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Análise: Assassin’s Creed Odyssey – The Fate of Atlantis – Parte 1

Depois de lançar Legacy of the First Blade, que foi a primeira expansão de história, e que me deixou sentimentos mistos durante as análises dos três episódios, a Ubisoft chega com o segundo grande conteúdo prometido para Assassin’s Creed Odyssey, que recebeu o nome de The Fate of Atlantis, e chega com o seu primeiro episódio intitulado Campos de Elísio.

O DLC promete uma grande aventura através dos lendários reinos da mitologia grega, onde iremos buscar descobrir o verdadeiro poder do protagonista do jogo e ainda desvendar os mistérios da Primeira Civilização, em uma trama que promete trazer muitas reviravoltas. Campos de Elísio tem realmente cara de um conteúdo de endgame, trazendo uma narrativa que mistura bem passado e presente, trazendo força para as questões do Animus e a luta contra a Abstergo, além dos mistérios dos artefatos da série e os Isu. Tudo isso brindado com um novo e belíssimo mapa.

Uma viagem profunda entre o Animus e a Civilização Antiga

Nos últimos dois jogos de Assassin’s Creed o tema do Animus foi tocado de maneira bem superficial, e apesar de ser algo que não é o grande atrativo dentro da trama, possui uma importância gigantesca dentro do universo dos jogos. Finalmente em The Fate of Atlantis o tema está recebendo um peso maior, explicando muita coisa sobre o andamento da luta dos Assassinos contra a Abstergo e seus Templários, e a busca pelos artefatos escondidos pelos antepassados e as divindades Isu, com maior foco para personagem de Layla Hassan. Apesar de continuar não sendo um grande atrativo dentro da série, é bom ver a parte moderna da narrativa tendo algum peso e trazendo novos temas para o universo da franquia, mesmo que continuem confusos e transpareçam que a Ubisoft ainda não encontrou uma maneira de explicar esse elemento com mais objetividade.

Encontro entre passado e presente

Voltando para a Antiga Civilização estamos no controle do protagonista, seja Alexios ou Kassandra, onde voltamos aos portões de Atlântida e entramos em um portal que nos leva aos Campos de Elísio, governado pela deusa Perséfone, que lidera o paraíso com mão de ferro, mas que está sendo combatida pelos rebeldes liderados por Adônis. Durante nossa aventura podemos ajudar ambos os lados, como um bom mercenário, e ir descobrindo os segredos da trama aos poucos, conhecendo bem os dois lados da moeda, assim como ocorre no jogo principal, onde podemos apoiar Atenas e Esparta. Além disso, as escolhas voltam a ter força e temos algumas decisões delicadas para tomar.

Uma paisagem deslumbrante

As missões se desenrolam bem e nos trazem curiosidade para saber o que irá acontecer em seguida, e os acontecimentos se encaminham bem para um segundo episódio ainda melhor. Também gostei de ver, mais uma vez, o nosso personagem e sua personalidade sendo melhor desenvolvidos, e ver sua importância para todo o legado dos Assassinos. Uma pena que esse sistema episódico quebra um pouco da emoção, que pode acabar esfriando até a chegada da sua continuação.

Uma nova e belíssima área para explorar

Uma das coisas que mais me incomodaram na primeira expansão de conteúdo, foi o fato de não apresentarem um novo mapa, para dar aquela sensação de novidade e novas aventuras, pois inseriram as missões no mesmo mapa do jogo base sem trazer algo realmente novo para Assassin’s Creed Odyssey. No entanto, com esse primeiro episódio de The Fate of Atlantis a Ubisoft traz um mapa totalmente novo e com diversos pontos de interesse para o jogador explorar, além da ambientação dos Campos de Elísio ser belíssima, e ainda trazer diversas figuras da mitologia grega para um pacote ainda mais interessante.

Novos e velhos conhecidos

Enquanto tentamos obter o controle do Elisio, para conseguir sair daquele local e avançar na jornada, adentramos em uma busca pelos famosos artefatos da série e do entendimento da importância do nosso personagem para a história dos Assassinos e de mais conhecimentos sobre a civilização dos Isu. Além disso, o jogo adiciona a mecânica de libertar soldados do controle mental de Perséfone e também novos inimigos conhecidos como Colossos, que trazem combates realmente desafiadores e trazem um ar de novidade para a jogabilidade, pois demandam mais estratégia para serem derrotados. Não existem Cultistas para serem perseguidos, mas existem novos inimigos para testarem as suas habilidades.

O DLC ainda traz quatro novas melhorias especiais para algumas habilidades já existentes, que mudam como elas funcionam e dão a chance do jogador customizá-las de acordo com seu estilo de jogo.

Opinião

Enquanto Legacy of the First Blade apela para a curiosidade dos jogadores em saber mais das origens dos Assassinos, mas não se aventura além do mapa e de toda a estrutura já estabelecida no jogo base, The Fate of Atlantis não busca apenas trazer mais detalhes desse passado, como o conecta com o presente, e ainda traz um novo mapa, como novos personagens e tramas para descobrir, o que realmente faz com ele tenha cara de um conteúdo realmente novo.

Apesar de achar que poderiam existir mais pontos de interesse para o jogador explorar, os Campos de Elísio trazem uma boa exploração, como novos e desafiadores inimigos, que fazem a experiência se tornar mais interessante. O primeiro episódio funcionou muito bem para apresentar o conteúdo e mostrar que ele tem muito potencial para os próximos dois episódios, uma pena que o conteúdo esteja segmentado, mas ele conseguiu prender a minha atenção e me deixar curiosa com o que pode vir a seguir.

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