Resident Evil 7 foi um recomeço para a série Resident Evil, lançado no começo de 2017 com uma mudança drástica tanto na jogabilidade como na narrativa, o jogo foi um sucesso de criticas e trouxe os jogadores para o seu lado novamente, diferentemente dos jogos anteriores que dividia o seu publico.
A trama conta a busca de Ethan Winters por sua esposa Mia, o levando até a Mansão dos Bakers, uma família peculiar, que está envolvida em um mistério bizarro.
No final do jogo, uma figura conhecida da saga Resident Evil aparece para resgatar o protagonista e aqui começa a história dessa nova DLC, que ganhou o nome de Not A Hero.
Caso não tenha jogado a campanha principal e não queira tomar algum Spoiler, vou citar alguns acontecimentos, então leia sobre sua conta e risco.
Se quiser saber mais da história do jogo principal, leia nossa análise neste link.
Uma história que não acrescenta
Por muitos meses após o final do jogo, todos que conhecem a saga Resident Evil, se perguntaram quem é esse Chris Redfield? É um novo personagem, é o antigo Chris ou um remake do personagem, muitas teorias foram discutidas, e o hype para o lançamento do DLC só aumentava. Eu acreditei realmente que o DLC Not A Hero seria uma explicação para esse fato. E isso me decepcionou e muito, pois por mais que seja um conteúdo gratuito, o hype que foi criado não foi justificado, e a história não explica nada sobre o Chris, se trocasse o nome do personagem para um nome qualquer não faria diferença alguma. Serviu apenas para um fan service, e a única coisa que esse conteúdo trouxe de importante, foi o desfecho da história de Lucas Baker.
Lucas Baker é um dos filhos da família Baker, ele é um psicopata e esta trabalhando para uma organização misteriosa. Em Not A Hero Lucas ofuscou o protagonismo de Chris, e continuou a atrapalhar o jogador criando armadilhas para atormentar o seu psicológico. Então, já posso concluir que a melhor coisa do DLC é o seu vilão, que já teve seu momento no jogo principal, mas que aqui nós temos um pouco mais dele, que ganha mais destaque do que jogo base.
Levei cerca de 2 horas para terminar, mas jogando uma segunda vez, devo levar bem menos, pois nesse primeiro gameplay eu fiquei investigando cada canto do cenário, na esperança de encontrar mais da história. Uma tentativa que foi frustrada por textos rasos e sem muito conteúdo que explicasse alguma coisa.
O bizarro continua
Novos inimigos
No final de Resident Evil 7, Ethan lutou contra um inimigo quase que imortal, então aqui a evolução dos inimigos continua e uma nova raça de mofo surgiu. Eles são invencíveis aos métodos tradicionais,e para matá-los o jogador tem a ajuda da arma final de Resident Evil 7, uma pistola que tem a opção de usar uma munição especial e que enfraquece esse tipo de alteração genética.
Os novos inimigos são um pouco mais mortais, mas não dão tanto medo como os inimigos da campanha principal, que foram mais elaborados para causar sustos e medo no jogador.
Laboratórios são ambientes comuns na saga Resident Evil
Jogabilidade
A jogabilidade de Not A Hero é em primeira pessoa como a campanha principal, lembra muito as partes finais, onde a ação foi mais presente, afinal Chris já tem experiência em lidar com armas biológicas. A resolução de puzzles também é bem curta, e o destaque fica para algumas novos itens que Chris usa, e que são obrigatórios para avançar na trama, como os óculos de visão noturna e o respirador de oxigênio. Esses recursos dão uma visão diferente para o jogo, e que podem ser ideias a serem usadas nos próximos jogos da série.
Lucas Baker sempre com suas armadilhas
O óculos de visão noturna dá aquele clima de maior tensão, sabendo que você esta em uma área coberta em total escuridão, já o respirador mostra que o ambiente foi afetado pelo vírus e se apresenta mais mortal do que nunca. O jogador pode morrer ao respirar aquele ar, então deve fazer tudo na correria, gerando ainda mais tensão.
Opinião
Caso esteja com saudades de jogar Resident Evil 7, Not a Hero é uma ótima pedida, afinal é de graça, e o DLC explora o que aconteceu com Lucas Baker, algo que o conteúdo cumpre bem. O que eu não gostei foi o fato de todo o marketing até então explorar a trama sobre o Redfield, e eu esperei meses para desvendar essa história e me decepcionei. Jogue, mas sabendo que não vai ter as respostas que busca, mas sim apenas uma parte da história do jogo.
