O excelente primeiro episódio de King’s Quest, nos deixou muitos esperançosos em relação a continuação do jogo. Como toda sequência esperávamos uma evolução, mas não foi o que aconteceu desta vez. Ao menos foram mantidos: excelente sonorização, cenários vívidos e bem equilibrados além dos bons puzzles. A estória tem uma pegada mais sombria e tensa, presente também nos títulos anteriores da série, com decisões importantes que definem o destino de alguns personagens.
Alguns anos se passaram desde o primeiro capítulo, e entediado com as decisões burocráticas, King Graham resolve pegar um ar fora do castelo, e o improvável acontece: é raptado pelos goblins que afugentou anteriormente. É levado para o reino subterrâneo, aonde se passa todo o segundo capítulo, tentando escapar e ainda ajudar seus amigos aprisionados. O cenário subterrâneo é pequeno, tornando as caminhadas pelo cenário repetitivas, ao menos a curta duração não deixa te entediar também.
Graham segue contando suas aventuras para seus netos na hora de dormir. Embora os goblins possuam uma relação de amor e fascinação com contos de fadas (inclusive alguns deles são mostrados e utilizados como parte das quests, Cinderela e A Princesa e Ervilha) eles também são sádicos o suficiente para deixarem seus prisioneiros morrerem de fome.
Este capítulo é quase todo centrado no dilema das difíceis decisões de quem deverá ser salvo. Além você começar fraco, cada personagem tem sua resistência aos dias enclausurados sem a devida alimentação. Alguns obstáculos só podem ser ultrapassados com a recuperação de suas forças, note que cada pedra utilizada como peso para as alavancas será necessário um estágio de força recuperado.
Conquistas
São ao todo 9 conquistas, que para serem todas desbloqueadas faz-se necessário 2 gameplays. Busca pelas 4 moedas de ouro, 3 páginas dos livros, além de um reencontro de dois personagens. Nada muito difícil, totalizando fáceis 200G.
Conclusão
Embora seja um jogo para todas idades, as escolhas e as mortes consequentes, fazem parte da construção da maturidade de Graham, e que as mesmas afetarão as pessoas de seu reino, mesmo sendo uma estória para dormir. O visual e a vocalização dos atores mantém o encanto do primeiro capítulo, mas o brilho é perdido no cenário limitado tendo a necessidade de se passar diversas vezes pelos mesmos caminhos, e o curto gameplay ditam a baixa avaliação, mas continuamos esperançosos para os próximos capítulos/aventuras de King Graham.