Após o jogo ter feito seu caminho para o catálogo do Xbox Game Pass, Journey to the Savage Planet impactou por ser um jogo simples, mas muito divertido, com uma temática bizarramente colorida e gráficos propositalmente cartunizados. Receita de sucesso para um jogo que pretende atender uma grande massa de jogadores.
Tendo uma (já esperada) excelente recepção no serviço de jogos mais querido da indústria, o jogo recebeu sua primeira expansão, denominada Hot Garbage, que analisaremos aqui.
História… Oi?
A premissa de introdução, a expansão do jogo é que a Kindred, empresa que financiou sua viagem a este planeta, criou um resort chamado Boomerdale para que as pessoas pudessem de fato morar neste planeta. Mas algo deu errado. Os robôs indicados para a função de construir as casas, se rebelaram e deram a Kronus total poder sobre as terras. Cabe a você derrotá-lo e devolver o domínio a sua querida empresa (que te paga mal) Kindred.
A história é puramente isso. O apelo da expansão claramente não é esse, uma vez que a história principal não te dá mais que 02 horas de conclusão. É bem pequena de fato, e apesar de contar com uma área nova, podendo ser explorada com ajuda de um amigo, não oferece muito mais do que isso.
Jogabilidade e Exploração
Seguindo o exemplo do jogo base, essa nova área está completamente aberta a exploração. Dois novos itens surgem para dar mais liberdade na jogabilidade e o jogador precisará completar missões para ter acesso a áreas mais inóspitas desta expansão. Uma delas é a mascara de gás, pois sem ela você não terá acesso as partes mais próximas de Kronus, que está totalmente tomada por um gás tóxico, que mata seu personagem em instantes.
Nesta expansão você ainda pode explorar a vontade, caso queira se desvencilhar de qualquer missão. Dá pra ficar passeando e catalogando espécies novas. A área da expansão é grande sim, mas não tanto quando do jogo base. Já a quantidade de espécies extras não cativa. Eu zerei o jogo com 70% catalogado, sem nem ao menos fazer muita exploração.
Gráficos e Som
O jogo ainda continua muito belo graficamente, e esta nova área traz uma paz maior que o jogo base. Por ter uma praia, acho que isso ajuda muito (ainda mais em tempos de confinamento). Há algumas plantas novas que são muito bonitas e bem feitas, outras nem tanto. É caso de gosto pessoal mesmo.
Em termos de som, os novos bichos usam sons de espécies já conhecidas do jogo base. Sério, eu sempre vou rir com aquela galinha que passa pela gente correndo e gritando, não tem uma única vez que eu não dou risada. Esta expansão estão com legendas em PT-BR e os diálogos continuam tão cômicos quanto do jogo base.
Opinião
É fato que esta expansão dá uma continuidade direta ao jogo base. É uma área nova sim, mas tudo o que você faz é o mesmo proposto do jogo base. Isso não é ruim, mas falta um pouco de inovação pra fazer jus a uma expansão. Tirando a máscara de gás, as habilidades aqui não são renovadas e nem há muito o que aprender ou habilitar. Você segue com exploração sobre exploração, com uma quantidade mínima de missões.
Eu zerei a expansão com menos de 02 horas. Se não contar as vezes em que eu fiquei preso, tentando entender o que deveria ser feito, eu poderia ter feito em menor tempo. Uma das novas adições ao gameplay se mostrou mais dificultosa, que desafiante. O combate final também deixa a desejar demais, pois você se prepara para algo surpreendente, um embate emocionante e se frustra.
Tirando por base os inimigos e o mapa que vimos no jogo base, esta expansão adiciona muito pouco em termos de combate, exploração e experiência de jogo. Uma expansão que você pode claramente esperar por uma promoção ou até mesmo que ela seja agregada ao Xbox Game Pass, já que o jogo base faz parte do catálogo neste momento.
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