Voodoo Vince originalmente foi lançado para o primeiro Xbox como um exclusivo, na falta de bons jogos de plataforma. O jogo não fez tanto sucesso, mas quem jogou sabe de sua qualidade, eu não joguei, nem conhecia para dizer a verdade, mas ao jogar senti um bom gosto de nostalgia, e jogos como Conquer e Banjo-Kazoie, vem logo a memória. Voodoo Vince Remastered é uma ótima opção pra quem sente falta de jogar um bom jogo de plataforma ou simplesmente se divertir, ele tem piadas a todo momento, um enredo bem doido e que não se arrisca em complexidade.
História
Voodoo Vince Remastered começa com a loja de Madame Charmaine sendo assaltada por capangas de Kosmo, eles roubam um pó de zumbi que traz criaturas a vida e espalha magia por todo o canto, além dessa confusão toda, eles sequestram a dona da loja.
Para conseguir escapar e recuperar o pó de zumbi, Madame Charmaine dá vida para Vince, um boneco de Voodoo que tem poderes especiais, ataques poderosos e um senso de humor enorme e usa tudo isso para percorrer toda a cidade atras do paradeiro de sua dona. O jogo cativa pela história que não é muito pretensiosa, mas que é divertida, e isso prende o jogador, com sua estrutura bem cartunesca e que traz uma sensação boa.
Jogabilidade
A jogabilidade é o ponto alto de Voodoo Vince Remastered. Bem simples, ele é bem parecido com Crash Bandicoot, com aquela jogabilidade básica de jogo de plataforma, pulo, pulo duplo, ataques físicos, interação com objetos, veículos e alguns puzzles. Os puzzles são simples, nada que vá levar minutos para resolver, mas são bem divertidos, como tudo no jogo, tudo envolvendo muitas piadas. Os chefes de fase tem algo interessante, eles são bem grandes e como Vince é bem pequeno, acaba levando desvantagem na força física, o que requer que o jogador tenha que usar o cenário, inteligência e estratégia para acabar como cada Boss. Não tive muitos problemas para passar pois o jogo dava pistas. Por um lado isso é bom, pois você não fica muito tempo parado em uma só fase, mas por outro ele não força o jogador a pensar.
As fases tem uma progressão boa e que vai te dando novas habilidades, no final do jogo você tem muitas opções para acabar com os inimigos, os poderes Voodoo de Vince também são hilários e macabros ao mesmo tempo. Para ativar esse poderes você deve ir matando os inimigos até encher a barra de energia, liberando assim poderes com animações diferentes. Em um deles Vince morre por algo brutal que finaliza os inimigos ao seu redor.
Diversão
Voodoo Vince Remastered traz muitas horas de diversão, cada nível tem piadas em particular. Vince em nenhum momento leva nada a sério, até mesmo o seu antagonista vira motivo de piadas a todo momento. Por mais que seja um jogo de plataforma, as piadas são de teor adulto, então se você pensa que é um bom jogo para criançada, melhor ver qual é o limite das piadas. Dei muitas risadas com coisas que Vince fala e com algumas coisas que vi pelas fases, então preste a atenção aos detalhes.
Gráficos
Aqui está um ponto fraco de Voodoo Vince Remastered, sei que o jogo é um Remaster do primeiro Xbox, mas podiam ter trabalhado melhor as texturas. Temos jogos no mercado que recebem remasterizações que praticamente transformam jogo. A fluidez dos movimentos são bons, só vi queda de frame uma vez. O resultado final poderia ser melhor, já que é um jogo tão importante do primeiro Xbox, faltou um certo capricho. Mas no final eu curti e acredito que merecia uma continuação ou um belo Remake.
O jogo não possui legendas ou áudio no nosso idioma.
Conclusão
O jogo é uma ótima opção para quem sente falta de jogos de plataforma. Oferece muitas horas de diversão, conquistas relativamente fáceis, com as raras sendo realmente mais complicadas. Fico pensando se um remake não seria uma melhor opção do que um remaster, pois o jogo tem potencial para ser uma IP que falta na biblioteca do Xbox. Voodoo Vince Remastered me trouxe altas doses de nostalgia, dos tempos em que os jogos de plataforma eram moda, espero que ele faça muito sucesso e traga um pouco esse gênero de volta para o lugar que ele merece.
