Torchlight II é um RPG de ação que foi lançado originalmente em 2012, no mesmo ano de Diablo 3, que era claramente um grande concorrente pelos jogadores desse mercado, pois são jogos com propostas bem próximas. Alguns anos depois, assim como Diablo 3, Torchlight II também apostou nos consoles, e chega para as novas plataformas a fim de quebrar a longa exclusividade para PC, além de revitalizar a série, e também aproveitar o vácuo deixado por seu concorrente.

Torchlight II apresenta um ótimo pacote, com um combate bem divertido e cheio de opções, com muitos conteúdos interessantes para os fãs de ARPG (Action RPG).

A trama e o nosso personagem

Geralmente jogos desse tipo possuem histórias feitas apenas para dar um sentido, ou pano de fundo, para a jogabilidade, que é o grande foco do gênero, e em Torchlight II isso não é diferente. O jogo possui uma história que se passa anos depois do primeiro jogo, onde o mundo foi salvo do maléfico Ordrak. No entanto, alguém roubou a essência de seu poder e está usando isso para perturbar o equilíbrio dos seis elementos. Nós devemos então explorar tudo para encontrar os seis Guardiões Elementais, para que, com sua ajuda, consigamos proteger o mundo da destruição. Uma trama simples e que funciona muito bem durante a exploração dos cenários, e nos seus bons diálogos, que assim como os menus, estão todos legendados em português do Brasil.

Nosso personagem, que é o grande herói dessa aventura, pode ser totalmente criado pelo jogador, desde sua aparência a até sua classe e estilo de jogar. São quatro classes no total, onde cada uma possui um estilo bem único de jogabilidade, e com sua própria árvore de habilidades, onde podemos personalizar, e melhorar, cada poder usando os pontos que recebemos ao subir de nível.

Em Torchlight II podemos jogar com:

  • Berserker – foco no combate corpo-a-corpo rápido, o uso de companheiros espirituais, e o poder dos elementos.
  • Engenheiro – usa tecnologia com estilo steampunk, com armas pesadas e dispositivos poderosos.
  • Ignis-Mago – é o mago do time, que usa magias usando os elementos do fogo, gelo e raio.
  • Forasteiro – especializado no longo alcance, com o uso de equipamentos como arcos e armas de fogo.

O jogador também tem ao seu lado um companheiro, que ajuda bastante em combate, e apesar de não possuir uma árvore de habilidades, esse Pet pode ser melhorado com itens e feitiços, que adicionam atributos passivos e também ativos. Ele é comandado pela IA, que funciona muito bem e toma decisões inteligentes durante o combate.

Jogabilidade

A jogabilidade do Torchlight II é excelente, com comandos fáceis e objetivos, que deixam o jogador totalmente no controle do seu personagem. O estilo é familiar para quem curte o gênero, com câmera acima do jogador, e a progressão através dos mapas, em busca de locais para explorar e inimigos poderosos para eliminar, tudo em busca de equipamentos melhores e mais experiência, para enfrentar desafios cada vez maiores. O jogo não é inovador, mas ele apresenta um ótimo ARPG e é muito competente nisso, mantendo a jogabilidade viciante e divertida do gênero.

Essa nova versão foi portada para consoles pela Panic Button, que trabalhou no desenvolvimento de Recore, e também realizou excelentes trabalhos de port de jogos para o Nintendo Switch, como Warframe e DOOM, por exemplo. Torchlight II apresenta controles bem adaptados para as novas plataformas, como se o jogo tivesse surgido originalmente com essa estrutura. É ótimo ver um jogo com raízes tão profundas no PC, chegar ao Xbox One com comandos tão bem feitos e que funcionam muito bem com o controle.

Os inimigos são bem variados e oferecem um real desafio aos jogadores. Eles possuem diferentes estilos de ataques, e demandam estratégia para o sucesso na progressão dos mapas. Os bosses são bem fortes e apresentam batalhas muito intensas. O mais interessante dessa diversidade constante, é que precisamos estar sempre atualizados e preparados para os mais diferentes estilos de batalhas, algo que deixa o jogo sempre interessante de explorar.

Já a exploração é viciante, assim como seu combate. Os mapas são grandes e cheios de áreas e masmorras secretas, que presenteiam os jogadores como inimigos diferentes e mais possibilidades de encontrar melhores equipamentos, além de novas missões que expandem a narrativa. É recompensador abrir cada canto do mapa e descobrir uma masmorra escondida, cheia de desafios, novos ambientes, e até mesmo um chefão secreto.

O jogo ainda oferece um sistema bem divertido de pesca, que serve tanto para encontrar itens para melhorar seu Pet, como também para encontrar itens para vender e conseguir uma grana para melhorar seus equipamentos.

A aventura em Torchlight II não precisa ser encarada sozinha, pois o jogo oferece a possibilidade de ser jogado em modo cooperativo local ou online para até quatro jogadores, onde você pode jogar com amigos ou desconhecidos, dependendo da configuração do host.

Gráficos e Som

Mesmo sendo um jogo lançado em 2012, os ambientes de Torchlight II seguem bem bonitos, e mostram que o jogo envelheceu muito bem. Os efeitos das habilidades em tela são incríveis e fornecem um grande espetáculo. Já os personagens possuem modelos bem simples, mas que não comprometem a experiência. Os cenários são bem variados, e incentivam o jogador a explorar cada canto em busca de uma nova área cheia das suas particularidades.

O desempenho também é muito bom, e mesmo com muitos inimigos na tela o jogo se comporta muito bem, sem travamentos ou quedas bruscas de fps, pelo menos no Xbox One X, que é o console onde essa análise foi realizada.

As cutscenes são mostradas em forma de uma animação bem estilizada, que foram inspiradas nas sequências 2D de Kung-Fu Panda, nas cinemáticas de Heavenly Sword, o flashback de God of War 3, e também do estilo de Samurai Jack. Essas cenas foram desenvolvidas pelo estúdio Klei Entertainment, responsável pelo jogo Mark of the Ninja. Servem bem para mostrar qual ponto da história o jogador está, pois em jogos nesse estilo é natural que você acabe esquecendo qual era a trama que movia seu personagem. O lado ruim dessas cenas é que a qualidade não é tão grande quanto do jogo em si. Além disso, esqueceram de inserir as legendas em português nessas sequências.

A trilha sonora funciona muito bem e traz o clima certo para cada área e combate. As vozes dos personagens são boas, e compõem bem a narrativa e os diálogos.

Opinião

Torchlight II apresenta muita diversão e uma progressão viciante de cenários, onde você se sente incentivado a explorar cada canto do mapa em busca de masmorras secretas, tanto para melhorar seu personagem como para encarar novos desafios. Os comandos foram muito bem portados para os consoles e funcionam com naturalidade, dando ainda mais brilho para o título. Os cenários são muito bem desenvolvidos e as habilidades são belas e interessantes de usar.

Se você está órfão de Diablo 3, ou quer se aventurar por um novo ARPG, e está buscando algo de qualidade, e menos complexo do que Path of Exile, Torchlight II é mais do que recomendado. Ele é uma excelente adição para a biblioteca do Xbox One e chega com um preço justo para os jogadores da plataforma.

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About Author

Administradora de Empresas, mas apaixonada pelo mundo dos games e pelo Xbox!Fã da incrível e complexa franquia Halo e de seu icônico líder, o Master Chief. Também apaixonada por Dragon Age e seu universo magnífico. Ahhh e quem disse que Dark Souls não é divertido? :DSempre ligada nas notícias e novidades do lado verde da força!

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