The Surge é a nova aposta do estúdio Deck13, o mesmo de Lords of the Fallen. O jogo é um RPG de ação que bebe da mesma fórmula popularizada por Dark Souls. Mas desta vez, a Deck13 optou por abordar um tema futurista. Será que desta vez acertaram a mão e fizeram um bom jogo ou repetiram os erros de Lords of The Fallen? Confira agora na nossa análise.

Um péssimo dia para trabalhar

Em The Surge, o jogador controla Warren. Ele chega em seu primeiro dia de trabalho na CREO – uma empresa especializada em melhoramento humano. O que ele não esperava, era que tudo começaria a dar errado logo que entrasse na empresa.

Após uma introdução, Warren acaba acordando em um ferro velho e percebe que tudo está tentando matá-lo. Drones, funcionários zumbis e máquinas gigantes matarão qualquer ser vivo que passe no seu campo de visão. É como se algo tivesse tomado controle da CREO.

Tem todo tipo de coisa querendo matar Warren

Não se sabe ao certo o causador desta catástrofe. Seria um ataque hacker? Ou sabotagem de algum funcionário? Warren vai descobrir pistas por gravações e NPC’s que encontrar no caminho. Ele também descobrirá que a CREO não é exatamente a empresa mostrada nas propagandas.

Saqueando para sobreviver

Durante a apresentação do The Surge, o item mais mencionado era o sistema de saqueamento que o jogo teria. Prometeram que seria algo inovador e essencial para sobreviver. De fato, o sistema de saqueamento é um dos chamarizes do jogo, mas não diria que é algo revolucionário. Os itens que jogador pegar dos inimigos mortos servirá de matéria prima para que sua armadura possa ser criada.

Farmar aquela armadura super estilosa

Não há como falar do sistema de saqueamento e não comentar sobre os combates do jogo. Assim como em Lords of The Fallen, The Surge possui um sistema que lembra muito a franquia Dark Souls, da From Software. A Deck13 manteve a essência de Dark Souls e incluiu novas características que fazem com que The Surge ande com suas próprias pernas.

Começado pelo mira de combate. Enquanto na franquia da From Software a mira fica no inimigo, em The Surge o jogador escolhe o membro que ele quer atacar. Isso está diretamente relacionado com o saqueamento do jogo, pois, dependendo do membro escolhido, cairá um material diferente. Jogador precisa de componentes para a perna? Ele terá de atacar a perna dos inimigos. E assim servirá para todos os membros.

Warren como veio ao mun…epa

Você poderá melhorar seus equipamentos conforme a dificuldade do inimigo. Inimigos mais fracos terão materiais de níveis mais baixos, enquanto os inimigos mais parrudos terão os melhores materiais. São 4 níveis de material, consequentemente 4 níveis que o jogador poderá melhorar seu equipamento. O lado bom é que o jogador não precisa evoluir nível por nível, sendo possível melhorar uma armadura do nível 1 diretamente para o 4.

Gameplay

Como já mencionado no tópico acima, The Surge bebe da mesma fonte de Dark Souls mas com identidade própria. Isso é algo muito bom, pois quem é fã do gênero não quer somente uma cópia barata, ele quer experimentar algo novo. A Deck13 conseguiu fazer isso com louvor.

Começando pelos ataques. Nada de ataque fortes ou fracos, aqui temos ataques horizontais e verticais. Como em Lords of The Fallen, há um sistema de combo conforme você ataca, mas com uma variedade de golpes. Esqueça o que você viu em Lords, dessa vez a Deck13 contratou um coreografo para simular os ataques de Warren e o resultado é algo animal.

Se já não bastasse a bela coreografia, Warren ainda pode desmembrar inimigos. É isso mesmo, degolar o membro que ele quiser. Conforme o jogador ataca uma membro do inimigo, em certo momento aparecerá o botão para finaliza-lo. As finalizações são um show a parte e ainda conseguimos material do membro degolado. Vale mencionar que os inimigos podem aparecer totalmente protegidos ou não. As áreas desprotegidas receberão mais dano, em contrapartida o jogador não receberá nenhum item.

Há um botão para esquivar livremente conforme escolhemos a direção. A esquiva ocorre de maneira muito rápida, o que faz muito sentido, afinal Warren usa um exoesqueleto que melhora suas habilidades físicas.

Bloquear também tem algumas diferenças. O jogador pode aperta um botão para bloquear ataques verticais, enquanto ataques horizontais ele pode meio que desviar. Bloqueio e analógico para cima fará com que Warren pule de ataques baixos, bloqueio e analógico para baixo fará com que ele agache de ataques mais altos. Se o jogador desviar com sucesso, ele poderá contra-atacar imediatamente o inimigo.

Gráficos e Som

O jogo apresenta gráficos regulares, até um pouco datados. A impressão que temos é de que o Xbox 360 poderia rodar esse jogo muito bem. Mas os efeitos de iluminação estão muito bons. Acredite, explorar as áreas escuras da CREO pode ser algo muito tenso, com inimigos aparecendo de sabe deus onde, pegando o jogador de surpresa.

Falando um pouco do mapa do jogo, a Deck13 conseguiu explorar bem cada espaço do jogo. The Surge não apresenta áreas muito grandes, mas elas são bem desenvolvidas. O jogador irá se perder várias vezes pelos labirintos feitos pelos desenvolvedores. Cansei de abrir portas achando que a morte me aguardava e na verdade era uma atalho para a ala médica (glória!).

A parte sonora é decente, com uma boa dublagem dos personagens e sincronização labial. Boa parte do tempo o jogador irá som de máquinas e engrenagens, com algumas músicas nada marcantes nas lutas contra chefes. É aquele feijão com arroz basicão.

Opinião

The Surge é uma ótima pedida para quem curte a franquia Dark Souls. A dificuldade elevada, caminhos com várias rotas e ter de voltar ao último check-point quando morre também estão por aqui. O jogo possui uma temática interessante, mostrando uma versão distópica do futuro da humanidade. A jogabilidade é boa e o sistema de finalização é o maior destaque.

O ponto negativo são os gráficos. Não são feios, mas você dificilmente ficará impressionado durante a jogatina. Tirando esse aspecto, The Surge cumpre sua proposta e supera com louvor o pífio Lords of The Fallen.

Entenda nossas notas.

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About Author

Aficionado pela cultura geek. Se o cinema é a sétima arte, os games são a oitava. Entrou no mundo dos consoles no NES e desde então vem acompanhando a geração dos games até o Xbox One. Caçador de indies, nas horas vagas tenta ser biólogo.

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