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Análise: Anthem

Anthem foi revelado no evento EA Play de 2017 e surpreendeu a todos como sendo um projeto da BioWare voltado para o multiplayer. O estúdio possui um histórico de sucesso com o ambiente online com seu MMORPG Star Wars: The Old Republic, que segue vivo e com muitos jogadores há 7 anos, mas é inegável que seu grande sucesso e reconhecimento do público veio através de sagas memoráveis do single player, como Dragon Age e Mass Effect. Quando o anúncio foi feito, muita expectativa foi criada pelo impressionante mundo mostrado, mas também muitos ficaram receosos de como isso seria implementado na realidade.

Alguns anos depois, finalmente chegamos na versão final de Anthem, e sua proposta de ser uma nova experiência em jogos online, com todo um mundo compartilhado em constante movimentação que lembra jogos como Destiny e Warframe. Além disso, traz os diálogos tradicionais do estúdio, uma jogabilidade bastante divertida e um mundo extremamente detalhado e interessante de explorar, seja sozinho ou com os amigos. Tudo isso com a mecânica deliciosa das Lanças ou Javelins, que são exosuits poderosos que permitem aos jogadores voarem pelos cenários e usar habilidades poderosas.

Mas como todo jogo nesse estilo ele precisa de muito conteúdo e qualidade para manter os jogadores engajados, mas será que depois das minhas 62 horas o jogo conseguiu manter o meu interesse? Vamos descobrir nessa análise.

Nosso Mundo, Minha história

Não é segredo para ninguém que Anthem se trata de um jogo multiplayer, como foco no seu ambiente online, no entanto por se tratar de um jogo da BioWare, conhecida por suas tramas memoráveis, como em franquias do calibre de Dragon Age e Mass Effect, por exemplo, os jogadores esperavam por uma boa história para dar sentido ao mundo e personagens do jogo, além de uma motivação para o jogador se aventurar por ele. Jogos online geralmente não possuem histórias tão memoráveis, pois são mais focados na sua jogabilidade, mas ainda assim existem jogos nesse estilo que oferecem narrativas muito boas, e esse é o caso de Anthem, que tem como seu lema a frase “Nosso mundo, minha história“. Dessa forma, mesmo que esteja sempre interagindo com outros jogadores, haverá uma progressão de narrativa pessoal para cada jogador, sempre que ele for para a área segura conhecida como Fort Tarsis, onde ele interage com os outros personagens, melhora seu personagem e avança nas missões.

Anthem conta a história de um mundo onde deuses usaram a força misteriosa e poderosa do Hino da Criação para criar o mundo da sua maneira, mas antes de finalizarem o seu trabalho eles desapareceram e também abandonaram as ferramentas usadas para forjar esse mundo. Mesmo que abandonadas, essas relíquias da criação permaneceram usando o poder do Hino para continuar remodelando as paisagens e até mesmo as criaturas. No entanto, essa falta de controle gerou extremo caos, como desastres ambientais e monstros perigosos. Além de tudo isso, ainda existe uma facção extremamente militarista e violenta conhecida como Dominion, que tem como líder o grande antagonista do jogo, O Regente, que acredita poder controlar o Hino da Criação, algo que o torna ainda mais perigoso.

Para viver e explorar esse mundo extremamente hostil foi criada a facção dos Freelancers, que são pessoas altamente capacitadas e treinadas para usarem os Javelins ou Lanças, que são exosuits super poderosos. Mas se antes eles eram heróis da humanidade, um certo acontecimento fez com que as pessoas perdessem a esperança nesses soldados e agora eles precisam encontrar forças não apenas para combater todas essas ameaças como ainda proteger um povo que não confia mais neles.

A trama possui boas revelações e reviravoltas dramáticas, onde podemos ver o brilhantismo da BioWare em desenvolver suas histórias e seus personagens. O jogo possui poucas cutscenes, mas as poucas que existem são extremamente impactantes e dão um grande peso aos personagens e suas histórias, é difícil se tornar indiferente aos diálogos que cada um traz até o seu personagem, seja para nos emocionar, divertir ou até mesmo nos irritar com algumas situações e personalidades. Muitos desses diálogos possuem opções de escolha sobre qual resposta dar, algo que também é uma marca registrada dos jogos do estúdio, e nos dá liberdade de tratar os outros personagens da maneira como quiser. São realmente muitos diálogos e personagens para interagir, então se prepare para passar um bom tempo batendo papo no Fort Tarsis, pois além de conhecer mais sobre essas pessoas, você também ganha reputação com as facções de Anthem.

Existem três facções (Freelancers, Sentinelas e Arcanistas) e cada uma elas oferecem desafios, recompensas, contratos e missões diferentes, que servem não apenas para ganhar novos itens e experiência, mas também trazem muito conhecimento sobre o mundo de Anthem.

O universo de Anthem se passa na belíssima, vasta e selvagem região chamada de Bastion, que possui um amplo mapa para explorar, com muitas áreas bem escondidas em cavernas, ruínas e até mesmo de baixo da água. As missões te levam para os mais diversos lugares e com os mais diferentes objetivos, que aumentam a complexidade conforme aumentamos a dificuldade das missões. Não são somente os inimigos que ficam mais fortes, mas a quantidade deles e a sua determinação em te matar também aumenta. Você sempre inicia sua missão no Fort Tarsis para entrar na sua armadura, equipar seus itens e até mesmo chamar os seus amigos. E sempre ao terminar você volta para essa área segura. O ruim desse sistema é que com os loadings, que irei abordar abaixo, a ação dos acontecimentos fica um pouco quebrada, deixando a sensação de progressão na trama um pouco lenta. A movimentação pelo Fort também não é muito rápida, o que aumenta essa sensação de lentidão. Vale lembrar que essas missões da história você pode optar em jogar em modo privado, e assim nenhum outro jogador irá entrar no seu grupo.

Também existe o espaço social chamado de Baía de Lançamento, onde os jogadores podem ver e interagir com outros jogadores, mas não podem falar com os personagens do Fort Tarsis e assim avançar nas missões.

No geral, a trama me agradou bastante e eu me senti realmente conectada aos personagens e ao mundo de Anthem, e mesmo que o foco do jogo seja no seu ambiente online, o estúdio conseguiu oferecer uma boa narrativa que não só serviu para dar sentido a jogatina dos jogadores, como também deixou boas brechas para conteúdos futuros.

Jogabilidade

Desde o seu anúncio ficou claro que Anthem se trataria de um loot Shooter com pitadas de RPG, ou seja, um jogo onde você deverá explorar e se aventurar por desafios cada vez maiores em busca do melhor equipamento. Mas esse ciclo precisa ser muito bem desenvolvido, para que o jogador não se sinta enjoado rapidamente por um conteúdo repetitivo. E para minha alegria tanto o combate, quanto as atividades e a exploração estão muito bem executados.

A história e seus personagens te dão um motivo para se aventurar, explorar o seu mundo e eliminar os inimigos, mas a jogabilidade é essencial para que isso se torne divertido. Todo o gameplay de Anthem é divertido e oferece diversas opções de abordar as missões da maneira que achar melhor, seja de maneira mais agressiva ou comedida. O sistema de tiro é muito fácil de dominar e existem diversos tipos de armas que podem ser usadas como rifles, fuzis, metralhadoras, pistolas, snipers e armas pesadas, mas existem algumas restrições do que cada lança pode usar. Uma limitação que deixa o gameplay mais interessante e faz com que cada classe tenha a sua importância além das habilidades únicas de cada uma delas.

Essas habilidades acrescentam ainda mais diversão e possibilidades para o gameplay, pois além da liberdade de criar a configuração que quiser, o jogador ainda possui opções realmente interessantes para serem usadas. Um sistema que permite a criação de diversas combinações, que podem ser usadas nas mais diversas situações, trazendo um fator estratégico muito bom para as missões.

As Armas, equipamentos e habilidades dos Javelins podem ser conquistadas através do saque de inimigos, baús e ao completar missões e desafios, e todos esses itens possuem níveis de qualidade que não só te deixa mais forte, como também aumenta a raridade do seu personagem como um todo, trazendo mais chances de recompensas melhores. Anthem também possui consumíveis que podem ser construídos antes de cada Expedição e que oferecem bônus passivos para a equipe ou o seu personagem, algo muito importante para as missões mais difíceis.

É viciante continuar realizando as atividades em busca do melhor equipamento, e assim ir aumentando o desafio chegando assim nas dificuldades mais altas de Anthem. Níveis esses que estão divididos entre os tradicionais Fácil, Normal e Difícil e os insanos Grão Mestre 1, 2 e 3, que trazem um desafio diferenciado para os jogadores mais dedicados e que curtem conteúdo mais hardcore.

O maior destaque da jogabilidade de Anthem é a sua mobilidade e o quão fácil e recompensador é se movimentar pelos cenários e durante as batalhas. Nesse aspecto a grande estrela é o sistema de voo do jogo que é simplesmente sensacional, e traz uma sensação única de liberdade, sendo também bem fácil de dominar. Para facilitar a exploração do hostil e vasto mundo de Anthem, os Javelins possuem propulsores que possibilitam que os Freelancers voem de um lado para o outro, mas esse sistema também superaquece e precisamos ficar atentos a isso para não despencarmos de alturas, então não é só sair voando, tem uma estratégia envolvida. Para evitar esse superaquecimento, os jogadores podem descer das alturas verticalmente, voar perto da água e até mesmo usar a chuva ao seu favor, o que faz com que o tempo de voo se alongue consideravelmente, e faz a exploração se tornar uma verdadeira delícia. Além disso, podemos passar pelas quedas de água e até mesmo mergulhar em áreas inundadas para resfriar totalmente nosso Javelin. Opções não faltam para você explorar seu potencial de voo ao máximo.

Por fim, caso você seja derrotado em batalha, você pode ser consertado por seus companheiros, mas tenha cuidado onde irá se posicionar, pois existem áreas onde é apenas possível voltar ao ser consertado por seus amigos e se o local for ruim, você irá prejudicar muito sua equipe, até que alguém consiga te trazer de volta para a ação. Fora das áreas de ressurgimento limitado você pode ressurgir em um ponto de controle, mas eu não recomendo, pois algumas vezes você pode reaparecer longe de onde estava.

Os interessantes Javelins

Como dito acima, os Javelins ou Lanças, se tratam da principal mecânica de Anthem, pois apenas com eles é possível se aventurar pelo Bastion e conseguir ter mais chances de voltar para o Fort Tarsis com vida. No total, existem quatro opções de Lanças, onde cada uma possui uma maneira bem própria de combate e habilidades, além de aparências distintas.

São elas:

Cada Lança pode ser customizada com as habilidades que os jogadores preferirem e se adaptarem melhor ao seu estilo de jogo, com exceção da habilidade Ultimate, que é fixa, as outras possuem liberdade para serem trocadas. Essa personalização mais profunda e cheia de opções traz ainda mais estratégia para o grupo e a forma como abordarão as situações. Isso é muito importante para a principal mecânica de combate de Anthem, que são os Combos.

Algumas das habilidades de Anthem possuem dois tipos diferentes de ataques, um que irá preparar o alvo, que são chamados de Primer, e o segundo detonará o ataque para completar o Combo, e que ganharam o nome de Detonador. Por exemplo, Tempestade usa uma habilidade e congela os inimigos, e quando o Interceptador avança sobre esses inimigos com suas lâminas ela cria Combos, e esses ataques oferecem ainda mais dano, além de serem um deleite visual. Quando o Combo for bem sucedido, a Lança que realizou o ataque irá receber um efeito passivo do seu exosuit. As combinações e possibilidades desse sistema são muito grandes e se usadas com estratégia, podem ajudar consideravelmente nas batalhas, pois inflige dano massivo nos inimigos.

Além da experiência ganha ao final de cada expedição, os Javelins aumentam a sua qualidade conforme equipa itens melhores, ou seja, além do nível da conta geral, que vai até 30, cada lança terá o seu próprio nível de qualidade que cresce de acordo com seus equipamentos, o que incentiva bastante a repetição das missões em dificuldades cada vez maiores, para assim receber melhores itens para seus personagens. O melhor de tudo isso é que podemos ter todos os Javelins e escolher melhor antes de cada missão aquele que melhor se encaixa com a atividade ou a equipe. O jogador não fica preso a uma escolha e tem que seguir com ela até o final, basta ir no Fort Tarsis e fazer a troca.

Essa liberdade também se expande para a customização dos Javelins, que é algo que está realmente muito abrangente e vai permitir que os jogadores deem asas à imaginação e criem modelos realmente únicos. Em Anthem é possível customizar cada parte da armadura com as cores e os desenhos que os jogadores desejarem, e essa personalização oferece camadas primárias, secundárias e terciárias, e que vai além das cores, pois também é possível alterar a textura do material.

Um sistema realmente interessante e que dá gosto de tentar e testar novas cores e modelos, para criar um equipamento realmente único.

O conteúdo e o que fazer após a história

Como já havia citado Anthem se trata de um loot Shooter com pitadas de RPG, então o grande foco do jogo está em buscar os melhores equipamentos para seu personagem e assim fazer conteúdos cada vez mais desafiadores. Para isso, o precisa oferecer bons conteúdos para os jogadores continuarem se sentindo motivados em explorar após finalizar a campanha principal. E Anthem traz uma boa quantidade de atividades diárias para os Freelancers se aventurarem em busca de itens Obra-prima e Lenda.

Para manter os seus jogadores ativos, Anthem oferece as missões de história e de personagens, as Fortalezas, Contratos e o Modo Livre, sendo que todos eles podem ter a dificuldade mudada de acordo com o gosto dos jogadores. As Missões apresentam a progressão da história e também da sua relação com os personagens. Já as Fortalezas foram construídas para oferecerem desafios maiores para os jogadores, que necessitam de mais estratégia para finalizarem. Os contratos são atividades dadas pelos líderes das facções e alguns deles são chamados de Lendários, que aumentam a complexidade do que deve ser feito, mas também oferecem boas recompensas. E por fim, temos o Modo Livre, onde os jogadores entram no mapa aberto de Anthem em busca de atividades, equipamentos, recursos e experiência.

Todas essas atividades possuem matchmaking, então mesmo que não tenha outras pessoas para jogar, o sistema de Anthem permite que você sempre tenha outras pessoas para jogar ao seu lado. Também é possível realizar as missões de história em modo privado, mas isso não se estende as Fortalezas e Modo Livre, onde sempre haverá outros jogadores por perto. O jogo primeiro busca entre os seus amigos, depois amigos de amigos, para só depois ir buscar desconhecidos. Um bom sistema para não excluir os jogadores que não conseguiram outras pessoas para jogar junto.

Tanto a história quanto o próprio mundo de Anthem abrem brecha para muito conteúdo após o seu lançamento, e é justamente isso que a BioWare promete para os próximos meses, onde o jogo receberá diversas novas atividades, melhorias e muito mais. Tudo dentro da visão de ver o jogo como um Live Service, ou seja, um jogo em constante evolução. Vale lembrar que esses novos conteúdos serão gratuitos.

Como funcionam as microtransações?

Um dos temas mais delicados envolvendo a EA nos últimos anos são as microtransações, pois a empresa se envolveu em diversas polêmicas envolvendo práticas consideradas abusivas e agressivas, para que os jogadores investissem dinheiro real nos seus jogos com compras de cosméticos e até mesmo itens que davam vantagens para quem gastasse mais. A empresa teve que rever suas práticas depois da recepção negativa que Star Wars Battlefront II teve no mundo todo, e parece estar buscando limpar sua barra nessa área.

Em Anthem, a BioWare anunciou desde cedo que não existiriam lootboxes, então o jogador saberia exatamente o que estaria comprando, além disso nada de Season Pass ou equipamentos comprados com dinheiro real e que dão vantagens no gameplay, pois a aposta dos desenvolvedores está nas microtransações cosméticas. Esses itens podem ser comprados com a moeda ganha no jogo e também com dinheiro real, comprando a moeda conhecida como Níqueis. São itens como tipos de material para customizar a armadura, vinis, pacotes de vinis e cores, e como prometido pelo estúdio tudo é apenas cosmético e pode ser adquirido apenas jogando.
Esses itens ficam expostos na loja do jogo e seu estoque muda constantemente. Os valores são bons e, até o momento, não se mostraram abusivos.

Conseguir essas moedas do jogo, que literalmente possuem o nome de Moedas, se mostrou algo bem simples e que recompensa os jogadores mais dedicados. Você consegue o item monetário ao completar desafios, dentro de baús espalhados pelo mundo, ao completar contratos e missões e ao realizar missões diárias, semanais e mensais.

Outra forma de conseguir essas moedas e com o interessante sistema de Alianças, que consiste em um rank semanal que acumula toda a experiência ganha por alguns dos seus amigos que estão jogando Anthem e completando as mais diversas atividades do jogo. Conforme realizam missões eles sobem na lista da Aliança, e quanto maior o rank maior a quantidade de Moedas que sua Aliança irá receber no final da semana.

Ou seja, o que não faltam são opções para os jogadores de Anthem adquirem microtransações, em um sistema que se mostra justo até então.

Gráficos e Som

Quando Anthem foi apresentado todos ficaram muito impressionados, mas ao mesmo tempo receosos, pois já existiram na indústria dos games muitos casos de jogos belíssimos na apresentação e que quando lançados estavam bem abaixo do mostrado. Com o jogo da BioWare isso não foi diferente, pois o jogo não está naquele mesmo nível visual apresentado inicialmente, mas ainda assim está belíssimo. O nível de detalhes nos cenários, os efeitos das habilidades e as explosões estão incríveis e bonitos de ver, assim como os efeitos de iluminação e sombras, que trazem ainda mais realismo para os acontecimentos na tela. É um mundo realmente bonito de explorar, com suas florestas cheias de vida, cavernas misteriosas, construções caóticas, ruínas ancestrais, relíquias dos Formadores caídas pelos mapas e ainda um mundo de baixo da água para explorar.

Os personagens estão bem apresentados, mas ainda podemos ver que a relação da BioWare com a Frostbite Engine segue com problemas, pois apesar das animações estarem bem mais naturais, ainda existem algumas feições um tanto quanto estranhas, não são tão recorrentes, mas ainda assim existem, principalmente nos NPCs secundários. O bom é que, pelo menos as atuações dos personagens mais centrais estão muito boas e trazem uma real emoção para o que vemos na tela.

O grande problema em Anthem está no seu desempenho, pois o jogo segue com loadings demorados, mesmo que tenha ocorrido uma grande melhoria desde os testes e a Demo, a duração segue grande ao iniciar uma expedição, mas isso seria menos irritante se não houvessem loadings ao entrar em cavernas, se juntar aos companheiros que já foram para a área de missão ou ao fazer algumas ações no Fort Tarsis. São interrupções que quebram muito a ação do jogo. Os servidores também não estão estáveis e acontece muito de você perder a conexão dos servidores da EA, algo que também já deveria ter sido corrigido. Além disso, existem situações onde as missões não atualizam corretamente e você precisa repeti-las para prosseguir. Coisas que estragam a experiência do jogador, e tiram muito do brilho desse universo realmente impressionante e que tem muito a oferecer.

A parte sonora do jogo é impecável, pois as trilhas feitas para o jogo são realmente muito boas e dão o tom épico aos acontecimentos e batalhas. Seja nas partes mais dramáticas e carregadas de emoção, ou em meio aos combates frenéticos e cheios de explosões, os temas são inseridos com maestria. As vozes dos personagens também estão muito bem escolhidas e passam com veracidade as suas personalidades e emoções, o que é essencial para passar ao jogador o sentimento de imersão na trama. Outro fator que me chamou a atenção foram os sons das Relíquias dos Formadores, que trazem uma sensação do poder daqueles artefatos e dão um toque único para o mundo de Anthem. Todo o jogo possui legendas e menus em português, então é possível que todos acompanhem a história, mesmo sem a dublagem no nosso idioma.

A única coisa que precisa ser corrigida urgentemente é o erro que faz o áudio sumir, sendo necessário reiniciar o jogo para que o som seja normalizado. Um problema que é um velho conhecido dos jogos que usam a Frostbite.

Opinião

Anthem apresenta um novo universo cheio de possibilidades para os jogadores explorarem em uma grande aventura online. O jogo impressiona com seus belos ambientes, jogabilidade viciante, personagens interessantes e uma trama que vale a pena acompanhar, e que tem muito para oferecer no decorrer do tempo. Isso sem falar na diversão garantida com os amigos. Infelizmente, o jogo ainda sofre com alguns problemas técnicos que já deveriam ter sido corrigidos e que acabam tirando um pouco do brilho desse novo universo criado pela BioWare.

Como todo o jogo focado no Live Service, eu acredito que o título ainda irá evoluir muito, pois existe um real espaço para isso, além da qualidade inegável do universo que está sendo apresentado. Mesmo com os problemas, depois de mais de 60 horas, eu ainda me sinto engajada no mundo de Anthem, o que é muito importante para um jogo nesse modelo, e pretendo continuar minha aventura por Bastion por um bom tempo.

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