Muitos jogadores de Xbox não fazem ideia de quem eu vou falar agora, mas a pessoa em questão é deveras arrogante, rabugento e resmungão. Se você o conhece, você já deve ter ouvido falar “por aí” de suas peripécias.
Hideki Kamiya não é bem o cara legal da indústria de jogos. Autoritário em seu perfil de Twitter, bloqueia todos que conversam em inglês com ele ou o marcam em alguma postagem. Não se sabe como, mas ele é a cara da Platinum Games… e isso por si só já é lamentável para o estúdio.
No entanto, existem muitas outras coisas que deixam a imagem de Hideki Kamiya queimada perante os jogadores e fãs do estúdio. Após o episódio Scalebound, o estúdio manteve uma postura de silêncio absoluto sobre o assunto, mesmo com a Microsoft tomando toda a culpa, de todos os lados, pelo cancelamento do jogo.
Após algum tempo e, consequentemente, o assunto já ter sido esquecido, Atushi Inaba, diretor da Platinum Games, assumiu que o estúdio tivera muitos problemas durante o desenvolvimento e citou ainda que “foi difícil ver a Microsoft levar toda a culpa“. Onde estava Hideki nesse momento? Provavelmente debruçado sobre outro projeto ambicioso, sem tempo algum de responder seus fãs ou até mesmo pra terminar o jogo.
No meu ponto de vista, Scalebound nem era isso tudo, mas respeito quem estava ansioso pelo jogo. O problema é que a postura controversa da Platinum Games não parou por aí. Recentemente tivemos a notícia que Wonderful 101, um jogo vindouro de Nintendo, não chegaria ao Xbox One por falta de dinheiro. O estúdio assume que faltou grana para lançar o jogo para o console.
Digamos que isso seja até válido mas, a incoerência se dá pelo fato do jogo ter sido financiado via KickStarter e a meta ter sido atingida. Então, não era o caso da meta ter sido maior desde o início? Quando a meta foi estipulada, o console não estava nos planos? A estranheza fica ainda mais notável quando você olha a lista de metas a atingir do financiamento coletivo
Em nenhum dos parâmetros e valores estipulados você encontra o console Xbox One. Claramente, Hideki não tinha intenção de trazer o jogo para o Xbox One mas a “falta de dinheiro” foi o problema. Se até aqui você ainda não entendeu que Hideki é um irresponsável com a Microsoft, continue lendo.
Um ex-desenvolvedor da Platinum Games resolveu expor no Twitter os problemas que acarretaram o cancelamento de Scalebound, citando inclusive os problemas pós-cancelamento. Ele tomou essa decisão após Hideki Kamiya fazer uma brincadeira, enquanto bebendo (talvez comemorando algo do jogo Wonderful 101), onde esbravejou que queria “terminar Scalebound“, clamando ainda que a Microsoft deveria “mandar um email pra ele“.
We had our chance. We failed. They know why we failed. Lots of great people left after we failed. Some because we failed. I’m sad that it is now a drunken meme. https://t.co/xVWkTnzPC5
— JP Kellams (@synaesthesiajp) March 7, 2020
Tivemos a nossa chance [de fazer Scalebound]. Fracassamos. Eles sabem por que fracassamos. Muitas pessoas boas nos deixaram depois de fracassarmos. Algumas porque nós fracassamos. Estou triste que isto agora virou um meme de bêbados.
Toda a situação foi constrangedora na época, a Microsoft carregou toda a culpa, Hideki se mantém egocêntrico, não cita nada sobre o assunto do cancelamento, e ainda faz chacota durante uma comemoração de um jogo em que ele claramente quer mais dinheiro da Microsoft pra fazer algo que já está ao alcance. 1 milhão pelo modo Time Attack? Irresponsável!
Esse papo de que Wonderful 101 não pode chegar ao Xbox One é muita furada, pois o mesmo será disponibilizado pra PC e a Microsoft tem excelentes ferramentas de conversão com sua UWP (Ultimate Windows Plataform).
A Platinum Games criou alguns jogos de boa qualidade. Eu mesmo posso citar dois dos quais falo muito bem sempre que posso, que são Vanquish e Bayonetta (ambos lançados recentemente em versão remasterizada). As pessoas podem citar outros jogos que eu desconheço, mas o que permanece é a cara de Hideki Kamiya ao estúdio, que sempre que pode (ou acha que deveria estar nos holofotes da mídia) cita a Microsoft ou Scalebound nas redes sociais ou em entrevistas… sempre com um tom arrogante e egocêntrico.
Será que é possível separar “obra” de “autor” com facilidade? Será que algum dia a Microsoft vai confiar em Hideki Kamiya novamente?