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Análise: Assassin’s Creed Odyssey – The Fate of Atlantis – Final

Depois de muitos meses recebendo os episódios do DLC The Fate of Atlantis em três partes, finalmente chegamos ao final da jornada do herói de Assassin’s Creed Odyssey com esse terceiro episódio, que recebeu o nome de Julgamento de Atlântida. Depois de irmos até a bela região da deusa Perséfone (confira), e explorar a sombria região do deus Hades (confira), chegou a vez de, finalmente, adentrarmos a mítica Atlântida, que é comandada pelo famigerado Poseidon.

O novo conteúdo traz uma história bem interessante de acompanhar, personagens com grande personalidade e ainda um grande mapa, que possui muitos andares de exploração e muitos segredos escondidos, fazendo a exploração se tornar instigante entre uma missão e outra. The Fate of Atlantis ainda traz novas mecânicas, que fazem o combate se tornar ainda mais divertido.

Será que o desfecho da saga de Assassin’s Creed Odyssey atinge as expectativas?

Grandes revelações e muito a explorar no futuro na franquia

A história de The Fate of Atlantis mostra a jornada de Alexios/Kassandra em busca de conhecimento sobre seus poderes e as respondabilidades que chegam junto com eles, para isso o personagem parte em busca dos Isu, os seres poderosos que fazem parte da grande trama por trás de Assassin’s Creed e de seus artefatos poderosos, como a famigerada Maçã do Éden, por exemplo. Mas o aprendizado não chega de graça, e sempre precisamos ajudar e tomar decisões para diversas pessoas, para ganhar confiança e também nos mostrar dignos de tal poder. Em Julgamento de Atlântida recebemos o título de Dicasta do líder Poseidon, e devemos julgar os humanos e também os Isu de Atlântida que estão vivendo um momento de muitos desentendimentos, o que está gerando revoltas e mortes, fatos que podem gerar no fim da cidade mística. Nosso trabalho é encontrar um meio de pacificar esses desentendimetos e tentar trazer paz para essas pessoas. Ou seja, somos juíz, juri e executor, um poder ilimitado que vem com uma grande responsabilidade, e pode se tornar perigoso nas mãoes erradas, e você deve provar que é a pessoa certa.

As missões principais e secundárias são bem interessantes de seguir e mostram claramente que não estão ali apenas para inchar o conteúdo, mas trazer tramas e personagens realmente bons de acompanhar. As escolhas estão mais difíceis do que nunca e mudam bastante o desfecho de algumas missões, mas infelizmente ainda não possuem impacto nos acontecimentos principais, que independente de suas decisões, será levado para um mesmo desfecho.

Uma das grandes virtudes desse DLC é dar mais informações acerca dos Isu, as criatutas míticas que ajudam e prejudicam os diversos Assassinos da saga através dos jogos, e que também são conhecidos como a Primeira Civilização. O jogo traz algumas novidades bem interessantes, tanto da estrutura dessa civilização, com seus grandes e pequenos comandantes, como também alguns dos motivos pelos quais intereferem na vida da humanidade durante os milênios. Não vou falar muito, para não dar spoilers desnecessários, mas o conteúdo adiciona informações importantes para o que já está estebelecido no universo da franquia e abre oportunidades interessantes para explorar mais o assunto por diversos outros jogos no futuro, o que traz mais vida para a saga.

Outro ponto que evoluiu bastante na série com The Fate of Atlantis foi a trama do Animus e do presente, que ficou de lado por muitos jogos, mas ganhou novo fôlego nesse DLC. Apesar de ainda não ser algo muito bem explorado, e ainda transparecer que a Ubisoft não encontrou novamente o tom certo para tocar nesse assunto, o conteúdo teve uma grande progressão, que mostra com mais clareza como está a luta entre Assassinos e Templários na atualidade, e como estão as estruturas da Irmandade e da Abstergo. A maneira como a protagonista Layla Hassan é desenvolvida também não ajuda a prender o jogador nessa parte da trama, pois ela não é nem um pouco carismática, e chega a ser irritante em alguns momentos, ficando difícil torcer por ela. Ainda assim, é um avanço para a narrativa da realidade, mas que se trata de um parte da franquia que precisa de mais cuidado para ter mais impacto como visto nos jogos iniciais da série.

Novas mecânicas de combate e mais diversão

Como se trata do desfecho da saga de Assassin’s Creed Odyssey, The Fate of Atlantis se preocupou em oferecer grandes desafios aos jogadores. Cada um dos episódios trouxe novos e desafiadores inimigos, e em Julgamento de Atlântida isso não seria diferente, com os jogadores enfrentando os Polemarcos Isu, que oferecem grandes e difíceis batalhas, pois além deles possuírem uma enorme barra de vida, ainda utilizam habilidades bem fortes e variadas.

Mas que tal equilibrar as coisas? Com tanto desafio chegando a Ubisoft trouxe mais algumas variações bem poderosas das habilidades já existentes. Elas são inspiradas nos poderes do Isu e fazem os inimigos provarem um pouco do próprio veneno. Além disso, essas variações oferecem ao jogador a liberdade de escolher qual o melhor estilo para sua jogatina.

Mas as novidades não parar por aí, pois ainda foram adicionadas novas armaduras, com destaque para o novo set da Dicasta que podemos completar ao matar todos os Polemarcos Isu. Ela não é apenas bem bonita, como também oferece atributos interessantes. Para as armas, o conteúdo também trouxe uma ótima novidade, que ganhou o nome de Forja de Atlântida. Lá podemos criar até três novas armas lendárias, que são muito poderosas e também muito bem desenhadas, trazendo toda atmosfera de Atlântida e dos Isu.

Um pacote de novidades que faz o jogador de sentir incentivado a explorar e conhecer em detalhes o belo cenário.

Atlântida é belíssima e uma delícia de explorar

Cada episódio de The Fate of Atlantis se esforçou em trazer um novo e deslumbrante cenário para Assassin’s Creed Odyssey, seja com o belíssimo, colorido e iluminado Elíseo, ou o sombrio e desprovido de vida Submundo. E é claro que Atlântida não seria diferente. O mapa traz construções impressionantes, misturando estruturas Isu, com partes cheias de uma água deslumbrante, jardins e uma verticalidade deliciosa. O mapa pode não parecer ser muito grande, mas essa sensação muda rapidamente quando começamos a explorar os cenários, pois a aposta da Ubisoft aqui foi apresentar uma estrutura mais vertical, onde os jogadores pudessem se divertir procurando por segredos e pontos de interesse espalhados por diversos andares diferentes de um mesmo mapa.

Além disso, presenciar a série em um lugar tão mítico como Atlântida, com suas lendas e personagens icônicos, traz ainda mais peso para a ambientação. O estúdio sabia disso e trabalhou com cuidado em cada canto do mapa.

A trilha sonora segue muito boa, trazendo a atmosfera correta para cada situação na tela, sejam os momentos dramáticos e de escolhas difíceis, seja para embalar a exploração, ou para dar mais ação aos combates. Tudo se encaixa muito bem. Os novos personagens trazem vozes convincentes e que combinam bem, dando mais peso para a narrativa.

Assim como em todo o conteúdo dos seus jogos, a Ubisoft segue não apenas oferecendo jogos totalmente legendados, mas vai além, com ótimas dublagens para o público brasileiro, o que reforça o respeito do estúdio com nosso mercado.

Opinião

O primeiro DLC Legacy of the First Blade (confira as análises) começou com uma história bem interessante, mas encerrou de forma bem morna, e até mesmo decepcionante e inconclusiva, no entanto The Fate of Atlantis começou bem e só foi melhorando no decorrer dos episódios entregando histórias memoráveis, cenários impressionantes e um encerramento digno do grande jogo que é Assassin’s Creed Odyssey. A Ubisoft conseguiu prender os jogadores com grandes histórias, mesmo após a conclusão da trama principal, trazendo conteúdos de qualidade, sendo The Fate of Atlantis o mais grandioso de todos eles.

No início dessa análise eu questionei se esse defecho para a saga de Assassin’s Creed Odyssey atingiria as expectativas. E a resposta é que não apenas atinge, como supera. Seja para quem quer saber mais sobre os Isu e as origens dos Assassinos, ou se aventurar por mais horas em boas tramas e belos cenários, The Fate of Atlantis é um pacote obrigatório.

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