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Análise: The Town of Light

The Town of Light é uma aventura psicológica em primeira pessoa. O jogo conta a história de uma jovem que retorna a um antigo manicômio, o qual já fora internada. Ao explorar o imóvel abandonado, a jovem começa a relembrar o motivo pelo qual foi internada e as horríveis experiências que passou.

O jogo é inspirado em locais reais, fatos e extensas pesquisas sobre as doenças e as condições de pacientes que viveram em manicômios no início do século passado.

Uma triste aventura em Toscana

O ano é 1938 no Asilo Psiquiátrico de Volterra, na região Toscana da Itália. Renée é uma jovem de 16 anos que está revisitando o local que um dia foi seu “lar”. O Asilo encontra-se abandonado e em estado deplorável. Ao explorá-lo, Renée começa a ter lembranças de sua passagem pelo tenebroso lugar.

Asílo Psiquiátrico de Volterra

Logo nos primeiros minutos estava achando o jogo entediante. Com as imagens e trailers promocionais, achava que o jogo seria cheio de sustos e momentos de tensão. Engano meu ao achar que o jogo seguiria a vertente de jogos de terror em primeira pessoa. The Town of Light foi criado para contar uma triste história.

 

A loucura pode escolher qualquer um

Assim que percebi a premissa do jogo, meus olhos mudaram. A cada novo detalhe, ficava mais intrigado com quem era Renée e o por que um dia estivera ali. A cada novo objeto, uma nova lembrança passava pela cabeça da jovem. Renée sofreu muito, mas em meio a tanta desgraça, a jovem ainda conseguia alguns momentos de paz com algumas boas almas dispostas a ajudá-la a superar os momentos difíceis.

Moldando uma personagem

Como o asilo encontrava-se abandonado, muitos documentos foram esquecidos dentro dele. Durante a exploração, Renée encontra várias fichas com informações de pacientes, laudos de experimentos, fichas de pacientes e até pedidos de liberação de pacientes “curados”.

Várias lembranças aparecem enquanto Renée explora o abandonado asílo

Quando ela achava algum documento referente a ela ou algum conhecido, um QUIZ se iniciava. Dependendo das respostas do jogador, uma lembrança diferente irá despertar em Renée. A história do jogo pode se desenvolver de várias maneiras, mas somente com um desfecho.

Tem um jogo nesse bug

Durante minha jogatina, o jogo apresentou alguns problemas técnicos. Nada que me fizesse ter de apagar o jogo e recomeçar do zero, mas que quebraram a imersão do jogo.

 

O fatídico portão

Teve um momento em que Renée precisa seguir um carro. Tudo bem até aí, mas ao começar a segui-lo, eu via claramente que o carro se movia travadamente. Parecia que ele estava em um lag eterno. Beleza, relevei e segui em frente. Até que em outro momento um portão surgiu do nada. Eu estava a alguns metros do carro e do NADA brota um portão que me impedia de continuar meu objetivo.

Não faço ideia de como vim parar aqui

Outro momento bizarro foi quando estava começando o jogo e, magicamente, estava em uma “zona morta” (não sei como definir) do jogo. Era como se fosse um pequeno quarto com umas imagens de árvores coladas na parede. Eu não podia me mover, apenas mexer a câmera. Para completar tinha o endereço de um site no chão do cenário.

Felizmente, foi necessário apenas fechar o jogo e recomeça-lo para que o bug fosse resolvido.

Jogabilidade

The Town of Light é considerado um “Walking Simulator”. Diferente de outros fps, aqui o jogador irá literalmente “andar” pelo cenário. Não há opção de correr, apenas andar e mexer a câmera. Também existe um botão para lanterna e outro para interação com objetos. Esse tipo de jogabilidade é característica de jogos que focam muito na narrativa.

Encontrei experiências perturbadoras no caminho 🙁

O problema disso é que o jogo pode tornar-se monótono rapidamente. Principalmente pelo fato de Renée andar tão veloz quanto um zumbi. Ela não pula, não corre e só interage com objetos repetitivos (cansei de ler tanta ficha). Caso o jogador quiser algo mais movimentado e com um pouco mais de ação, ele poderá se decepcionar.

Gráficos e Som

Os gráficos de The Town of Light são satisfatórios. Não é nenhum colírio para os olhos, mas os desenvolvedores conseguiram reproduzir um certo sentimento de melancolia no asilo psiquiátrico. O ponto alto fica por conta das artes que servem de ilustração para as lembranças de Renée. São desenhos perturbadores que combinam bastante com desespero do ser humano.

Um nudezinho

A parte sonora do jogo merece destaque. As músicas tocadas ao som de violinos e pianos, causam maior impacto em momentos de tensão. A dubladora de Renée também faz um ótimo trabalho. Ela consegue transmitir os sentimentos da personagem com muita autenticidade.

O jogo está legendado em PT-BR.

Opinião

The Town of Light é uma experiência ímpar, pois o jogo aborda um assunto não muito comum no mundo dos games. Assistir a toda trajetória de um paciente de manicômio é algo realmente perturbador. Não é difícil de imaginar o sofrimento das pobres almas presas, que muitas vezes nem sabem o por que de estarem passando por aquilo.

Mas o jogo sofre com alguns problemas. A ótima história não condiz com a péssima qualidade do jogo. Os bugs e a falta de uma maior interação com o cenário podem afastar a maioria dos jogadores que estiverem esperando um pouco mais de ação. Outro fator também é a curta duração do jogo, podendo ser fechado em um pouco mais de 4 horas.

 

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