Disintegration é o jogo de estreia da V1 Interactive, que já chega no mercado com o peso de ser um estúdio fundado pelo co-criador de Halo, Marcus Lehto. O título se trata de um jogo de tiro em primeira pessoa, com o tema de ficção científica, que está sendo desenvolvido desde 2014, com a proposta de entregar um modo campanha completo para um jogador, com a adição de três modos multiplayer. E foi exatamente esse componente online que eu testei na última semana, quando o jogo recebeu duas fases de teste, sendo uma fechada e outra aberta para todos participarem. Eu participei de ambas e vou trazer para vocês as minhas impressões do multiplayer de Disintegration.
Ideia narrativa levada para o multiplayer
Disintegration mostra um futuro próximo da Terra, onde extremos climáticos, superpopulação, escassez de alimentos e uma pandemia global levaram a um colapso das nações e à humanidade está à beira da extinção. Os cientistas colocaram em prática uma experiência para contornar uma crise inevitável, e criaram um processo onde o cérebro humano é removido e é cirurgicamente inserido em uma armadura robótica, com um processo conhecido como Integration, e que permitiu que os humanos sobrevivessem por décadas. E durante as partidas estamos no controle de um esquadrão de quatro desses robôs, mas só temos o controle real de apenas um.
Disintegration oferece sete esquadrões, onde cada um possui suas habilidades próprias, assim como o estilo de tiro, a resistência e o dano da nave que controlamos. Nesse ponto, o ideal é testar um pouco de cada tipo de esquadrão até achar o seu favorito. Antes de iniciar a partida, e também sempre que morre (ou é desintegrado, nas palavras do jogo), você tem a opção de mudar esse esquadrão para tentar achar um que realmente goste de jogar, no entando existe a limitação de apenas dois de cada tipo no campo de batalha. E não é só a jogabilidade que muda, mas também o seu visual, oferecendo temas com palhaços, cavaleiros, samurais, motoqueiros cyberpunk, e por ai vai. Isso traz uma personalidade bem única ao jogo.
Infelizmente, você fica preso ao robô que voa, não podendo controlar os demais membros que ficam controlados por IA e só atendem a comandos seus, como atirar um morteiro, uma mina de proximidade… . Poder mudar a perspectiva deixaria o jogo bem mais divertido e dinâmico, e não tão limitado. A ideia dos robos é realmente muito boa, mas a forma como isso é posto na prática, nos obrigando a ficar em apenas um dos quatro membros do esquadrão, traz uma limitação muito ruim para as possibilidades de gameplay.
Jogabilidade lenta e pouco responsiva
Quanto a jogabilidade em si, inicialmente ela se apresenta muito lenta e pouco responsiva aos nossos comandos, e mesmo após muitas partidas e tendo melhorado bastante minha performance, alternado tiros, usando a esquiva corretamente, e me movimentando melhor pelos mapas, ainda sentia o jogo muito preso e pouco responsivo.
Os modos de jogo, que estavam em teste eram Retrieval, onde precisamos entregar ou defender uma carga, e Control, o clássico modo de controlar e defender pontos de captura. Os modos funcionam bem, mesmo não oferecendo nada de novo, dando a oportunidade para os jogadores testarem bem as habilidades de cada esquadrão.
Disintegration chega a ser divertido, conforme você entende bem como sua proposta funciona, e o seu teor mais tático para as partidas, pois não é só andar e atirar para conseguir a vitória, é necessário um real trabalho de equipe. Ainda assim eu não consegui me envolver com ele em nenhum momento, e se outros jogadores se sentirem da mesma forma, o modo online pode morrer rapidamente após seu lançamento.
Mapas e visuais que não impressionam
Quanto a parte visual de Disintegration, ela também não conseguiu me conquistar. Os mapas são simples demais, e não possuem um charme ou algo interessante para explorar, pois falta a mesma personalidade que foi dada aos esquadrões, e que não foi levada com a mesma intesidade para os mapas. As habilidades também não são muito interessantes, e quando usadas não trazem tanto impacto na tela, tipo explosões grandiosas, fogo, ou outros elementos, e mais destruição.
Os menus e a interface de jogo ofereciam um pouco de atraso nas escolhas que fazemos, e houveram alguns momentos de lag nos servidores, mesmo durante o Closed Beta, nada muito frequente, mas aconteceu. Vale ressaltar que por se tratar da primeira fase de testes de Disintegration, muito ainda pode ser melhorado e adicionado para a versão final, e vamos torcer para que algumas mudanças ocorram até lá.
Desintegração à vista?
Como dito acima, o modo multiplayer é apenas uma parte de toda a proposta de Disintegration, pois o jogo terá um modo campanha single player que promete ser completo, e a história pode ser o grande ponto forte do título. O modo online possui um bom potencial, mas ainda não conseguiu me convencer durante esse Beta, pois a jogabilidade estava muito lenta e travada, além das limitações de gameplay.
É claro que ainda é muito cedo para julgar o travalho da V1 Interactive, pois joguei apenas algumas horas dessa versão beta, e conheci apenas uma pequena parte do que Disintegration pode oferecer aos jogadores na sua versão final. Mas como primeira impressão eu esperava bem mais.
Também testou Disintegration? O que achou do jogo?
Disintegration ainda não possui data de lançamento, mas é aguardado para 2020.