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Análise: Fallout 4

Depois de um longo período em abstinência, saudade e muita ansiedade, Fallout 4 finalmente é real e está entre nós!

Quando chegou a E3, todos estávamos ansiosos por mais conteúdo além do primeiro trailer que a Bethesda havia divulgado alguns dias antes do evento. Eis então que somos  apresentado há uma das melhores conferências de toda a feira, criando um hype imenso em torno do tão aguardado retorno de Fallout.

Tivemos algumas surpresas pós lançamento do jogo, como o preço no PC, mas para os consoles já foi o que esperávamos. Com uma parceria entre a Microsoft e a Bethesda os donos de Xbox One que compraram o jogo antecipadamente poderão receber via retrocompatibilidade o Fallout 3. Além disso tivemos até uma edição especial do Xbox One.

Mal podia esperar para começar Fallout 4 no  dia do lançamento e dia 10/11/15 as 00:01 prontamente estava eu, Major Nelson e muitos amigos iniciando a obra mais recente da Bethesda.

De todas as promessas que nos foram feitas na E3 2015, a que mais chama atenção logo de cara é o nível de detalhamento dos ambientes e objetos. No começo do jogo, você acaba jogando um pouco em uma parte pré-guerra, aonde os detalhes da casa, da rua e tudo mais são incríveis. Tudo foi feito com muito cuidado e realmente encanta o jogador. A criação do personagem está demais também, são muitas opções e o criador de corpo funciona perfeitamente. Há modelos pré-definidos que você pode modificar para fazer o que quiser. Claro, há uma chance de deformar seu personagem assim como acontece em Dragon Age Inquisition. Mas é possível fazer umas pérolas, igual essa abaixo:

Personagem devidamente criado, mundo devidamente explodido, é hora de curtir o Vault! Bem, não é bem assim. Eu realmente achei que teria uma experiência diferente neste Vault, e foi diferente do Fallout 3, mas também foi diferente do que eu esperava. Claro, isso não diminui a qualidade e o ótimo plot da história que foi criado. Achei sensacional e fez os trailers da E3 e o outro trailer fazerem total sentido.

De todos os Fallouts que joguei, esse foi o único que sai do Vault com “sangue no olho”. É uma narrativa bem interessante essa adotada pela desenvolvedora e que confirma mais uma vez: cada Vault foi um experimento diferente.

A jogabilidade está muito boa no controle do Xbox One. Os comandos respondem facilmente, é fácil navegar pelos menus e acessar todas as opções necessárias rapidamente. Não há elementos novos no que tange o controle do personagem, ao menos nos leveis iniciais. O controle do dogmeat é bem simples, e ele faz praticamente tudo sozinho, além de ser bem útil para detectar inimigos.

Outro personagem que achei sensacional é o Cosworth! Há vários diálogos sensacionais com ele. Falando em diálogos, a tradução do jogo para o nosso idioma está muito boa. Uma pena termos uns bugs, que travam as legendas, ou elas simplesmente  não aparecem. Pelo que vi isso afeta todas as plataformas e até o presente momento não tivemos nenhum patch para corrigir o problema. Se você não sabe inglês esse é um daqueles momentos que você não irá entender nada.

Observem o detalhamento do ambiente, que havia comentado.

O jogo conta com um sistema de vila, aonde você deve fazer algumas quests para auxiliar os sobreviventes. Construir abrigo, camas, geradores de energia, de-cantadores para pegar água purificada e ir atrás de sementes para produzir alimentos são algumas das coisas que você vai precisar fazer, se quiser.

Neste ponto acho que Fallout atende bem o que havia sido dito na E3. Você não é obrigado a fazer nenhuma destas coisas, não precisa utilizar o sistema de crafting se não quiser. Pode ir direto a quest principal e pronto. Agora, se você deseja conhecer melhor o mundo de Fallout 4 sem sobra de dúvidas que é interessante fazer tudo isso!

ScreenShot tirada em um Xbox One

Falando mais da mudanças que encontramos no novo Fallout: uma das coisas que percebemos com maior facilidade é a engine gráfica, que apesar de muitos melhoramentos é notável o reaproveitamento do mesmo motor gráfico usado em The Elder Scrolls V: Skyrim. A jogabilidade é a mesma, os mecanismos usados no jogo são exatamente iguais, sendo isso ruim ou não. Claro, alguns melhoramentos são legais como por exemplo: Você bate em um Raider até matar ele com uma arma de corpo a corpo e o ambiente todo  acaba ficando sujo de sangue e pedaços do inimigos. Você sai do local, vai para outro ponto da mesma casa por exemplo e quando  volta continua da mesma maneira. Os efeitos de chuva e nevoeiro estão muito legais, dando um clima sombrio pro jogo, que apesar da palheta de cores quentes que não vai deixar o visual do jogo ultrapassado, consegue mudar completamente a percepção.

Também foi removido o sistema de carma, para a tristeza de muitos fãs da série. O jogo ainda te avisa quando você tenta pegar ou usar algo que tenha dono, mas não sei como isso irá impactar a sua jornada, afinal é um jogo com um gameplay prometido de mais de 100 horas. Acho que a remoção do sistema de carma não ser tão ruim, pois não era muito lógico as pessoas te tratarem mal por ter roubado algo que ninguém viu você pegando, não é mesmo?

ScreenShot tirada em um Xbox One

Os diálogos também mudaram muito. Antes tínhamos várias opções de resposta para uma determinada pergunta, agora temos 4 tipos de reposta. Estes tipos de respostas se resumem na ideia geral do diálogo e por exemplo se você selecionar Sarcasmo, o personagem que agora é dublado vai utilizar um diálogo com uma resposta sarcástica. Eu gostei desta mudança, muda completamente a forma de jogar Fallout. Agora você seleciona o “destino” da conversa e observa a resposta do personagem, deixando assim sempre mais interessante os diálogos. Isso tira um pouco a monotonia do estilo clássico de RPG.

A Power Armor também mudou muito a forma de encarar o mundo de Fallout, te ajudando muito a ir para pontos desconhecidos. Claro, temos que administrar muito bem o combustível dela, que é limitado e difícil de encontrar. Ou seja, é um recurso top, mas que você vai precisar saber usar para não ficar sem ela em uma hora de necessidade.

O combate também está muito bom. Temos ataque corpo a corpo, armas de longo alcance e todas as maravilhas que já sabemos do nosso Fallout. Agora também temos armas artesanais, e com o crafting podemos melhorar e muito nossas armas. Outro detalhe, é que os teus ajudantes, como na foto abaixo, estão bem mais úteis que nos jogos anteriores. As vezes você não precisa se quer gastar a sua munição. Isso é uma boa ajuda, não é mesmo?

ScreenShot tirada em um Xbox One

A história está muito boa e as side quests estão interessantes, como já esperávamos do jogo. O detalhamento do ambiente todo está excelente, desta vez a Bethesda deu uma atenção maior a este ponto, sendo este o mundo de Fallout mais bem retratado de todos que joguei. A trilha sonora está sensacional, ouvindo apenas a rádio ou a trilha do jogo.

Apesar de alguns bugs e problemas raros de performance, diga-se de passagem não enfrentei nenhuma das quedas de desempenho que são comentadas pelos fóruns. Tive sim algumas quedas de frame rate em situações esporádicas passando por lugares que já havia estado e inclusive em combate. O que me leva a acreditar que não seja problema na questão de poder de processamento da nova geração, e sim algum bug no código do jogo que cause estes problemas.

Fallout 4 foi lançado em 10/11/2015 em versões de mídia física e digital.

Confira o trailer de lançamento:

 

Ainda na dúvida? Você pode me ver jogando clicando aqui.


Nota:

https://www.xboxpower.com.br/entenda-nossas-notas/

 

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