Ano passado Ghost Recon: Wildlands foi o grande nome da Ubisoft durante a E3. Pudemos conferir o Beta fechado durante o final de semana passado e queremos compartilhar nossas impressões do jogo.
Ghost Recon: Wildlands é considerado um reboot na franquia Ghost Recon. Com adição de elementos em mundo aberto e com foco no missões cooperativas, a Ubisoft procura revigorar a série.
Localizado no coração da Bolívia, fazemos parte da equipe Ghost, a elite de soldados americanos. Temos a missão de desmantelar o cartel Santa Blanca. Você pode realizar sua missão como um fantasma, com uma série de ações discretas ou explodindo um país inteiro. O jogo dá total liberdade para você e sua equipe de ghosts escolherem suas ações.
A guerra contra as drogas
O poder do cartel Santa Blanca se estendeu ao ponto de basicamente dominar toda Bolívia. Para acabar com seu poder, os ghosts precisam destruir bases e acabar com líderes regionais. Soa familiar?
Pois é, a fórmula Ubisfot também está em Wildlands. Se você jogou os Far Cry‘s recentes ou algum Assassin’s Creed, estará familiarizado com essa estrutura. Existe o mapa do jogo, dividido em diferentes regiões identificada por seus líderes.
Carros, buggies, helicópteros, barcos etc. Há todo tipo veículo disponível para transporte no jogo. Apesar de toda essa liberdade fugir um pouco do conceito dos Ghots Recon anteriores, cabe perfeitamente com o conceito de soldados independentes.
Gameplay
Wildlands tem uma jogabilidade diferenciada de um shooter em terceira pessoa com sistema de cobertura. Ao atirar você pode alternar a mira entre terceira ou primeira pessoa, lembrando Metal Gear Solid V:The Phantom Pain. Não existe um botão que acione o modo cobertura, mas ao se agachar e se aproximar de algum objeto grande o bastante o personagem entrar em cobertura sozinho. É um pouco estranho no início, pois não dava aquela sensação de estar escondido do campo de visão inimigo. Mas você acaba se acostumando.
Joguei boa parte do beta sozinho. Por ser um beta fechado não tive oportunidade de chamar os amigos para participar. Mas foi bom para testar a eficiência da IA dos agentes que nos acompanham a todo momento. Os agentes sabem se virar sozinhos na hora do tiroteio e podem ajudar bastante se você estiver em apuros. Se você optar por uma tática mais silenciosa a coisa muda de figura, nossos amigos controlados por computador não parecem se preocupar em serem visto. Então, jogar sozinho pode acabar por se tornar algo frustrante.
Ao usar veículos a Ubisoft optou por controles mais arcades. É bem simples dirigir os carros e motos, mas durante as curvas a câmera não consegue acompanhar o veículo e acaba atrapalhando ao dirigir. Já na hora de pilotar o helicóptero acabou sendo um pouco complicado. Os controles eram meio imprecisos e não foram poucas as vezes que acabei levando minha equipe e eu a morte em um desastre aéreo.
Gráficos e áudio
Bolívia está linda. Misturas de verde, marrom e branco dão cor a versão virtual do país. A Ubisoft sempre se esforça para trazer lindos mundos e em Wildlands não é diferente. Com ciclos de dia e noite, um sistema de clima dinâmico acaba aumententando a imersão com o jogo.
Apesar dos belos cenários da Bolívia, não se pode dizer o mesmo dos personagens. Mesmo as vastas opções de customização dos personagens, durante o beta senti que faltava um pouco de polimento. Principalmente de NPCs que encontramos nos vilarejos, bases inimigas ou andando pelas estradas.
Durante o beta apresentou também alguns problemas na parte sonora. O som do ambiente e das armas são convincentes, o mesmo não pode se dizer da dublagem. O jogo está localizado em pt-br, como a Ubisoft tem feito com todos os seus jogos nos últimos anos. É bem comum você perceber a falta de sincronia labial dos personagens com as falas. Achei que seria um problema só do nosso idioma, mas percebi que até em Inglês esse problema está presente.
Opinião
Quem jogou os últimos Far Cry vai curtir bastante Ghost Recon:Wildlands. O jogo trás quase que as mesmas missões como interceptação de comboios, dominar bases, resgatar reféns etc. No beta as missões não variaram além disso. Pode se tornar repetitivo sozinho, mas vale lembrar que o foco do jogo é a cooperação. Jogar com os amigos e planejar como realizar as missões nas diversas opções que são oferecidas aumentam bastante a diversão. Em The Division acontece algo parecido, porém o leque de opções é bem menor que em Wildlands.
Apesar de ter belos gráficos, o jogo precisa de mais polimento. O jogo apresentou bugs comuns em jogos de mundo aberto. Objetos que surgem do nada no cenário, personagens atravessando objetos e residentes que não reagem enquanto seu vilarejo é dominado por soldados fortemente armados. Também é necessário melhorar a IA dos nossos companheiros que frenquentemente ficam presos ao ambiente e tendem a chamar atenção dos inimigos em aproximações silenciosas.
Ghost Recon Wildlands tem potencial para ser um jogo extremamente divertido, mas com o lançamento tão próximo e com diversas melhorias sendo necessárias, pode ser que acabe decepcionando alguns jogadores.