se adaptando ao mercado, que as vezes segrega os jogos mais difíceis. Mas Crash Bandicoot 4: It’s About Time não sucumbiu a esse movimento, e ficou ainda mais difícil, trazendo vários recursos diferentes de jogabilidade.

Algumas fases são bem desafiadoras.

Além de ter fases bem trabalhadas, temos recursos de jogabilidade que são incríveis, principalmente pela inclusão de 4 novas máscaras, que tem o poder de mexer com a gravidade, tempo, realidade e velocidade. Geralmente, temos fases que usam um determinado poder, mas quando tudo se mistura, traz um desafio enorme para o jogador.

Para facilitar a nossa vida, existe a opção de vidas infinitas, que podem assustar ao jogador, que ficará olhando o número de vidas perdidas. Outra facilidade aplicada é que para avançar nas fases não precisamos coletar todos os diamantes, se tornando algo mais para os colecionadores ou para pontuar conquistas. Não pense que isso facilitou muito, pois o jogo em si é bem difícil, mas isso ajuda a não ficar tão preso.

Crash e Coco também possuem algumas skins desbloqueáveis, que são liberadas através da coleta de diamantes durante as fases.

Lembra das fases com o urso polar e com o jet ski? Aqui elas voltaram ainda mais desafiadoras. Além disso, temos alguns trechos que escorregamos em um cipó ou corda para ir desviando de alguns obstáculos, que também misturam os poderes que complicam ainda mais a nossa vida.

As fases de flashback são bem interessantes.

Outro ponto interessante é que temos algumas fitas escondidas, que ao serem adquiridas nas fases, podemos jogar algumas fases de flashback, onde Crash é testado em um laboratório secreto. Essas fases trazem um desafio bem interessante, e que testam as habilidades do jogador.

Além disso, existe um modo onde precisamos terminar as fases no menor tempo, e ainda um multiplayer de sofá, no qual morreu passa o controle, lembrando os grandes clássicos dos anos 90.

MUNDOS DIVERSOS

Um dos grandes feitos do jogo é trazer mundos tão diferentes, onde o jogador é desafiado a cada fase concluída. Foi incrível como o design das fases foi feito para encantar, e nunca nos sentiremos enjoados, por simplesmente ter um acervo incrível de fases.

Cada fenda traz um design específico.

Cada mundo, ou tempo, tem o seu charme, com cores diferentes, inimigos e até mesmo músicas específicas para cada fase. Isso mostra que o jogo foi bem lapidado nesse quesito.

Além disso, as batalhas contra chefes são bem feitas e desafiadoras, cada uma com suas propostas diferentes. Então, respira, parta para cima do seu inimigo, e aproveite o espetáculo na tela.

SOM E GRÁFICOS

O som do jogo é espetacular, com músicas que honram toda a franquia, mas que trazem algo de novo. Cada tema foi pensado para dar aquela sensação gostosa de morrer com tranquilidade.

Crash Bandicoot 4: It’s About Time tem legendas em Português do Brasil, além de uma dublagem bem interessante. Cada personagem possui uma voz que realmente combina com a personalidade da figura.

A palheta de cores é bem diversa.

Os gráficos estão bem interessantes, com uma iluminação bem feita e cores bem vivas, mostrando todo o capricho dos desenvolvedores. Além disso, o design de cada personagem foi feito construído, mostrando que a mudança não estragou o material original.

Durante a minha jogatina no Xbox One S tive algumas quedas de frame, mas nada que comprometa a jogatina.

OPINIÃO

Crash Bandicoot 4: It’s About Time é um dos melhores jogos de plataforma da geração, que se arriscou ao sair da zona de conforto, e trouxe elementos diferentes de gameplay. Mexer com a gravidade, tempo e realidade fazem com que o jogador se confunda, levando a morte. A dificuldade está bem interessante, pois com esses novos elementos podemos ser desafiados a cada fase que seguimos em nossa jornada.

O capricho com os detalhes também é algo a se elogiar, com um design bem feito e cheio de vida, e uma direção de arte incrível, que não teve medo de se arriscar.

Mas nem tudo são flores, durante a minha jogatina, perdi o meu save duas vezes, e tive que jogar tudo pela terceira vez, espero que o problema seja corrigido e que não aconteça com outras pessoas, daqui para a frente.

A Activision começa a próxima geração com grandes franquias, onde as possibilidades são enormes. Que venham mais Crash e Spyro, pois o mundo sempre vai precisar desse tipo de jogo.

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About Author

Desenvolvedor Web e Analista de TI, gamer assíduo desde a época do Atari, fã de Metal Gear(menos o Phantom Pain) e Gears of War. Ter a oportunidade de trabalhar um pouco com games é um sonho realizado. Falta só ir para E3!!!

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