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Análise – Titan Quest: Anniversary Edition

Titan Quest é um jogo bem conhecido e famoso no PC, que ganhou uma versão de aniversário que também chega aos consoles, com grandes melhorias gráficas e de desempenho. Nele o jogador precisa viajar pela Grécia, Egito e China em uma missão para derrotar os Titãs que fugiram de sua prisão ancestral. Tudo com uma jogabilidade que lembra bastante a franquia Diablo, da Blizzard, e jogos como Path of Exile.

Mesmo que tenha recebido tantas melhorias, será que o Titan Quest, lançado em 2006, ainda consegue se destacar nesse mercado cheio de opções mais modernas? Vamos descobrir nessa análise.

História

Como dito acima, Titan Quest: Anniversary Edition é uma grande aventura por lugares como Grécia, Egito e Ásia, com toda a sua narrativa girando em torno dos Titãs, que foram aprisionados há muito tempo atrás por Zeus, mas que agora que conseguiram se libertar estão devastando todos os lugares por onde passam.

Para destruir essa ameaça de uma vez por todas, os deuses estão á procura de alguém que se comporte como o seu grande campeão, e é nesse ponto que você entra.

A história está dividida em cinco atos que abrangem os 3 locais citados acima. Durante a exploração em busca de aliados e também para se fortalecer, você irá encontrar monstros diversos e paisagens como desertos, praias, florestas e cavernas bem escondidas. As missões secundárias são bem fáceis de completar e, geralmente se completam no caminho de uma missão principal, o que não exige que se volte muito nos mapas para realizá-la. Como os mapas não são muito atrativos, sendo muitas vezes lineares demais, não existe muito incentivo na exploração, pois enjoa mesmo. O que vale a pena são as cavernas escondidas, pois estão cheias de bons equipamentos, gold, inimigos únicos e experiência.

Jogabilidade

A jogabilidade de Titan Quest: Anniversary Edition é bem clássica e de certa forma, bem dura. Então se você está mais habituado com as ARPGs de hoje em dia, que são bem mais fluidos e rápidos, irá estranhar de cara a jogabilidade do jogo. Mas com o passar do tempo dá para acostumar, mas não chegando a ficar confortável, pelo menos para mim. Algo que me incomodou bastante é a movimentação e sistema de marcar do jogo, o personagem marca um inimigo automaticamente e quando você ataca ele vai direto no inimigo marcado, não dando a opção de trocar para outro. Senti muita falta dessa liberdade, que é tão bem feita em jogos como Diablo e Path of Exile.

O combate possui comandos bem simples e fáceis de aprender o que facilita bastante o aprendizado.

Titan Quest: Anniversary Edition possui 10 classes e você pode adquirir até duas durante a jornada. Cada uma delas possuem caraterísticas próprias que se encaixam com diversos estilos de gameplay, basta olhar bem as habilidades e escolher com sabedoria quais são as melhores para você. Não existe limitação de arma por classe, então você consegue experimentar diversas armas, mas existe limitação de atributos como destreza, inteligência e força, que irão delimitar o que você pode usar ou não.

A árvore de habilidades é grande e possui diversas habilidades bem diferenciadas, e os pontos para usar nela são adquiridos ao subir de level. Caso tenha colocado um ponto errado e queira desfazer algum ponto alocado, o jogador pode ir em um vendedor específico e pedir a restituição dos pontos, mas é algo caro, então pense bem antes de usar os pontos.

Titan Quest: Anniversary Edition ainda tem um sistema online onde você consegue jogar com outras pessoas e facilitar sua vida nas missões, mas como a população do jogo não é lá muito grande, existe uma enorme dificuldade de achar outros jogadores. A melhor opção aqui seria chamar um amigo para a jogatina.

Gráficos e Som

Titan Quest foi originalmente lançado em 2006, e é uma tarefa bem árdua para o desenvolvedor deixá-lo atraente para o mercado atual, mas a Iron Lore Entertainment e a THQ Nordic conseguiram um resultado bem satisfatório. Os cenários estão bem detalhados, com texturas bem ricas e movimentos bem fluidos. Não presenciei quedas de frames ou travamentos durante o gameplay.

A câmera é fixa, sem a possibilidade de mudança, mas ele pode ser aproximada para bem perto do personagem, algo que é bem raro no gênero.

Titan Quest: Anniversary Edition chega otimizado para o Xbox One X, onde se apresenta com resolução 4K e e deveria estar com 60fps, mas um problema em uma atualização desabilitou a opção. Agora é apenas possível jogar com framerate dinâmico ou travado em 30 fps. A THQ Nordic disse estar trabalhando em uma solução para este problema mas, por enquanto, é assim que ele se apresenta. Já no Xbox One padrão ele se apresenta como 1080p e o mesmo padrão para o framerate.

A música é bem pouco presente, mesmo durante as batalhas mais intensas, então nesse sentido, é tudo bem esquecível. Os sons dos efeitos são bons, como dos ataques e das habilidades, assim como dos animais presentes nos cenários. A dublagem é bem decente, mas assim como a trilha sonora, é bem pouco presente.

Infelizmente, Titan Quest: Anniversary Edition não possui legendas ou menus em português do Brasil, o que é bem ruim decepcionante por se tratar de uma nova versão, pois poderiam ter tido esse cuidado maior com todos os públicos.

Opinião

No geral, Titan Quest: Anniversary Edition é um bom jogo para quem curte o gênero, e certamente vai agradar os que curtem a escola mais clássica dos ARPGs. Depois que se acostumar com a jogabilidade e movimentação do personagem, você poderá se concentrar nessa trama entre deuses e titãs e vai estra cada vez mais viciado em melhorar seu personagem.

Quem não for fã do gênero, mas quer se aventurar por ele, recomendo esperar uma promoção, para pegá-lo com um valor um pouco mais baixo, ou começar por jogos mais modernos, como Diablo 3 e Path of Exile, que oferecem um experiência mais atual.

Vale lembrar que essa edição também traz a expansão Immortal Throne, que expande ainda mais as opções do jogo.

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