Lifeless Planet é um jogo independente criado quase que inteiramente pelo desenvolvedor, David Board, usando o motor de jogo Unity. O jogo mostra um astronauta norte-Americano que faz parte da tripulação de uma missão para explorar um novo planeta a 20 anos-luz da Terra, ao chegar lá ele vê um planeta totalmente devastado e sem nenhum sinal de vida. Para piorar a situação, a aterrizagem foi mal realizada e ele se perdeu de sua tripulação. Sozinho nesse planeta misterioso começamos a ver vestígios da chamada Guerra Fria, onde Rússia e Estados Unidos dividiram o mundo ao meio.  Uma das disputas entre as duas potências mundiais durante a guerra era acerca do controle espacial, onde ambas tentavam chegar mais longe no espaço primeiro que o adversário. Ao exploramos o planeta podemos nos deparar com vestígios dessa corrida espacial e podemos ver bases soviéticas abandonadas e documentos em Russo.

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A história de um astronauta perdido e sozinho em um planeta desconhecido pode até parecer clichê, mas a maneira que a narrativa de Lifeless Planet é conduzida é que surpreende. Conforme avançamos descobrimos que o lugar que pensamos ser totalmente sem vida, contém muitos mais segredos do que pensávamos. Descobrimos que o planeta não teve sempre o aspecto sombrio atual, é que há algum tempo, era um mundo cheio de riquezas naturais, pelo menos até que a antiga União Soviética começou a colonizar o local. O que aconteceu que devastou tanto aquele lugar? Essa é a principal atração de Lifeless Planet, descobrir o plano de fundo da história.

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A história é cheia de suspense e deixa o jogador cheio de dúvidas logo no começo, mas o jogo apesar de ter momentos muito bons onde sabemos mais da história e somos presenteados com uma trilha sonora incrível, não consegue se manter interessante quando percorremos longas distâncias praticamente apenas passando por puzzles e saltando de um lado para o outro com nosso jetpack. O jogo se trata apenas de exploração, você precisa encontrar o seu caminho no meio do nada, existem alguns documentos que te ajudam a entender melhor o que está acontecendo e pequenas cutscenes que mostram mais um pouco da história. No mais o jogo carece de mais atividades durante o gameplay, pois apesar do clima de suspense, ficar apenas resolvendo puzzles e pulando de um lado para o outro fica cansativo. Isso se agrava, pois, o jogo parece ter uma duração maior do que devia.

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Graficamente, o jogo é bem bonito e com uma ambientação bem interessante. Ora estamos em um vazio imenso e logo depois nos deparamos com construções ou paisagens alienígenas incríveis que traz um ar sci-fi bem legal à narrativa. A ambientação foi bem construída e nos traz a real sensação de que estamos sozinhos e com um sentimento de solidão que nos coloca totalmente no papel daquele astronauta. Mesmo assim, a qualidade gráfica de Lifeless Planet não impressiona tanto e algumas partes poderiam ter recebido um trabalho mais cuidadoso nas suas texturas.

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A jogabilidade de Lifeless Planet é bem simples, pois o foco do desenvolvedor foi claramente na narrativa. O jogo se trata apenas de exploração, onde você terá que procurar em todos os cantos dos mapas o seu caminho a seguir, já que não existe direções para onde devemos seguir, e também catar informações para tentar entender o que aconteceu, o ruim nesse aspecto é que o jogo é totalmente em inglês, então quem não manja muito do idioma vai ficar perdido na história. O astronauta basicamente pode saltar com seu jetpack, mover alguns objetos e em algumas partes usar um braço robótico para resolver alguns puzzles. Lifeless Planet ainda tem algumas partes de plataforma, que exigem muita precisão e controle do jogador. O jogo não apresenta grande dificuldade e os momentos onde poderiam ter mais tensão como na falta de oxigênio, contamos com a conveniência de os cilindros para reabastecer estão sempre próximos, assim como os cilindros que aumentam a extensão dos saltos com o Jetpack que também estão próximos quando a fase demanda o seu uso.

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Lifeless Planet começa com uma história que prende o jogador e o mantêm interessado até sua metade, mas o jogo vai delongando demais e se arrasta com uma repetição cansativa de mecânicas e longas partes de gameplay onde você avança e nada de interessante acontece. Em certo ponto cansamos de andar, andar, puzzle, andar, ler, andar, puzzle… Ainda assim é um jogo que possui grande público que se interessa por boas histórias e exploração. Lifeless Planet poderia ser um jogo melhor, mas é prejudicado pelo ritmo demasiado lento no qual se desenvolve.

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About Author

Administradora de Empresas, mas apaixonada pelo mundo dos games e pelo Xbox!Fã da incrível e complexa franquia Halo e de seu icônico líder, o Master Chief. Também apaixonada por Dragon Age e seu universo magnífico. Ahhh e quem disse que Dark Souls não é divertido? :DSempre ligada nas notícias e novidades do lado verde da força!

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