D4: Dark Dreams Don’t Die é um jogo de Hidetaka Suehiro, mais conhecido como Swery65 e que nos brinda com um jogo deliciosamente esquisito, recheado de personagens que ao mesmo tempo são caricatos e extremamente profundos. O jogo foi idealizado inicialmente para tirar todo o potencial do Kinect, o que ele faz de maneira magistral, mas também possui a opção de ser jogado com controle.

A história de D4: Dark Dreams Don’t Die é uma grande e misteriosa investigação. Estamos no comando de David Young, um ex-policial que abandonou a carreira para investigar a morte de sua mulher, chamada de Peggy. David não lembra do que aconteceu na noite em que Peggy morreu, mas não esquece seu último sussurro: “procure por D”. A vida de David vira uma roda de acontecimentos e encontros absurdos na busca pelo real motivo da morte da sua amada esposa. Ele passa a caçar a tal figura misteriosa, e ganha a habilidade de tocar em uma evidência, chamada de memento, e viajar no tempo para buscar as respostas que precisa. Explorar os ambientes em busca dessas pistas é extremamente divertido, pois além de te fazerem avançar no jogo elas explicam grande parte da história e os comportamentos excêntricos dos personagens do jogo.

Os personagens de D4: Dark Dreams Don’t Die, são extremante divertidos e esquisitos, uma combinação que funciona muito bem na narrativa do jogo. Como não se impressionar com Amanda, que sempre aparece na casa de David fantasiada de gato, o que até hoje não consegui entender se ela é uma mulher que pensa que é uma gata ou se é uma gata que Young vê como se fosse uma mulher, mas o jogo não explica e na verdade não parece que pretende fazê-lo.  Os personagens são bizarros, mas se encaixam no universo do jogo sem parecerem forçados, eles surgem e se inserem no jogo de maneira natural, de maneira que a gente se sente confortável com aquela pessoa no jogo ao mesmo tempo que toda aquela maluquice nos chama a atenção. Chega a ser engraçado como situações super bizarras são tratadas com normalidade pelos personagens do jogo.

A jogabilidade se assemelha com os jogos da Telltale, mas mesmo que D4: Dark Dreams Don’t Die tenha uma mecânica de jogo point n’click, ele permite ao jogador explorar livremente todos os ambientes através de gestos e movimentos do corpo. O jogo foi concebido para ser usado com o Kinect, então a experiência de jogar com o acessório acaba sendo bem mais divertida. Apesar de pouco preciso em alguns poucos momentos, o Kinect brilha com força nas sequências de ação, que são marcantes e intensas, que requerem precisão do jogador, os comandos para interagir com os cenários também são muito intuitivos e bem diversificados. Se você cansar o braço pode jogar com o controle, mas posso adiantar que D4: Dark Dreams Don’t Die perde grande parte da diversão ao não ser jogado com o Kinect.

O jogo também tem opções de diálogo com várias respostas possíveis, apenas uma delas é a mais correta e nos dá 100% de sincronização. David tem uma barra de vida chamada de Vigor, que pode ser regenerada quando ele se alimenta, caso a barra se esgote o protagonista desmaia. Além dessa barra ir diminuindo com o tempo, você também perde Vigor ao errar os movimentos nas batalhas.

D4: Dark Dreams Don’t Die possui um visual muito interessante, com cores vibrantes que aumentam o clima psicodélico do jogo e possui uma fluidez muito boa. Os gráficos do jogo estão muito bonitos com o uso da técnica Cel Shading, lembrando traços vistos nos quadrinhos.

D4: Dark Dreams Don’t Die possui uma história intrigante, debochada e com um tom que é esquisito e viciante ao mesmo tempo. O jogo te envolve com seu mundo curioso e excêntrico, e com sua narrativa que é cortada de maneira abrupta ao final dessa temporada que nos deixa extremamente curiosos do que vai acontecer na vida de David Young. Ao final temos a certeza de que tivemos uma jornada singular pelo universo de D4 e ficamos com vontade de mais.

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About Author

Administradora de Empresas, mas apaixonada pelo mundo dos games e pelo Xbox!Fã da incrível e complexa franquia Halo e de seu icônico líder, o Master Chief. Também apaixonada por Dragon Age e seu universo magnífico. Ahhh e quem disse que Dark Souls não é divertido? :DSempre ligada nas notícias e novidades do lado verde da força!

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