Shiny é um jogo produzido pelos brasileiros do estúdio indie Garage 227. No melhor estilo plataforma, Shiny coloca o jogador no comando do pequeno robô Kramer 227 em uma missão de salvar a si mesmo e seus amigos de um planeta a beira da destruição.

Em busca de salvação

Shiny inicia mostrando a trágica história do Kramer 227. O pequeno robô é abandonado em um planeta chamado Aurora junto com outros robôs. Em meio a iminente destruição do planeta, Kramer resolve procurar uma forma de escapar deste lugar condenado e levar seus amigos robóticos.

Kramer ajudará seus amigos a escaparem de seu destino cruel

Os jogadores deverão passar por 20 fases, coletando peças para nave de fuga, e resgatando robôs no caminho. Kramer possui pouca energia em sua bateria, então os jogadores precisarão agir rápido para que o robozinho não acabe ficando pelo meio do caminho.

Com uma boa dose de dificuldade, Shiny busca recuperar os tempos onde jogos de plataformas eram bem mais populares no mercado de games.

Gameplay

Como um bom plataforma, Shiny preza pela habilidade dos jogadores em desviar de obstáculos e coletar diversos itens no caminho. Kramer pode correr, pular e interagir com objetos do cenário. Cada ação que Kramer realiza consome energia. Mas calma, existem diversos checkpoints que recuperam a energia dele, garantindo que ele possa completar o percurso de uma fase.

Um das idéias interessantes de Shiny foi o checkpoint limitado. Conforme o jogador chegava em um desses pontos, um contador aparecia e mostrava o número de chances possíveis até chegar em outro ou no final da fase. Caso o jogador ultrapassasse o número de chances, teria de recomeçar a fase desde o início.

Durante a aventura o jogador passará por diversos tipos de cenários. Para superar ambientes adversos, Kramer encontra peças que trazem diversas melhorias, um medidor de temperatura para ajudar a completar fases de extremo calor, uma esfera de energia que o protege de diversos tipos de objetos, e um jetpack para ajudá-lo a chegar em pontos mais altos.

Shiny possui uma jogabilidade bem nostálgica, lembrando a época de Super Nintendo e Mega Drive. Mas infelizmente, ele não traz uma jogabilidade tão sólida quanto jogos daquela época. Os comandos de Kramer são imprecisos, principalmente durante os saltos. Diversas vezes parecia que o robozinho derrapava quando tocava no solo. Agora imagine você passando por diversas plataformas minúsculas e ter calcular, além da distância do salto, a escorregada que o Kramer teria. Foram momentos de muita frustração até conseguir pegar o jeito.

Gráficos e Som

Talvez o maior problema de Shiny seja sua parte gráfica. É algo extremamente simplista. Por vezes não havia uma harmonia entre as fases do jogo e o cenário de fundo. Enquanto um tinha gráficos decentes, o outro parecia um rabisco com figuras geométricas básicas. A falta de harmonia era tanta, que era fácil confundir o que fazia parte da fase ou era cenário de fundo.

Kramer ganha novas habilidades em sua aventura

Outro problema mais sério é o Level Design do jogo. Não há um sistema de progressão nas fases do jogo. É de se imaginar que conforme você passa de fase, mais difíceis elas vão ficando. Em Shiny, você pode passar por uma fase extremamente difícil e longa, para uma fase depois ser curta e bem simples de completar.

Isso pode ser relevado, é verdade, mas o jogo sofreu com outro problema no seu Level Design um pouco mais sério, o uso do jetpack. Criado para chegar em pontos em que Kramer não alcançaria normalmente, o jetpack acaba com o fator dificuldade do jogo. Enquanto os produtores se encarregaram de criar um cenário cheio de obstáculos, eu simplesmente peguei o jetpack e contornei tudo de forma fácil e rápida. Mesmo que a melhoria usasse bastante energia, ainda era possível chegar nos checkpoints e, consequentemente, terminar uma fase.

É preciso ter parcimônia ao usar energia

Já a parte sonora merece destaque. Os caras do Garage 227 conseguiram criar melodias que transparecessem um sentimento de melancolia, o que condizia bem com a realidade em que o protagonista do jogo se encontrava.

Opinião

Shiny é um jogo com idéias interessantes. Uma polida na resposta dos comandos do jogo fariam dele um excelente plataforma. Sua trilha sonora é muito boa e se encaixou bem com clima do jogo. Caçadores de conquistas podem se animar também, pois o jogo possui conquistas fáceis e rápidas de serem adquiridas.

Infelizmente, o jogo sofre de sérios problemas gráficos. Se a parte estética pode ser relevada, o mesmo não acontece com level design. No geral temos um jogo feito por brasileiros que prometia bastante, mas que pecou em sua execução.

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About Author

Aficionado pela cultura geek. Se o cinema é a sétima arte, os games são a oitava. Entrou no mundo dos consoles no NES e desde então vem acompanhando a geração dos games até o Xbox One. Caçador de indies, nas horas vagas tenta ser biólogo.

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