Para quem jogou a última Operação Especial de Ghost Recon Wildlands, a história deste novo jogo da Ubisoft já tem caminho certo. A ponte que o jogo fez foi de uma boa escolha e apresentou, de forma branda, o vilão deste novo jogo da franquia Ghost Recon. Após uma alpha, cheia de embargos, testamos desta vez o beta fechado de Ghost Recon Breakpoint e temos algumas coisas pra te dizer, que vão além do vilão Cole Denholm Walker.
O primeiro impacto de Breakpoint é que se trata de um shooter de terceira pessoa, ambientado na presente data, com um vilão desconhecido. A medida que você avança (e o jogo lhe apresenta uma breve linha de história) você se dá conta que Walker tomou de assalto a ilha de Auroa para si. Os inúmeros teasers (muito bem feitos pela Ubisoft) dão vida a esse vilão e mostram sua face inúmeras vezes, bem como suas reais intenções.
Por se tratar de uma beta, não dá pra se aprofundar muito na história. Do pouco que podemos avançar nessa parcela do jogo, temos conhecimento de uma base que será basicamente um social hub para os jogadores adquirirem upgrades (existe uma grande árvore de habilidades), novas armas, veículos e também formar um esquadrão.
Antes, em Wildlands, você tinha seu esquadrão formado já na tela de menu de acesso ao jogo, ou você poderia optar por deixar sua sala aberta para que qualquer jogador (ou um amigo) pudesse se juntar a sua empreitada. Aqui em Breakpoint as opções são maiores e incluem ainda, esse acampamento. Além dos upgrades e equipamentos, você tem ainda a opção de se alimentar para ganhar um buff extra, de vida ou estamina, no seu personagem.
O mapa de Breakpoint, a ilha de Auroa, está infestada de drones e veículos militares pesados, então, toda abordagem deve ser estudada com cuidado. Uma das novidades do jogo é a existência de níveis do inimigo. Enfrentar uma área com vários inimigos já é por si só um problema e se estes inimigos forem de níveis maiores que o seu, a morte é certa.
O gigantesco mapa esconde ainda vários segredos que podem ser investigados pelo jogador, desde posição de armas melhores até a localização de pessoas importantes para a história, que podem responder algumas perguntas sobre a trama do jogo. E, também pelo tamanho do mapa, você pode esperar por vários biomas diferentes.
O jogo anterior era baseado em terras bolivianas reais e isso, por si só, já era um fator limitativo para o game (e olha que ainda assim criaram terreno para uma Operação Especial envolvendo o Predador). Já na ilha de Auroa, a Ubisoft poderá tranquilamente trabalhar com a criatividade embaixo do braço.
A ilha, por ser fictícia, poderá ser trabalhada da forma que acharem interessante, e assim entregar ainda mais conteúdo ao jogador, e esse fator já me deixa muito esperançoso com o jogo.
A jogabilidade se assemelha a Wildlands mas com alguns adicionais que, certamente, foram pedidos pela comunidade de jogadores. O botão LT agora, se levemente pressionado, permite que o jogador prenda a respiração e permita um tiro perfeito com o rifle de longo alcance. O problema a meu ver é que na hora da bagunça, poucos se lembrarão disso e irão afundar com violência o botão, inutilizando o sistema.
Outra adição da jogabilidade, que achei interessante, foi a possibilidade de mover corpos de inimigos abatidos para que os outros não vejam. Isso aumenta ainda mais a possibilidade de stealth do jogo e adiciona um plano a mais, já que você pode usar corpos em lugares estratégicos para alertar um grupo de guardas, criando assim uma distração.
O jogo também apresenta a seleção de Modo Guiado. Quando o modo estiver ativo seus objetivos ficarão marcados no mapa. É o modo comum que vemos em todos os jogos, onde os pontos de interesse seja de história principal ou secundária, ficarão ativadas no mapa.
O jogador pode desligar esse modo para uma imersão maior. Assim, você precisará se dedicar mais ao entendimento das pistas e diálogos entre personagens, para que você possa ouvir detalhes sobre a missão/objetivo e assim ter um rumo daquilo que pretende fazer. O Modo Guiado é de fato dedicado aos mais puristas e hardcore.
Outra adição interessante é o modo Interface. Com um simples botão, você elimina todo os mostradores da tela, deixando apenas seus personagem em evidência. Como é fácil de acionar, o modo Interface pode lhe ajudar a tirar aquela screenshot bacana ou até mesmo focar mais nos inimigos da área.
A parte que se assemelha a Wildlands é bem clara e até certo ponto refinada. Já a parte que puxa mais pro lado de The Division 2, traz umas diferenças entre jogabilidades que podem diferenciar o gameplay de jogador para jogador.
A árvore de habilidades se divide em Médico de Campo, Assalto, Pantera e Atirador de Precisão. Cada uma delas tem uma abordagem diferente e podem usar perks de habilidades, dentro da própria arvore, para deixar seu personagem ainda mais único.
Há muito pequenos detalhes que deixam a desejar, mas confesso que o jogo está bem redondo. Os detalhes que mencionei são fáceis de serem corrigidos e, o jogo deixa claro em suas telas iniciais que ainda está em processo de polimento. Trata-se de uma beta, lógico, mas a crítica ainda é válida pois a beta de The Division 2 teve alterações mínimas para o jogo final, que acabou frustrando alguns jogadores. O matchmaking está equilibrado e não tive nenhuma queda de jogador ou mesmo teleportes, falhas dentro de veículos, nada.
Tom Clancy’s Ghost Recon Breakpoint irá levar o jogador a uma ilha lotada de tecnologia militar que está sendo comandada interinamente por um ex-Ghost. Ao jogador está a sua disposição muitas armas, veículos e a liberdade de abordagem das missões. Toda essa liberdade pode (ou não) ser limitada pela árvore de habilidades, tornando o jogo ainda mais necessário jogar em cooperativo.
É a liberdade somado ao dantesco mapa que vimos em Wildlands, com as habilidades e upgrades que tornam seu personagem único em The Division. A união do melhor dos dois mundos está para acontecer no próximo mês e chega em boa hora. Os enxames de drone e Azrael estarão a sua espera em Auroa, ao lado de Cole Denholm Walker.
Ghost Recon Breakpoint será lançado no dia 04 de Outubro de 2019.