Durante o evento Warner Games Summit 2018 pude colocar minhas ansiosas mãos no aguardado Assassin’s Creed Odyssey. Sou muito fã da franquia e também adoro jogos do gênero RPG, então estava super curiosa para ver como a Ubisoft inseriu de maneira mais contundente o gênero dentro do já consagrado estilo da franquia. Pude jogar uma missão completa do jogo e explorar uma boa parte do mapa, participar de uma Batalha Naval e ainda conhecer o novo modo de Conquista de Território, e tudo em um Dev Kit do Xbox One X.
Vamos lá!
As escolhas importam
Antes de iniciar minha jornada por Assassin’s Creed Odyssey tive que escolher entre Alexios ou Kassandra, algo que é uma grande novidade na franquia, pois a escolha será definitiva até o final do jogo, diferente do que acontece em Assassin’s Creed Syndicate onde podemos alternar entre os Irmãos Frye.
O jogo se passa em 431 A.C. período no qual Atenas e Esparta estão lutando pelo controle da Grécia, e nós somos nada mais do que um descendente do Rei Leônidas, do qual herdamos a sua poderosa lança.
Minha primeira experiência foi voltada para a história em si e não apenas para explorar o mapa, que está realmente gigante, mas também realizar uma missão completa envolvendo a figura histórica do filósofo Sócrates, com quem interagimos. E essa missão me deu a exata noção de como irá funcionar o novo sistema de diálogos dinâmicos que a franquia inaugura com esse título.
A história progride de uma maneira bem diferente do que qualquer outro jogo da série, pois podemos escolher tudo dentro de uma missão, desde os diálogos a até mesmo a maneira como iremos entrar em combate, ou não, durante nossa jornada, e isso possui impacto na maneira como os outros personagens interagem com você. Por exemplo, na missão que eu realizei para Sócrates, eu poderia ir resgatar ou não um rebelde, poderia ter ido salvá-lo ou deixa-lo nas mãos das autoridades. Caso fosse ao seu resgate, poderia matar todos os guardas ou apenas deixá-los inconscientes. Ou até mesmo matar o rebelde.
Todas essas escolhas possuem consequências, pois no caso de partimos para a matança Sócrates te indaga o motivo de tanto sangue, já que os soldados também estavam fazendo o seu trabalho. Já no caso de uma abordagem mais pacifista, o rebelde reclama que eles não mereciam um tratamento tão bondoso. Ou seja, tudo possui consequências nesse novo mundo criado pela Ubisoft.
O estúdio promete as mais diversas escolhas de diálogos, com um total de até 13 opções de acordo com as situações, incluindo a capacidade de mentir, ameaçar e até mesmo ter romances. As reais consequências dessas escolhas só poderão ser avaliadas no jogo completo, mas só esse pequeno aperitivo já deu para perceber o quanto o jogo evolui para uma experiência mais pessoal e que pretende ser construída pelos próprios jogadores.
Batalhas com navios e em solo para conquistar territórios
O sistema de combate de Assassin’s Creed Odyssey segue a mesma linha do visto em Assassin’s Creed Origins, mas também ganhou uma reformulação. Agora existe uma série de habilidades especiais que podem ser escolhidas pelo jogador e que são totalmente customizáveis, pois você escolhe quais usar e em qual botão elas irão ficar (A, X, B e Y). Dentre essas habilidades estão o poder de se curar, bater a lança de Leônidas no chão para atordoar os inimigos e até mesmo o chutão dos espartanos, um movimento famoso do filme 300. Essas habilidades especiais podem ser usadas de acordo com o preenchimento da barra amarela, a mesma de Origins, mas que agora oferece uma série de habilidades diferentes, e não apenas um ataque único para cada tipo de arma. Além disso, existem diversas habilidades passivas voltadas para combate, furtividade e exploração.
No geral, todo o ecossistema do jogo é bem similar ao que foi iniciado com Origins, o que facilita a curva de aprendizagem, mesmo com as novidades.
Entrando na Batalha Naval de Assassin’s Creed Odyssey pude perceber que o sistema está bem parecido com o visto em Origins, mas com algumas mudanças interessantes. Agora, o navio também ganhou uma barra amarela, e conforme ela enche você pode atirar flechas incendiárias e aumentar o poder de combate.
Já o modo de Conquista de Território é extremamente divertido e mostra uma batalha em alta escala entre os exércitos de Atenas e Esparta, sendo que você poderá escolher qual lado irá defender, o que também faz parte dessa liberdade narrativa total dada ao jogador. Ao escolher um lado, a outra facção irá ir atrás de você, existindo inclusive um sistema de recompensa pela sua cabeça.
O combate é insano e frenético nesse modo e irá vencer quem ficar com mais soldados vivos no final. A estratégia aqui é eliminar rapidamente os Comandantes, para que o jogo te coloque frente a frente com um chefão.
Os modos estavam dispostos separadamente dentro dessa build de demonstração da E3 2018, mas estarão inseridos dentro de toda narrativa de Assassin’s Creed Odyssey, como uma experiência completa.
Gráficos e Som
A parte técnica de Assassin’s Creed Odyssey está impecável. Eu joguei em um Dev Kit do Xbox One X e já pude ver claramente o crescimento gráfico dos cenários e personagens em relação ao jogo anterior. As paisagens estão mais vivas e com as cores com mais evidência, um claro apelo para fazer o HDR brilhar, o que eu acho incrível. A iluminação e as sombras também foram bem melhoradas, o que deixa tudo com mais vida e também traz mais imersão para a narrativa ao redor do jogador.
A animação dos personagens, seja no gameplay em si quanto nas animações estão muito realistas e naturais, algo que também foi claramente melhorado em relação ao Origins, que também já havia apresentado um ótimo trabalho nesse aspecto.
A trilha sonora está bem presente e funciona bem com os acontecimentos. As vozes dos personagens combinam muito bem e trazem veracidade para o que está sendo mostrado na tela. Na demo só havia a opção do idioma inglês, mas a Ubisoft já confirmou que o jogo estará 100% localizado para o Brasil, com legendas e dublagem no nosso idioma.
Considerações finais
No geral, a primeira impressão que tive de Assassin’s Creed Odyssey foi a melhor possível. Confesso que não aprovei a ideia de lançar um novo jogo da série tão perto um do outro novamente, pois o tempo de pausa fez bem para Assassin’s Creed Origins. Mas o que pude testar me fez ver que o novo título possui mudanças de sobra para ganhar espaço e não apenas gastar o nome da franquia entre os jogadores.
Assassin’s Creed Odyssey entrega gráficos ainda mais belos que o seu antecessor, jogabilidade refinada, uma história que tem todos os elementos para prender quem joga e ainda um sistema dinâmico de escolhas que coloca o destino na narrativa nas mãos do jogador. E o resultado parece bem promissor.
Assassin’s Creed Odyssey será lançado no dia 5 de outubro de 2018 e já está com pré-venda aberta na Microsoft Store.
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