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Análise: We Happy Few (Game Preview)

O jogo da Compulsion Studios foi um dos grandes destaques da E3 2016, ele surpreendeu a todos com seu tom macabro e com toques de puro terror psicológico. We Happy Few tem uma atmosfera que lembra muito o jogo Bioshock, com sua ambientação sombria, mas ainda assim repleta de cores e com estilo retrô. Testamos a versão de avaliação do Game Preview que possui uma hora de duração, e podemos ver o que a equipe de desenvolvimento está preparando para os jogadores.

História

We Happy Few mostra um mundo onde as pessoas tomam pílulas para ignorar o fato de que o seu mundo é tão terrível e apresenta o protagonista Arthur Hastings, um funcionário do Departamento de Arquivos, Reciclagem e Impressão na cidade de Wellington Wells e que não está nada feliz com sua vida. Apesar de sua infelicidade ele se recusa a tomar a droga Joy, uma droga que leva as pessoas para uma realidade alternativa e distópica. Essa resistência em não se tornar mais um viciado, faz com que ele se torne o principal alvo dos alucinados habitantes da cidade. As pessoas que não usam a droga Joy, são denominadas Downers.

Exploração

Nosso personagem vive em um abrigo subterrâneo, onde guarda suas coisas e descansa. Ao sairmos da nossa casa segura, podemos explorar a cidade para procurar itens para construção e realizar as missões que aparecem no mapa. Os arredores da região Central de Wellington Wells está em completa ruína. Os edifícios estão quase todos destruídos e com interiores saqueados, além disso a área está repleta de outros Downers que agora estão vendo a verdadeira e dura realidade do mundo em torno deles.  Em total contraste, do outro lado do rio existe uma parte muito mais civilizada da cidade, onde os edifícios estão intactos e as ruas são coloridas e animadas.

Para chegar nessa parte da cidade precisamos passar por postos de segurança que existem para manter os Downers longe. Quando conseguimos atravessar precisamos constantemente nos misturar e não deixar que descubram que somos um Downer. Tanto a segurança, conhecido como Bobbies, quanto os outros cidadãos irão te atacar de descobrirem o seu disfarce. Lutar e entrar em combate é sempre uma opção válida se for descoberto. Você também tem a opção de usar a droga Joy e quando faz isso o visual do jogo muda, você começará a ver o mundo mais colorido e cheio de luz.

Jogabilidade

A jogabilidade é bem interessante e mistura um pouco de sobrevivência e a construção de itens que podemos confeccionar juntando objetos e receitas no mapa. O mundo é livre para exploração, então você pode se aventurar por aquele mundo insano em busca de itens e respostas. O mundo do Wellington Wells é gerado processualmente, ou seja, cada jornada será uma experiência única, pois o sistema do jogo cria, de maneira quase aleatória o seu conteúdo. We Happy Few  pode ser classificado como uma combinação de um jogo de mundo aberto e um jogo de narrativa linear, onde o seu principal objetivo é escapar através de qualquer paisagem que é gerada aleatoriamente durante sua aventura. Ele possui fortes aspectos de sobrevivência tais como a resistência, fome, saúde, sede, sono que constantemente te levam a desviar de uma missão para satisfazer essas necessidades.

A equipe da Compulsion Games nos revelou que Arthur é um dos três personagem que os jogadores serão capazes de ajudar a escapar Wellington Wells na versão final de We Happy Few.  Cada um dos personagens vai começar a partir de um ponto de partida diferente e o gameplay com cada um deles vai oferecer uma experiência diferente. O sistema de combate é bem simples, o protagonista pode usar os punhos ou objetos para golpear outras pessoas.

Para aqueles que buscam ainda mais emoção e dificuldade, o jogo ainda oferece a opção de jogar com o modo “Permadeath” ativado. Nesse modo, se seu personagem morrer, será gerado um novo e você deverá recomeçar do zero.

Opinião

Sabemos que o jogo ainda trata de uma versão em andamento, mas já conseguimos captar um pouco da essência do que We Happy Few pretende alcançar. Ele é bastante focado na sobrevivência, o que leva o jogador a ter que se preocupar constantemente com as necessidades básicas do seu personagem, com isso muitas vezes podemos perder a imersão na narrativa e nem ao menos lembrar o que estávamos fazendo na história. Isso é uma pena, já que o jogo aparenta ter uma grande história a ser desenvolvida, mas que fica em segundo plano dentro da escolha que o estúdio fez para o gameplay. Espero que isso só ocorra nessa versão de teste e que o estúdio esteja focando na jogabilidade para poder refinar esse aspecto para a versão final, pois se We Happy Few for apenas um jogo de sobrevivência que desperdiça uma narrativa que pode ser poderosa e a deixa apenas como pano de fundo, não vejo muito futuro para o jogo se permanecer dessa maneira, pois se torna cansativo em pouco tempo.

Para quem tiver interesse de testar o jogo, ele está no Game Preview com uma versão de avaliação gratuita de 1 hora. A versão completa, na qual você pode jogar por quantas horas quiser custa R$ 59,00 (Confira aqui)

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