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Análise – The Walking Dead: Michonne

A Telltale entrou mesmo de cabeça no universo de The Walking Dead e trouxe uma história focada em uma das personagens mais queridas do seu universo, a poderosa Michonne. The Walking Dead: Michonne apresenta situações viscerais, decisões difíceis e personagens secundários presentes nas edições mais recentes da HQ. Ele foi lançado em formato episódico, com apenas três episódio e não os habituais cinco, e possui o estilo já característico do estúdio com seus jogos Point and Click em 3ª pessoa e com escolhas que prometem impactar na progressão da narrativa.

História

A Telltale acertou em cheio ao mostrar uma parte que não foi contada nem nos quadrinhos e nem na série de TV, os acontecimentos narrados mostram o que aconteceu com Michonne entre os capítulos 126 e 139 dos quadrinhos, quando ela desaparece após deixar o grupo de sobreviventes liderado por Rick Grimes.

Em The Walking Dead: Michonne conhecemos uma personagem perturbada pela culpa que carrega em relação à suas filhas e cheia de conflitos pessoais. Ela entra para a tripulação do barco de Pete para tentar acalmar sua alma e colocar sua cabeça em ordem, mas um pedido de resgate recebido na frequência do barco pode complicar a situação.

É muito recompensador poder conhecer mais sobre a incrível Michonne e saber mais sobre seu passado, mas o jogo da Telltale carece de uma narrativa mais elaborada, a história apesar de brutal e ter uma arte maravilhosa, não oferece a mesma qualidade que os outros trabalhos do estúdio, isso transparece na duração do jogo que é muito curto.

Jogabilidade

A jogabilidade permanece a mesma dos demais jogos da Telltale, andar ao redor do mapa, que permanece linear, em busca de pontos para clicar e abrir novas situações para avançar a narrativa. Os combates estão bem intensos e com mais situações mortais, ou seja, aqui existem mais situações onde o erro ao apertar os botões que aparecem na tela serão penalizados com a morte.

O sistema de escolha nas respostas para os diálogos continua o mesmo, mas o grande diferencial de The Walking Dead: Michonne  é que ele é recheado de escolhas difíceis, inclusive algumas de vida ou morte. Ainda assim, apesar de impactantes elas não mudam o rumo da história, escolhas que pareciam essenciais para a narrativa, simplesmente não oferecem grande impacto nos acontecimentos posteriores.

Gráficos e Som

A qualidade gráfica de The Walking Dead: Michonne segue o mesmo padrão dos outros jogos da Telltale. O grande destaque ficou para a abertura de cada episódio onde podemos ver ao fundo páginas de acontecimentos marcantes de Michonne no universo de The Walking Dead, uma bela homenagem para os fãs dos quadrinhos. O jogo também sofre com os famosos travamentos e lentidão em algumas cenas, principalmente nas de ação.

A dublagem do jogo está muito boa. Samira Wiley (Orange Is the New Black), emprestou sua voz para a personagem no jogo e trouxe muita emoção para as falas. A trilha sonora do jogo é deliciosa com destaque para as músicas como “Gun In My Hand”, da cantora Dorothy e “Wolf”, do First Aid Kit.

O jogo está totalmente legendado em Português.

Opinião

As expectativas eram altas com The Walking Dead: Michonne, pois além da personagem ser muito querida e importante no universo de The Walking Dead, o jogo mostraria uma parte da história que havia ficado apenas na imaginação dos fãs. Porém, a Telltale não conseguiu trazer tanta profundidade na narrativa, que parece até mesmo incompleta e mal elaborada, o que é um pecado se tratando de Michonne. Ainda assim, é um jogo interessante para quem curte The Walking Dead e ainda traz um excelente trabalho de arte.

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