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Análise – Mortal Kombat 11: Aftermath

A franquia Mortal Kombat mora em nossos corações, isso é um fato. Não podemos negar que ele é um dos poucos jogos que se mantem vivo após mais de 20 anos. Isso é uma tarefa árdua, que envolve um trabalho duro e muito competente feito pela NetherRealm e Warner, que conseguem melhorar o jogo a cada edição.

O título mais recente lançado, Mortal Kombat 11, cumpriu todas as expectativas, e foi além, com uma história tão épica que poderia se comparar a grandes produções hollywoodianas. No entanto, houve uma grande queda em relação aos DLCs, que, na minha opinião, sangraram aos poucos o jogo, pois a demora foi muito grande entre um lutador e outro.

Com muito entusiamo, mas com um pouco de desconfiança, tivemos o anúncio da expansão, Mortal Kombat 11: Aftermath que prometeu mais 50% de história e a adição de três personagens importantes: Sheeva, Fujin e Robocop, sendo o último um lutador convidado que não participará do modo história.

Analisamos todos os aspectos da expansão, para saber se vale a pena o investimento, descubra em nossa analise a seguir.

UMA HISTÓRIA EMPOLGANTE

Um dos maiores triunfos da NetherRealm, são suas histórias totalmente fora da caixa, com ótimas reviravoltas, mortes e até mesmo mudanças no cânone. Eles mexem na linha do tempo como ninguém. Fizeram isso com Injustice e agora repetem com Mortal kombat. Com isso, cada história é única e não sabemos o que esperar dos acontecimentos.

Em Mortal Kombat 11: Aftermath temos a continuação dos eventos de Mortal kombat 11, com uma história inédita para a franquia. No começo somos apresentados a um problema que não é tão desconhecido, afinal mexer com a linha do tempo, é algo que sempre dá errado.

Dois aliados improváveis se juntam para uma missão em comum.

A expansão começa com a aparição de Shang Tsung, Fujin e Nightwolf, que se juntam em uma aliança improvável, mas que funciona muito bem. Um grande destaque para atuação de Cary-Hiroyuki Tagawa, que é o feiticeiro Shang Tsung, e protagoniza as melhores interpretações entre os personagens da expansão.

A química entre os personagens que conduzem a história é muito boa, criando diálogos bem divertidos e que dão riqueza a história da franquia. Além disso, grandes rivalidades são colocadas em prova e cada luta.

Um dos destaques da expansão foi dar mais espaço para personagens que não tiveram tanto destaque no jogo principal, mostrando que eles também são muito importantes para a franquia.

As cutscenes mostram toda a competência da NetherRealm em criar algo épico, que as vezes empolga mais que o jogo principal.

A direção de arte continua incrível.

Mas a história tem algumas escolhas que podem incomodar alguns, trazendo uma certa repetição. Principalmente por trazer Kronica novamente para a equação. Claro que tivemos outros protagonismos, mas a vilã continua a ser um dos pontos chaves da história.

A adição de dois finais, traz momentos interessantes, pois agora não temos ideia do irá acontecer. O futuro da franquia está com um grande leque de opções.

NOVOS PERSONAGENS, MESMOS PROBLEMAS

Um dos grandes problemas da inclusão de personagens por DLC, é trazer uma certa expectativa para os jogadores. Principalmente com lutadores convidados, afinal eles não possuem golpes que já foram usados na franquia, então o trabalho fica ainda maior. Criar golpes que façam de Robocop um lutador, por exemplo, não foi algo que funcionou.

Shiva, Fujin e Robocop são os personagens que entram para o hall de lutadores do jogo.

O design dele ficou incrível, mas o personagem não é bom de se jogar, e coloco a participação dele como o do Terminator, que também está péssimo quanto a jogabilidade. Talvez seja a hora da NetherRealm repensar essas participações, para colocar algo que não seja somente para vender o jogo.

Agora temos Fujin e Sheeva que estão muito bons de se jogar, com uma mistura de golpes clássicos com novos, que trazem uma sensação boa durante as lutas.

ATUALIZAÇÕES IMPORTANTES

Uma das grandes adições importantes que a expansão trouxe, foi a inclusão dos Friendships e Fatalities de cenário. Algo que foi muito solicitado pelos fãs. Mostrando que a empresa soube escutar seus jogadores.

Além da inclusão dessas novas finalizações, tivemos uma repaginada para o menu do jogo, que ficou ainda mais bonito. Notei uma singela queda de frames no menu, mas é algo que pode ser corrigido em algum update.

Lembrando que essas últimas atualizações citadas, também estão disponíveis, para quem possui o Mortal Kombat 11.

UM TRABALHO DE EXCELÊNCIA

O trabalho feito pela NetherRealm e pela Warner é perfeito, com uma captura de movimentos muito boa. Lembrando que a franquia já fazia isso na era dos bits, com personagens que tinham dublês de corpo reais.

Os gráficos do jogo continuam muito bons, com cutscenes dignas de um filme, fechando com uma transição até se juntar com o jogo. Os novos cenários são bem feitos, mostrando que a inclusão foi muito boa, principalmente na Dead Pool que é um mapa clássico, e que ainda traz um fatality de cenário espetacular.

Dead pool é um cenário clássico da franquia que volta para o jogo.

Novamente temos o jogo localizado para o nosso idioma, trazendo uma dublagem espetacular. Com destaque para o dublador Élcio Romar que dubla o feiticeiro Shang tsung, que acerta muito ao dar vida ao personagem.

OPINIÃO

Mortal Kombat 11: Aftermath traz um ótimo enredo, que leva a franquia para um futuro bem promissor e imprevisível. Alguns personagens ganharam o destaque merecido, que tiram o jogo da mesmice de só ter Raiden e Liu kang como o centro das atenções.

A adição de Sheeva e Fujin fizeram bem para o hall de lutadores, que agora da mais opções para os jogadores. Já a adição de Robocop, mostra uma fragilidade para se criar golpes para lutadores convidados.

O grande problema da expansão é o seu preço, que com a alta do dólar ficou algo surreal. Acaba que somente três personagens + campanha são muito pouco para o preço que está sendo cobrado. A única vantagem é para quem comprar o jogo agora, terá todo o conteúdo + Mortal Kombat 11 com a Aftermath Collection.

Um outro problema foi a ausência de conquistas, que não fazem sentido de não terem sido inseridas. Faltou um capricho por parte da NetherRealm, que não se importou com esse aspecto que cativa alguns jogadores.

 

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